Na última semana o grupo de oposição ao governo Flávio Dino foi procurado por emissários de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. O motivo da busca era a disputa acirrada pelo apoio do grupo às candidaturas de ambos no segundo turno. A ex-governadora Roseana Sarney (MDB), alvo principal das investidas, pediu tempo para tomar a decisão com seus aliados.
Foram notadas as ausências do senador Edson Lobão, e dos deputados federais Sarney Filho e Hildo Rocha. Edson Lobão não mandou emissário e nem manifestou opinião sobre o rumo do grupo. O deputado federal Sarney Filho alegou neutralidade no pleito por não concordar com algumas ideias do presidenciável Jair Bolsonaro. Representantes do deputado Hildo Rocha expuseram sua posição de apoio a Bolsonaro.
O MOTIVO
Ainda no primeiro turno das eleições de 2018, o Grupo Sarney foi procurado por emissários do Partido dos Trabalhadores (PT) para garantir apoio ao ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O sinal foi dado após visita de Haddad, candidato do PT, ao Maranhão. Na ocasião o presidenciável afirmou que Flávio Dino (PCdoB) era seu candidato.
Apesar do constante assédio por parte do PT para contar com o apoio da ex-governadora Roseana Sarney e de seu grupo, a manifestação de Haddad foi interpretada como um sinal negativo. “No privado o PT nos corteja e pede nosso apoio, em público o Haddad se coloca como oposição?”, disse um dos participantes da reunião a O Estado do Maranhão.
Todos os presentes foram unânimes em alegar a postura desconexa entre Haddad e PT como principal motivo do apoio a Jair Bolsonaro.