Jefferson Portela diz que vai sugerir plano nacional de combate a facções criminosas a Jair Bolsonaro

O secretário de Segurança Pública do Maranhão,Jefferson Portela, disse que pretende apresentar ao novo governo federal um plano de cooperação nacional entre os policiais militares, civis e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). O objetivo inicialmente é durante seis meses reforçaras abordagens a todos os veículos circulando em rodovias federais para evitar crimes, principalmente os ataques as agências bancárias, além de tráfico de drogas.

Em declaração dada ao G1 na manhã desta segunda-feira (10), o secretário informou ainda que o contato com a equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deve ser feito ainda nesta segunda (10).

“Vou tentar logo um contato por telefone com a equipe de transição e tentar agendar uma audiência para janeiro para apresentar a proposta de parceria, em todo o país, dos estados com a União. Vou propor que o Conselho Nacional de Secretários reforce esta ideia. Inicialmente, seriam seis meses de parceria. Os estados enviariam policiais militares e civis para os postos da PRF. Com isso, fecharíamos o país de ponta a ponta, pois todo veículo que transitasse nas rodovias seria vistoriado”, disse Portela.

A ideia de parceria se dá pelo fato da PRF ter postos espalhados pelo país, mas com baixo efetivo, o que dificulta ações como estas.

Na noite desse domingo (9), mais uma agência bancária foi atacada no interior do Maranhão. Em menos de 15 dias, três crimes como este foram registrados no estado. No dia 25 de novembro, o crime de maior repercussão, o assalto a uma agência de distribuição do Banco do Brasil em Bacabal, teve participação de vários bandidos de outros estados, principalmente de São Paulo. Tentar evitar esta integração criminosa é um dos alvos desta proposta defendida pelo secretário, uma vez que a PRF tem baixo efetivo e ações frequentes  de fiscalização das rodovias fica comprometido.

Entre os motivos dos ataques as agências bancárias terem voltado nos últimos dias, o secretário falou que o discurso adotado pelo futuro governo, comandado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) fez essas facções anteciparem ações criminosas.

“Há um medo dessas facções de uma mudança de uma política mais forte a partir de janeiro. Então eles querem se antecipar fazendo caixa por meio de crimes por conta de um discurso de uma política de mudança na área de segurança em nível nacional pregado pelo futuro governo”, disse o secretário.

O prejuízo causado aos cofres públicos por conta de algumas ações envolvendo a custódia de bandidos também foi alvo de críticas.

“É uma coisa que a União tem que pensar e eu concordo com essa mudança de tratamento, pois se não o país não aguenta. Hoje se tem a previsão de isolamento de bandido em até um ano. Aí depois é aquela história de ficar removendo de um lado para outro. Para remover dois bandidos é feita operação que custa R$ 200 a R$ 300 mil, vez por outra. É preciso refletir como estamos tratando a marginalidade, pois isso causa um prejuízo social para todo mundo”, declarou o secretário.

No Maranhão, os assaltos recentes foram em Bacabal, no dia 25 de novembro; dia 6 de novembro o alvo foi em Humberto de Campos e na noite desse domingo (9), os bandidos foram até Arame. Dos três, a polícia prendeu até o momento 11 envolvidos no assalto de Bacabal. Relacionado a este mesmo assalto, seis bandidos morreram e um morador também foi morto no dia do ataque.

Outro assalto registrado recentemente no Nordeste foi em Milagres, no Ceará. Neste caso, 14 pessoas morreram após uma troca de tiros entre policiais e bandidos, que tentavam assaltar dois bancos. Dos mortos, seis eram reféns.

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