E-mail pra Dona Bibi

 Olá, minha fofa, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal traçadas venham a encontra-la na santa paz do Nosso senhor. Por aqui, são problemas em cima de problemas. A cobra tá fumando pro  lado do senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair.  Sabe aquela história de que deputado recebia dinheiro de assessor pra fazer o  chamado rachachá?

Tão dizendo que ele era um dos campeões da modalidade, já que ainda é deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Há, também, muita incongruência entre patrimônio  e ganho, tudo amplamente divulgado pela imprensa e já sendo avaliado pelo COAF e outros órgãos de fiscalização do Governo Federal.

Já aqui pelo Maranhão, o que mais se fala, nos últimos dias, é sobre a disputada eleição pelo comando da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão- FAMEM. O atual presidente, Cleomar Tema, que está no cargo pela terceira vez, encara o  prefeito de Igarapé Grande, Erlânio Xavier. A briga promete ser eletrizante. A eleição acontecerá no próximo dia 30.

Vamos agora às mais interessantes  por aqui.

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Olha, Bibi, a imprensa maranhense está de luto mais uma vez. É que a jornalista maranhense Gina Lisboa morreu em Portugal, acometida de um AVC. Mais uma perda para o jornalismo do nosso Estado.

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A Gina estava fazendo mestrado em Portugal. É oriunda do Anjo da Guarda. Foi coordenadora de Comunicação do Grupo Independente de Teatro Amador (Grita), que encena a Via Sacra todos  anos pelas ruas daquele bairro. Ele é filha do casal Cláudio Silva e Maria José, fundadores do grupo teatral.

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Pra ti lembrar, Bibi, teu pretinho aqui foi um dos fundadores do Grita, no final da década de 1970. Só saí do grupo em 1980, quando ingressei no jornalismo.

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Fiquei feliz e orgulhoso, morena. Fui chamado às falas pelo engenheiro João Rodolfo Ribeiro Gonçalves, primo do saudoso ex-governador João Castelo, de quem foi secretário de Obras e Transportes. Ele foi, também, deputado federal.

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Ele escreveu um livro abordando a história da família Ribeiro Gonçalves, cujos pioneiros chegaram ao Piauí por volta de 1820, oriundos de Portugal. Pediu-me que fizesse a revisão e a edição da obra.

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Passei parte do último domingo na casa dele. O trabalho é de fôlego. Muita gente importante na família Ribeiro Gonçalves. Ele traçou uma autêntica árvore genealógica da  importante prole.

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Li um pouco e o trabalho de João Rodolfo de chamou a atenção, dentre outras coisas, porque numa das passagens, remete  à indicação de João Castelo para o governo do Estado, na última eleição indireta para tal cargo.

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Todo Mundo pensa que foi José Sarney o autor da indicação. Necas de catibiribas.  Quem o fez foi o então  brigadeiro Hugo Ribeiro Gonçalves, primo de João Castelo e do João Rodolfo. Ele levou o nome do então deputado federal ao general Geisel, que, por sua vez, conversou com o colega João Figueiredo, último presidente do regime militar

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O nome de Castelo foi aceito. A Assembleia Legislativa referendou e Sarney apareceu como o padrinho do compadre. Já que Sarney havia batizado o filho de João Castelo, Thales Neto, que morreu  num acidente de moto em Brasília, em meados da década de 1970.

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Como uma conversa puxa outra, tem uma história interessante que o João Rodolfo me contou, mas que não consta no livro. Logo após ser empossado no governo, Castelo que morava no Olho D,Água, recebeu a visita do senador José Sarney.

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Ele afirma que Sarney chegou com uma lista de prováveis secretários estaduais. Castelo descartou os nomes de uma forma altamente inteligente, segundo o relato.

-Compadre Sarney, deixa essa história de secretários pra lá. Você não vai ter que tratar com nenhum deles. Você vai mandar e desmandar é no governador do Estado-.

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Esse deve ser o início do rompimento entre Sarney e João Castelo. Por isso, mama mia, é que nunca quis políticos como padrinhos de um dos meus cinco filhos, muito embora tenha muitos parlamentares no rol de amigos.

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Pelo que tô tomando conhecimento, o deputado Rogério Cafeteira, cujo mandato se expira no próximo dia primeiro, deverá ser mesmo o secretário de Articulação Política do governo Flávio Dino, em substituição ao deputado federal eleito Márcio Jerry.

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Não se espantem, quando um conhecido magistrado da esfera federal anunciar sua aposentadoria para se filiar ao PSL e posteriormente se anunciado candidato a prefeito de São Luis.

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A história, Bibi chegou ao conhecimento desse teu pretinho através de um dos próceres do partido. O referido magistrado ainda não pode colocar a cabeça de fora.

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Por isso é que te digo que dos pretensos candidatos a prefeito de São Luis, pelo partido do presidente Jair Bolsonaro, podem quebrar a cara, uma vez que o magistrado a quem me referi anteriormente é unha e carne com o ministro da Justiça, Sérgio Moro.

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A briga entre os pretensos candidatos a prefeito de São Luis promete lances mirabolantes. Tem gente preparando surpresas, principalmente dos que são ligados ao grupo do governador Flávio Dino.

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Que ninguém se engane. Com relação  à disputa pela FAMEM, tem muita gente blefando, afirmando que já  prepara o paletó novo para a posse. A porca ainda vai torcer o  rabo.

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Quem anda com um sorriso  de orelha a orelha é o suplente de vereador Joãozinho Freitas. Deixa a condição de suplente e se transforma em titular a partir do próximo dia primeiro de fevereiro.

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Isso porque o vereador Pedro Lucas Fernandes assume sua cadeira na Câmara Federal nesse mesmo dia. Joãozinho já desfila pelos corredores e pátio  de Câmara com um semblante diferenciado.

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Bem, minha fofa, com essa, teu neguinho vai se despedindo neste domingo, prometendo retorno na próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi bacana com o teu pimpolho.

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Beijão desse filhote que jamais te esquecerá

Djalma Rodrigues

N.E –Bibi é Benedita Rodrigues, mãe do editor. Ela faleceu em São Luis aos 28 anos de idade,  no dia 8 de dezembro de 1965.

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