Um dedo de prosa

Silêncio obsequioso

Já vem provocando estranheza o silêncio obsequioso do deputado federal Aluísio Mendes em torno do secretário de Segurança, Jeferson Portella, a quem vinha acusando pesadamente de haver montado uma rede de arapongagem para espionar magistrados, políticos e adversários.

Há quem diga, nas hostes governistas, que Portela decidiu contra-atacar, abrindo caixa de surpresas da administração do adversário, provocando seu recuo. Aluísio ainda conseguiu legar o ex-delegado Tiago Bardal e o delegado Anderson Ney, para prestarem depoimentos sobre o assunto na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal.

Tiago Bardal acabou preso e posteriormente expulso da Polícia Civil como envolvido na Máfia do Contrabando, após ter sido flagrado no porto do Quebra-Pote, juntamente com oficiais e praças da Polícia Militar arrolados numa gigantesca operação de contrabando de bebidas e cigarros. Essa gangue foi pulverizada exatamente no dia 3 de março deste ano.

E o destino dos militares?

Tenho indagado aqui, caros leitores sobre o destino dos militares que estavam participando da mesma operação criminosa junto com Tiago Bardal. A Polícia Civil pediu e decretou a prisão preventiva de Bardal, do coronel Reinaldo Francalanci, do major Luciano Fábio Rangel, do tenente Aroud Martins, dos sargentos Joaquim Carvalho, Jonilson Amorim e de vários soldados.

Volto a perguntar: Se enquanto a Polícia Civil expulsou de seus quadros o único delegado envolvido nesta operação, o que está fazendo a PM com seus integrantes? Uma pergunta que não quer calar. O delito não seria o mesmo?

Receptadores são abstratos?

Outro mistério que envolve essa quadrilha e seus desdobramentos é quanto ao destino das cargas contrabandeadas. No bojo da prisão dos envolvidos, a Polícia Civil, num excelente trabalho de investigação, descobriu um gigantesco depósito, abarrotado de mercadorias na BR-135. Para onde iam esses produtos.

Por conta dos mistérios que só a polícia pode desvendar e anunciar. Não se sabe o nome de um único dos receptadores de todo o material.

Pereirinha quer acordo no PSL

Ao contrário de seu colega Chico Carvalho, o vereador Pereirinha não se opõe a uma provável candidatura da ex-deputada Maura Jorge  à prefeitura de São Luís pelo PSL. Maura Jorge é filiada à sigla, pela qual disputou o governo do Estado, mas é bicada com Chico Carvalho, porque manobrou para le tirar do comando do partido.

Ela foi nomeada para a Funasa por interveniência do senador Roberto Rocha. Quem articula tudo nos bastidores é o ex-vereador Fábio Câmara, que está de olho numa vaga na Câmara Municipal na eleição do próximo ano.

Daniella Tema em Presidente Dutra

A deputada estadual Daniella Tema está se cacifando e pode disputar a prefeitura de Presidente Dutra, sua terra natal. Esposa do prefeito de Tuntum, Cleomar Tema, Daniella surpreendeu nas eleições do ano passado e conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa, conquistando mais de 40 mil votos.

Ocorre que ela fez um bom trabalho como diretora do Hospital Regional de Presidente Dutra e se tornou nome forte na cidade. Pesquisas encomendadas pelos adversários lhe colocam na dianteira na cidade.

 TCE ausente da audiência

O Tribunal de Contas do Estado-TCE não enviou um único representante para participar da audiência pública realizada na Câmara Municipal de São Luís, realizada na tarde de quarta-feira (9), por iniciativa do vereador Pavão Filho, para discutir a situação dos servidores públicos que contam com mais de uma matrícula.

É um problema que vem se arrastando desde 1988 e que só agora Ministério Público e Tribunal de Contas resolveram atacar de frente. Os dois órgãos de fiscalização passaram 30 décadas dormindo em relação a essa questão e agora estão provocando a demissão de milhares de pessoas no Maranhão inteiro.

 

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