(*) João Melo e Sousa Bentivi (**)
Há, de fato, no Brasil, uma guerra ideológica com violência desmedida e eu, não tinha
a menor ideia do que representava a derrota esquerdopata e ascensão do governo
Bolsonaro. Hoje, com certeza, tenho.
É mais, muito mais, que uma luta ideológica, mas uma luta também espiritual, afinal,
em mais de 500 anos de história, alguém ousou afirmar, com o cetro do poder na mão,
o que ninguém havia afirmado. A construção é tanto simbólica, quanto real: BRASIL
ACIMA DE TUDO E DEUS ACIMA DE TODOS!
O ódio é contra o patriotismo, contra a seriedade, contra a honestidade e contra os
princípios familiares inseridos no ideário do cristianismo. Daí a necessidade de
desmoralização contra qualquer um que não reze a cartilha marxista.
Repito. Qualquer um que se insurgir, contra qualquer tese esquerdopata, cai em
desgraça e será vítima de achincalhes e desconstrução, sendo que o exemplo mais
didático, real e esclarecedor tem nome e sobrenome: Nise Yamaguchi.
O centro da polêmica é a hidroxocloroquina. A cloroquina, que em redes sociais é dita
como descoberta pelo médico brasileiro Gaspar de Oliveira Vianna, tem a sua
formulação inicial na década de 30 e a sua apresentação menos tóxica, a
hidroxicloroquina, na década de 40, o que significa ser uma droga quase centenária,
exaustivamente estudada e prescrita.
Aí, o fato inicial. A ditadura chinesa, então, presenteia o planeta com o covid 19 e a
OMS, verdadeira agência comunista, faz a diabrura de não alertar o mundo, no tempo
devido: instala-se a PANDEMIA.
Tudo era dúvida, exceto a gravidade da infecção; o sonho da vacina era futuro e os
óbitos eram o presente. Múltiplas tentativas de tratamento e, entre tantas, a HCQ.
Quando usá-la, como usá-la, por que usá-la? Simples respostas: agora, prescrita por
médicos e absoluta defesa da vida. Certeza de cura? Não. Haveria outra droga com
certeza de cura para o covid? Não. Haveria evidências favoráveis ao seu uso?
Milhares, mundo afora. Era obrigação o seu uso? Também não. Como poderia ser
usada? Repito, pela prescrição médica e concordância do paciente.
Do ponto de vista médico, científico e ético haveria algum senão para o uso da HCQ?
Não, nenhum sequer. E por que essa confusão com a droga? Somente uma resposta:
a HCQ não dá lucro e foi caracterizada pela esquerda mundial, como uma droga
ideologicamente associada aos conservadores de direita, afinal, essa turma da direita,
a favor da HCQ, também é contra a liberação da maconha, por exemplo.
Um exemplar esquerdopata será sempre a favor da liberação indiscriminada da
maconha! A Bíblia diz que “conhecereis a árvore, pelos seus frutos (Mt 7: 16), nesse
caso, fruto é o mesmo que atitudes e comportamentos.
Desse fato, uso ou não uso da HCQ, surgem comportamentos deploráveis e outros
exemplares. Um comportamento abjeto, imundo, hipócrita, safado e desonesto foi o
do tal UIP, casualmente, Davi. Sim, o doutor UIP, que se curou com a droga, tentou
esconder o fato. Foi desmascarado, se é que existe máscara para tamanha carapuça.
Em comportamento diametralmente oposto, para a glória da seriedade, da ética e do
respeito ainda temos profissionais como a doutora Nise Yamaguchi. Mais de 50 anos
de atividade médica, científica e ensino, respeitada, premiada, ilibada e afirmou o mais
simples: as evidências de milhares de médicos, por todo mundo, apontavam a eficácia
da HCQ, no tratamento do covid, mas que ninguém seria obrigado nem a prescrevê-la,
tampouco aceitá-la.
Isso é a síntese do maior de todos os princípios éticos, a AUTONOMIA, que tem mão
dupla, é tanto do médico, quanto do paciente.
Ela foi a dezenas de debates, entrevistas e embates com firmeza e altivez, tanto que a
população, principalmente os mais simples, começaram a entendê-la. Isso era demais
para os diabólicos esquerdopatas. Resolveram calá-la, desmoralizá-la e usaram uma
instituição respeitável, agora definitivamente conspurcada, o Hospital Israelita Albert
Einstein.
Por um telefonema espúrio, a direção do hospital tomou várias atitudes, que
transcrevo, em resumo: impedida de entrar no hospital, de prescrever os seus
pacientes, inclusive os graves, impedida de prescrever medicação que o hospital não
endossa e recomendou que ela mandasse os seus assistentes atender aos seus
pacientes.
De cara, a médica foi vilmente agredida no seu direito constitucional de ir e vir,
cerceada do seu exercício profissional, parece até que, dento do hospital, em comédia
de mau gosto, há uma paródia de STF Hospitalar, parindo um Celso, Alexandre ou um
Toffoli, com CRM falso e bisturi na mão. O hospital, de maneira não ética e ditatorial
rompeu um contrato celebrado entre a médica e seus clientes e mais, de maneira
ilegal e ferindo a ética, propôs que ela mandasse seus assistentes em seu lugar.
O Hospital Israelita Albert Einstein pelo respeito ao povo judeu, a sua história e suas
lutas, poderia não ser o protagonista de tamanho desastre. Infelizmente, foi.
Saindo do arcabouço constitucional e moral, voltar-me-ei estritamente às letras do
Código de Ética Médica e, exemplarmente, transcreverei várias de suas normas:
– PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:
* VII – O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar
serviços que contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje [ … ]
* VIII – O médico não pode, em nenhuma circunstância ou sob nenhum pretexto,
renunciar a sua liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou
imposições que possam prejudicar a eficiência e correção de seu trabalho. (grifo
nosso)
* XVI – Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou de instituição,
pública ou privada, limitará a escolha, pelo médico, de meios cientificamente
reconhecidos a serem praticados para o estabelecimento do diagnóstico e da execução
do tratamento, salvo quando em benefício do paciente.
– CAPÍTULO II (DIREITO DOS MÉDICOS):
* I -Exercer a medicina sem discriminação por questões de religião, etnia, cor, sexo,
orientação sexual, nacionalidade, idade, condição social, opinião política, deficiência
ou de qualquer outra natureza.
* VI – Internar e assistir seus pacientes em hospitais privados e públicos com caráter
filantrópico ou não, ainda que não faça parte do seu corpo clínico, respeitadas as
normas técnicas aprovadas pelo Conselho Regional de Medicina da pertinente
jurisdição.
-CAPÍTULO V (RELAÇÃO COM PACIENTES E FAMILIARES):
* Art. 36: É vedado ao médico abandonar paciente sob seus cuidados.
Não resta, pois, nenhuma dúvida quanto a qualidade científica e profissional da Dra.
Nise Yamaguchi, como também ninguém duvida de que sofreu agressões violentas,
como pessoa, como profissional, como mulher e como idosa.
Procurem uma só voz feminista a favor da doutora e não encontrarão. Uma ONG de
direitos humanos? Nada. Um grupo de apoio a vulneráveis (idoso é vulnerável)? Nada.
Manifestação das entidades médicas? Não tenho notícia.
A doutora Nise Yamaguchi está dando a maior aula de sua vida, não mais para um
grupo restrito de médicos: ensina o mundo. De sua boca não sai um vitupério, uma
agressão, um fio de cabelo de rancor, creio que reproduz a aula de um outro professor,
Jesus Cristo.
O profeta Isaías, capítulo 53: 7, diz que Ele foi maltratado, humilhado, torturado,
contudo não abriu a sua boca. Nos evangelhos, em muitas citações, Jesus, perseguido
pelas lideranças israelitas de então, permaneceu calado. A doutora Nise Yamaguchi,
pelo comportamento, guarda similitude com Jesus, os responsáveis pela atitude
ditatorial têm semelhança com outro grupo.
Voltando ao arrazoado inicial dessa matéria, a esquerda que deseja a morte de
Bolsonaro é a mesma que defende a execração profissional e científica dessa
respeitável médica. São os mesmos e só falta colocar a doutora Nise Yamaguchi no
absurdo inquérito das fakes News. Vão apanhar de goleada.
Bolsonaro derrotou facadas, covid e agressões. Nise Yamaguchi derrotará a
desonestidade pseudocientífica, maledicências bandidas e comentários diabólicos.
É um simples cumprimento da verdade bíblica: Todas as coisas concorrem juntamente
para o bem daqueles que amam a Deus (Rom 8: 28)
Bolsonaro e Yamaguchi amam a Deus.
Tenho dito.
(*) Médico otorrinolaringologista, legista, jornalista, advogado, professor
universitário, músico, poeta, escritor e doutor em Administração, pela
Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal.
(**) Pode ser reproduzido, sem a anuência do autor, em qualquer plataforma
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