Recados para ela

Ei, Bibi, vamos acordar cedo, mulher! Hoje é dia de praia, samba e futebol. Por isso, é bom levantar no cagar dos pintos. Temos o Campeonato Brasileiro, as Olimpíadas e  muitas outras atividades festivas, com as restrições impostas pelo Covid mais amenas. O governador Flávio Dino já liberou abertura de bares, restaurantes e casas de eventos. As praias começam a ficar lotadas. Só espero que não seja preciso reeditar as medidas mais drásticas baixadas durante o período do começo da pandemia.

Eu já sei o que vou fazer. Ficar em  casa, esperando o Djalma Segundo e a família dele para um almoço. Depois, acompanhar jogos olímpicos e depois, o Corintians e o Flamengo  pelo Campeonato Brasileiro. Não queria falar muito de política neste domingo, mas não há como escapar. Vamos às mais interessantes da semana.

*

Mama mia, ah, mama  mia! A nossa querida Rayssa Leal, a Fadinha dos skates, que ganhou a medalha de prata nestas Olimpíadas de Tóquio, continuou a fazer sucesso depois da competição. Seu nome ganhou o mundo, seus gestos após a disputa, ainda mais.

*

A paquerrucha ganhou notoriedade ao chegar ao Brasil. Disse que não queria aglomeração quando desembarcasse em sua cidade natal, Imperatriz e se recusou a posar ao lado de políticos oportunistas.

*

Teve razões de sobra e explicou isso em entrevistas. O pai dela tentou, por diversas vezes, apoio da prefeitura local para seu treinamentos e para deslocamentos para competições nacionais e internacionais.

*

Sequer recebeu respostas. Aí, ela se torna uma celebridade mundial, e o prefeito Assis Ramos e outros políticos anunciaram que ela seria homenageada na cidade. E foi, mas por conta da iniciativa popular.

*

Deram com os burros n’água. O prefeito e seus auxiliares, incluindo aí alguns vereadores, ficaram com cara de Nhô Zé. Ela simplesmente recusou as oportunistas homenagens, em que eles queriam se promover às suas custas.

*

Na realidade, Bibi, os esportistas brasileiros são considerados verdadeiros heróis. São raros os que conseguem patrocínio na carreira. Teve nadador que narrou ter treinado em açude, enquanto uma atletas afirmou que fazia caminhadas em ruas, por falta de local adequado para treinamento.

*

Eles passam sufoco, superam seus limites e depois da vitória aparecem políticos querendo grudar imagens neles. É muito cinismo, muita falta de vergonha! Parabéns, Rayssa, pela sua postura de seriedade e revolta para com esses aproveitadores.

*

Olha Bibi, estava aqui assuntando esse cenário político do Maranhão, em que o governador Flávio Dino, apesar da corpulência, faz esgrima sobre quem apoiará para o governo do Estado, se o seu vice, Carlos Brandão ou o senador Weverton Rocha.

*

Cheguei a uma conclusão: O jogo está zerado, não existe, até agora, nenhuma definição quanto ao assunto. Aí, blogueiros de ambos os lados ficam a fazer suposições, com bases em suas próprias interpretações e os seus interesses.

*

É a mais pura verdade. Flávio Dino ainda não se decidiu por nenhum, embora seus gestos apontem  sua predileção por Carlos Brandão, seu vice nos dois mandatos e que nunca lhe deu trabalho ou lhe causou qualquer preocupação.

*

É bom a rapaziada entender que política se faz com gestos e não apenas com palavras. Basta ver que Brandão continua fazendo incursões pelo interior afora, inaugurando obras e anunciando ações governamentais.

*

O governador Flávio Dino foi reeleito em 7 de outubro de 2018. No dia 22 do mesmo mês, reuniu um numeroso grupo de aliados, numa casa de eventos no Calhau, para agradecer o apoio na caminhada que o levou ao segundo mandato.

*

No final do evento, o governante maranhense soltou o verbo:

-Entendo que aqui, neste palanque, estejam vários companheiros de jornada, que tentarão me substituir no governo do Maranhão. Mas dou um conselho, no sentido de que não queiram transformar um Fusca num carro de Fórmula 1. O carro pode capotar e ferir seus ocupantes.

*

Essa metáfora, até hoje está servindo para as mais diversificadas análises. Há quem diga que ele estaria direcionando tais palavras ao senador Weverton Rocha, que, naquela mesma noite,  estava organizando um jantar para dezenas de prefeitos, para eleger seu sócio petrolífero e aliado Erlânio Xavier, como presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão- FAMEM.

*

Interessante é que ninguém divulgou esse episódio. Não se sabe os motivos  que levaram os centenas de blogueiros maranhenses a não divulgarem esse trecho do pronunciamento do governador Flávio Dino.

*

E agora está no ar, esse processo contra o governador Flávio Dino, sobre a farra dos capelães evangélicos e a oferta do Mais Asfalto em plena campanha de Flávio Dino. A torcida adversária, como é natural, é pela cassação da chapa Dino/Brandão.

*

Os fundamentos são pela jurisprudência criada em torno da cassação do então governador Jackson Lago, em 2009. São muitas as interpretações dos blogueiros juristas por aqui, cidadão e já estão dando como favas contadas a cassação do governante maranhense.

*

Tenho que ver para crer, embora as evidências sejam muito fortes de que cometeu deslizes nestas duas ações. Mas todo processo tem recursos e mais recursos até o seu final.

*

Ah, Bibi, tem vereador por aqui já se considerando deputado estadual, com o bloco na rua percorrendo bairros da cidade e o interior do Estado, embora notando-se que não tem afinidade com muitas lideranças, nem aqui e nem nas outras cidades.

*

Estou ainda triste pelo falecimento de Dona Joana, uma senhora que trabalhava há mais de 4 décadas com o vereador Francisco Carvalho. Foi vítima do Covid essa semana. Muito gentil e extremamente prestativa. Sempre que visitava o edil, tinha que manter um dedo de prosa com ela.

*

Outro que nos deixou saudades foi o exímio baterista Camilo Mariano, que atualmente trabalhava no grupo Sorriso Maroto. Um dos músicos mais respeitados do Brasil.

Bem, minha fofa, com essa o teu pretinho vai ficando por aqui, garantindo retorno na próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi bacana com esse teu pimpolho.

Beijão de quem continuará te amando para sempre.

Djalma

N.E. Bibi é Benedita Rodrigues, mãe desse editor. Ela faleceu no dia 8 de dezembro de 1965, aos 28 anos de idade, na Santa Casa de Misericórdia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *