PF realiza operação contra fraude na saúde em São Luís, Caxias e São José de Ribamar

A Polícia Federal, com apoio da Controladoria-Geral da União no Estado do  Maranhão (CGU/MA), deflagrou nesta quarta-feira, dia 19/10/2022, nos municípios de  Caxias/MA, São Luís/MA, São José de Ribamar/MA, Teresina/PI e Cajueiro da Praia/PI, a  OPERAÇÃO ARCONTE visando desarticular grupo criminoso investigado pelo  cometimento de crimes contra a Administração Pública.

Os investigados realizavam fraudes em procedimentos de dispensa de licitação no  município de Caxias/MA, com o desvio de recursos públicos federais da área da saúde,  constando dentre esses, verbas públicas que deveriam ser aplicadas no combate à  pandemia de COVID-19.

Apurou-se durante as investigações a participação de servidores públicos e  empresários da área de saúde que recebiam o repasse de recursos públicos do município  de Caxias/MA.

A Controladoria-Geral da União identificou que muito embora existisse no município  de Caxias/MA 52 empresas com potencial para serem contratadas pelo município, as  dispensas de licitação eram direcionadas para a contratação de empresas diretamente  ligadas aos servidores públicos e particulares investigados. Somente em relação a duas  empresas investigadas foi realizado o repasse total de aproximadamente 9,45 milhões de reais.

Estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal  Regional Federal da 1ª Região – TRF1 em decorrência de representação feita pela Polícia  Federal. Para o cumprimento das medidas judiciais estão sendo empregados 160 policias  federais e 4 servidores da CGU.

Os investigados poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção passiva,  corrupção ativa, fraude à licitação e lavagem de dinheiro, dentre outros, com penas que  podem chegar a 43 anos de prisão.

A operação denominada Arconte se refere ao termo grego arkhon, que significa o  responsável por um “cargo”. Sendo batizada dessa forma, pois os investigados foram  flagrados em vídeos negociando diretamente não somente o repasse de recursos públicos  com as empresas investigadas, mas também a nomeação de cargos na Administração  Pública, em troca da obtenção de vantagens indevidas.

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