Chaguinhas prega respeito entre colegas e diz que “São Luís tem que ser pedra fundamental” da discussão na Câmara

 


Em seu discurso, vice-presidente da afirmou que fez uma caminhada na interinidade do comando da Casa aonde o respeito foi à tônica maior

O vice-presidente da Câmara Municipal de São Luís, Francisco Chaguinhas (Podemos) criticou, em pronunciamento na sessão desta segunda-feira (29), o conflito interno entre os colegas de plenário. Segundo o parlamentar, durante a sua caminhada na interinidade do comando da Casa, o respeito a todos foi à tônica maior.

 

“Quero dizer a todos que nós somos um poder diferenciado. Temos o bastidor, os bastidores que têm os Poderes Executivo e Judiciário, mas no caso do Legislativo, vamos além, pois temos a liturgia de um cargo e a tribuna. Aquilo que acontece no bastidor ou nos bastidores, que é bom, é vociferado na tribuna. Aquilo que acontece de ruim nos bastidores, dentro da liturgia do cargo, é vociferado também na tribuna e eu quero, na manhã de hoje, dizer que durante a minha interinidade, fiz o que foi de melhor: fui buscar a energia e o caráter dos meus ancestrais e tenho convicção que fiz uma caminhada aonde respeito a todos foi à tônica maior”, disse.

 

“E digo mais: sabia que estava sangrando nos bastidores. Era visível e eu sei todos que fariam isso pela indiferença. Era só olhar o ‘raio-x’ do rosto e do comportamento de cada um, que lá estava à indiferença. São seres humanos, porque se fosse estátua, aí só observava os cocôs dos passarinhos na cabeça, mas são seres humanos. E, eu quero aqui, a vossa excelência, senhor presidente, que eu jamais vou quebrar a ponte que os dezoito vereadores construíram no primeiro momento, e depois vários vereadores construíram no segundo momento”, afirmou.

 

Em seu discurso, Chaguinhas destacou ainda que a cada lição de conhecimento fez uma grande reflexão para fortalecer o seu espírito. Citando o ex-presidente da Casa, Isaías Pereirinha, o parlamentar do Podemos destacou que na política “não existem verdadeiros amigos, apenas os amigos de ocasião”.

 

“Muitos desses parlamentares, nos bastidores, fizeram um trabalho para que nós entrássemos numa grande contenda, mas isto não vai acontecer. Não vai acontecer. Porque nós vivemos num berço de civilidade. E no momento que eu derramava o sangue pelos escarnecedores, eu fui buscar me embrenhar no conhecimento e a cada lição de conhecimento fiz uma grande reflexão para fortalecer o meu espírito. E retirar do meu espírito a ambição, o orgulho, o oportunismo e, acima de tudo, a ganância. E eu me espelho no ex-presidente desta Casa, vereador Pereirinha, que era cheio de amigos, a residência dele transbordava de amigos. Esse mesmo exemplo pode ser colocado a todos, pois nós não temos verdadeiros amigos. Nós temos amigos de ocasião”, frisou.

 

Antes de encerrar seu pronunciamento, o vice-presidente da Câmara garantiu que não vai quebrar a “ponte” que construiu para consolidar a vitória do colega Paulo Victor na eleição da presidência da Casa, mas pediu respeito mútuo ao grupo de parlamentares que construiu o que classificou de “primeira barragem”.

 

“Quando se entra numa luta dentro do próprio colegiado, você tem várias pessoas que lhe apoiam, e outras que lhe dão as costas. E voltam naturalmente, que é na dinâmica da política, e aí não são mais apoiadores do candidato Paulo Victor, passando a ser apoiadores do presidente Paulo Victor. É totalmente diferente. Então quero dizer que eu não vou quebrar a ponte com vossa excelência. Sabe por quê? Talvez você não necessite mais desse velho vereador, mas eu vou precisar de vossa excelência para consolidar as vitórias que tivemos”, registrou.

 

Chaguinhas concluiu seu discurso lembrando o acordo pactuado com o governador Carlos Brandão que contribuiu para consolidar a reeleição do mandatário do Palácio dos Leões. O parlamentar disse ainda que “São Luís tem que ser a pedra fundamental” da discussão na Câmara.

 

“Esta Casa construiu uma rodovia daqui para o Palácio do Governo e o nome desta rodovia é “BR dos Leões”. E o governador tem sido autêntico, quando tem nos encontrado. E tem dito que os nossos estão em vigência e ainda não foram cumpridos porque o governo está tendo dificuldade, pois precisa sair da letra C para a letra B para poder oxigenar a economia do Estado. E eu estou aqui esperando, porque nós temos esta BR construída por esses vereadores e ninguém pode tirar isso. Quero dizer aqui, que da forma do recorte que foi feito e me excluído, eu aceito. Mas eu quero dizer que dentro dessa aceitação, esteja o respeito mútuo. Que foi o respeito que construiu a primeira barragem da vitória do vereador Paulo Victor, presidente desta Casa. E eu, uma vez excluído e, como bom trovador, vou botar minha viola no saco e irei cantar em outras freguesias. Sempre respeitando vossa excelência, como presidente que lutei e votei”, completou.

 

“E quero dizer a todos, vereadores, nós temos uma coisa chamada que é fundamental, que é uma agenda de vigência que está com o tempo marcado. Seja o prefeito que for, nós temos um mandato e uma corresponsabilidade com essa cidade. Não vou baixar a guarda. Ela vai ficar sempre na altura do bom combate. E o que é o bom combate? Não é jogar o companheiro contra a parede ou colocar um companheiro no canto do ringue. O bom combate é colocar São Luís como uma pedra fundamental no debate de procurar as soluções”, concluiu.

 

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