Afastada de suas atividades por decisão do CNJ nesta terça-feira (20), pelo período de dois anos, a desembargadora Nelma Sarney se mostrou insatisfeita com os custos do trabalho em regime de home office, implementado diante da necessidade do isolamento social, durante a pandemia do Covid, em 2020.
No período, ela pediu que a presidência do Tribunal de Justiça do Maranhão, que considerasse compensar os gastos a mais assumidos pelos magistrados, como eletricidade, internet e compra de equipamentos, no trabalho remoto. O TJ não lhe deu ouvidos.
A decisão desta terça foi resultado de um processo administrativo disciplinar (PAD) iniciado em 2019.
Nelma e o juiz substituto Clésio Coelho Cunha foram acusados de favorecer um ex-assessor da desembargadora para que fosse aprovado em um concurso de cartorários no estado em 2015.
Na época, Clésio tomou a decisão no lugar de Nelma, durante suas férias. O juiz substituto alterou as questões do concurso público, concedendo mais pontos ao ex-assessor, o que resultou na sua aprovação e contratação como tabelião.