Envolvidos na morte do jornalista Décio Sá vão a júri popular em fevereiro

O pistoleiro Johnatan

O pistoleiro Johnatan

Contagem regressiva para o julgamento. No início do próximo mês, 11 pessoas acusadas de ter participado da trama que resultou na execução do jornalista e blogueiro Décio Sá, em abril de 2012, começam a ser apresentadas ao Tribunal do Júri de São Luís.

Seguindo determinação do juiz Osmar Gomes dos Santos, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, os jurados devem ouvir os réus Jhonatan de Sousa Silva, 25 anos, e Marcos Bruno Silva de Oliveira, 29, entre os dias 3 e 5 de fevereiro, no Salão do Júri do Fórum Desembargador Sarney Costa, bairro Calhau. Acusados de serem os executores diretos, respectivamente como autor dos disparos e como piloto de fuga do local do crime, eles respondem por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o empresário Gláucio Alencar Pontes Carvalho, 36, e o pai dele, o aposentado José de Alencar Miranda de Carvalho, 74, lideravam uma organização criminosa envolvida no desvio de verbas em várias prefeituras maranhenses. Temendo ser denunciados pelo blogueiro, pai e filho teriam articulado outras pessoas, dentre as quais integrantes das polícias Civil e Militar, para dar cabo à trama criminosa, intermediada pelo empresário José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”, 38. Ele chegou a fugir da prisão antes do Natal, mas foi recapturado.

No total, a denúncia do Ministério Público apontava 12 participantes no assassinato de Décio Sá, sendo 11 pronunciadas a júri popular, apesar de recursos dos advogados de defesa dos acusados. Além dos mandantes, intermediário e executores diretos, são ainda réus do processo: Elker Farias Veloso, Fábio Aurélio do Lago e Silva (“Bochecha”), Shirliano Graciano de Oliveira (“Balão”), que está foragido, os policiais civis Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros, afastados da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), o capitão PM Fábio Aurélio Saraiva Silva (“Fábio Capita”), ex-comandante do Batalhão de Choque, que consta no inquérito como suposto fornecedor da arma do crime.

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