E-mail pra Dona Bibi

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Olá, Bibi, muito bom dia! Vamos acordar cedo mulher, porque hoje tem muita coisa nova só daqui ó. A votação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma, acontecida no último domingo, na Câmara Federal, foi como teu pretinho aqui anunciou, em clima de final de Copa do Mundo.

Teve família reunida em churrasco, grupos acompanhando em bares restaurantes e o escambau. Mas legal mesmo foi a performance dos nobres deputados federais. A maioria encaminhou voto a favor do “impedimento” evocando a mãe, os filhos, a avó, o avô e outros..

Pelo menos uns dez parlamentares, após saírem do plenário, encontraram uma forma de encaminhar a mesma mensagem às amantes. Pelo menos foi o que relatou uma garota de programa, em entrevista à Folha de São Paulo.

E a bela jovem foi mais além, ao anunciar que ela e suas colegas ficaram no prejuízo neste dia porque os deputados levaram as esposas. Acostumada ao clima em Brasília, ela disse que, se não fosse isso, os bordéis ficariam lotados.

O resultado da Câmara Federal indica o que acontecerá no Senado, onde o placar já aponta 47 votos a favor da saída da presidente, contra apenas 20 favoráveis a ela. E o PT, que prometeu incendiar o Brasil, começa a se acalmar, embora o MST, movimento que vive às custas das tetas governamentais, garante muito barulho para inviabilizar o provável governo do atual vice-presidente Michel Temer.

Ah, Bibi e dona Dilma fez e aconteceu, dizendo que ia denunciar tentativa de golpe no Brasil, durante encontro na ONU, acontecido na sexta-feira. Recuou ao ouvir depoimentos de ministros do STF e de congressistas. Ora bolas, se a ação dela acontece no Parlamento, após o Judiciário determinar as regras, então que golpe é esse?

Se a mulher é reprovada por 90 por cento do povo, é rejeitada no Congresso e a ladroagem no governo é reconhecida pelo STF, então estaria existindo, aí, um novo modelo de golpe. Golpe mesmo quem sofreu foi o povo brasileiro, que enfrenta a maior crise de sua história, por conta da sanha gananciosa do governo petista, que acabou com o Brasil, através da corrupção. Vamos agora às mais interessantes, morena.

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O ex-quase futuro ministro da Casa Civil, o Lula, já admite que não pretende mais lutar pelo cargo, já que sua nomeação está sub judice, esperando decisão do STF.

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O homem caiu na real, após a acachapante derrota da Dilma na Câmara Federal. Ele passou quase um mês, homiziado num hotel de luxo (quem pagou?) em Brasília, tentando virar o jogo. Não conseguiu um voto sequer.

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Com medo de ser engaiolado na Papuda, ou em Curitiba, a exemplo de vários colegas petistas, Lula já está é articulando pedir asilo político na Itália.

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Interessante o comportamento dos deputados federais Pedro Fernandes (PTB), Aluísio Mendes (PTN) e João Marcelo (PMDB). Os três formaram o grupo dos 8 parlamentares da bancada maranhense que votaram a favor da presidente Dilma.

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O PC do B do Maranhão e o governador Flávio Dino, defensores da presidente Dilma decidiram homenagear o grupo dos 8. Aí os três citados acima rejeitaram a homenagem.

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Hum, hum, hum. O que teria acontecido após a votação? Teriam sido chamados na chincha pelo velho morubixaba da política do Maranhão. Muito estranho tal comportamento do trio parlamentar.

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Ah, morena, ficou complicada a situação do deputado Waldir Maranhão (PP), primeiro vice-presidente da Câmara Federal e que perdeu o comando do partido do Maranhão por ter votado a favor da presidente Dilma.

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Negócio é o seguinte: O Waldir assim como os demais integrantes da bancada do PP, recebeu determinação do comando nacional da sigla para votar pelo impeachment. Por conta disso, chegou a anunciar esse posicionamento.

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Só que, às vésperas da decisão, voltou atrás e anunciou que votaria contra o impedimento. Confirmou essa última votação e votou sob estrepitosa vaia do plenário e das galerias.

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Na véspera do feriadão, nova vaia. Desta feita, quando chegou ao aeroporto Hugo da Cunha Machado, em São Luís. Que constrangimento!

Finalmente a Câmara Municipal de Anajatuba decidiu acatar denúncia que pode levar à cassação do prefeito afastado Hélder Aragão. Pelo visto, os vereadores da cidade criaram coragem.

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Dizem as más línguas, que o nobre deputado Waldir Maranhão teria votado de olho no Ministério da Educação. Estranho foi ele, antes de anunciar o voto, se dirigir ao presidente da Câmara Eduardo Cunha e jurar fidelidade eterna.

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Olha Bibi, o grande problema no Brasil, com a saída da Dilma e entrada do Michel Temer e sua patota do PMDB, é que parece aquela máxima de “sair do fogo e cair na frigideira”.

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Para que tenhas uma ideia, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ainda não foi cassado por conta de uma série de manobras regimentais, algumas delas executadas pelo Waldir Maranhão.

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Já o presidente do Senado, Renan Calheiros, está atolado até o pescoço no STF. Tempos atrás, teve de renunciar ao mesmo cargo que ocupa atualmente, para escapar do processo de cassação e não ter os direitos políticos suspensos.

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Da patota que derrotou a Dilma na Câmara, tem pouca gente séria. Da bancada do PP, tem um feixe e uma carrada de enrolados na Lava Jato. O mesmo se sucede com outras siglas.

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Só para teu consumo, nesta sexta-feira, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), do deputado Felipe Maia (DEM-RN), seu filho, e de mais 14 pessoas em inquérito que investiga um “complexo” esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.

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A decisão é do ministro Luís Roberto Barroso, que atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República. Além dos dois políticos e empresas ligadas a eles, a medida atinge ainda outros familiares do senador, assessores, como seu motorista e chefe de gabinete, e servidores públicos. Os sigilos serão afastados entre 2010 e 2015.

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Agripino é alvo de um inquérito que apura se o parlamentar negociou o pagamento de propina da empreiteira OAS durante a construção da Arena das Dunas, estádio em Natal usado na Copa do Mundo de 2014.

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E o Agripino desfila pelo Congresso defendendo a moralidade no serviço público. É como se fosse a dona do cabaré lutando pela virgindade. É assim a classe política no Brasil, minha fofa.

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Com essa, foi ficando por aqui, torcendo para que não haja retrocesso e possa voltar no próximo domingo.

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Beijão desse filhote  que jamais te esquecerá

Djalma

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