Um dos itens que culminou no pedido de demissão do ministro Geddel Vieira Lima, que tentava forçar o então ministro da Cultura a encontrar alternativas para dar continuidade às obras de construção de um edifício em Salvador, que haviam sido vetadas pelo IPHAN, foi a ameaça de que ele iria pedir e demissão da presidente do órgão, Kátia Bogéa.
Bogéa assumiu a direção do órgão este ano, e é bastante conhecida dos maranhenses, como podem conferir abaixo. O problema agora com Kátia é de cunho partidário. Quem assumiu a cultura foi o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire. Segmentos do partido já articulam o controle do órgão dirigido por Kátia, incluindo gente do Maranhão.
Nascida em Lagarto (SE), é graduada em História pela Universidade Federal do Maranhão (1984) e especialista em historiografia Brasileira e Regional pela Universidade de São Paulo (1988). Desde novembro de 1979 radicou-se no Maranhão, atuando exclusivamente em atividades na área do patrimônio cultural, ao entrar como estagiária em 1980 na recém-criada Superintendência Regional do Iphan, onde dedicando toda a sua vida profissional à pesquisa do patrimônio maranhense e ao trabalho de preservação e proteção do Centro Histórico de São Luís e Alcântara. Ocupou o cargo de Superintendente do Iphan no Maranhão no período de 2003 a 2015. Durante sua gestão, juntamente com a equipe técnica da instituição, articulou o PAC Cidades Históricas junto à Prefeitura de São Luís. Na área do patrimônio imaterial realizou o registro do Tambor de Crioula e do Complexo Cultural do Bumba Meu Boi.