Justiça  Federal torna réus 23 acusados de desviar R$ 18 milhões em recursos na Secretaria de Saúde do Maranhão

Segundo o Ministério Público Federal, dinheiro foi desviado por meio de fraudes em contratos usando empresas de fachada e funcionários ‘fantasma’.

Por G1 MA — São Luís

A Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra 23 acusados de participação em um esquema de corrupção investigado por desvios de recursos públicos federais enviados à Secretaria de Saúde do Maranhão (SES) entre 2015 e 2017.

 Viraram réus:

Rosângela Aparecida da Silva Barros, a ‘Rosângela Curado’

Luiz Marques Barbosa Júnior

Pablo Francisco Ferreira Lima

Lenijane Rodrigues da Silva Lima

Jose Fernando Teixeira Alves

Jorge Luis Veiga Ferreira Junior

Josefa Equiteria Gonçalves Muniz de Farias

Benedito Silva Carvalho

Péricles Silva Filho

Péricles Guará Silva

Rachel Filippo Guara

Valdeney Francisco Saraiva da Silva

Karina Mônica Braga Aguiar

Flavia Geórgia Borges Gomes

Warlei Alves do Nascimento

Antônio Augusto Silva Aragão

Ideide Lopes de Azevedo Silva

Thiago de Azevedo Silva

Miguel Marconi Duailibe Gomes

Paulo Guilherme Silva Curado

Emílio Borges Rezende

Dalmo Santos de Oliveira

Plínio Medeiros Filho

Segundo a Polícia Federal, a ex-subsecretária de saúde do Maranhão, Rosângela Curado era uma das principais responsáveis pelo desvio.

Rosângela Curado, por exemplo, é ex-subsecretária da Secretaria de Saúde do Maranhão. Ela também foi candidata à prefeita do município de Imperatriz nas eleições de 2016, além de suplente de deputada federal pelo PDT.

As investigações fazem parte da “operação “Pegadores”, que revelou um esquema de fraude que desviou em torno de 18 milhões e 345 mil reais de recursos públicos enviados ao Governo do Maranhão para cuidar da saúde da população.

Escutas telefônicas revelaram que secretário de Saúde sabia de esquema criminoso

O esquema

Segundo a Polícia Federal, o dinheiro do Fundo Nacional de Saúde (FNS) era enviado para a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que mantinha contratos de gestão e parceria com entidades do terceiro setor, organizações consideradas de interesse público para a gestão das unidades de saúde.

A PF descobriu que as entidades desviavam o dinheiro fazendo uso de empresas de fachada e superfaturando prestação de contas. O esquema teria beneficiado políticos, funcionários ‘fantasma’, servidores públicos, empresários e familiares dos operadores da fraude.

A investigação da fraude começou após a divulgação do contracheque de uma enfermeira que trabalhava em um hospital de Imperatriz. Keilane Silva Carvalho recebia um salário de R$ 13 mil reais, enquanto outras profissionais recebiam R$ 3 mil.

O G1 não conseguiu contato com as defesas dos 23 réus acusados pelo MPF. A Secretaria de Saúde do Maranhão recebeu contato para se posicionar sobre as investigações, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

 

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