Beka Rodrigues – “A escravidão foi uma página de vergonha do nosso País. Será que acabou”?

“Estamos completando 133 anos de abolição da escravatura neste 13 de maio. Parece muito, não é? Mas quando paramos para pensar à luz da história, nos damos conta de que, na verdade, é bem pouco.
E sempre que questionamos sobre quantos anos de escravidão tivemos no Brasil, o que se ouve é um silêncio ensurdecedor. A verdade é que, enquanto a população em geral, realmente não sabe, nos esquecemos ou nunca aprendemos na escola que a escravidão no Brasil durou 389 anos”.
A frase acima é do presidente da Câmara Municipal de Raposa, Beka Rodrigues, ao traçar um paralelo entre o período escravocrata do Brasil e os 133 anos de libertação, comemorado neste 13 de maio, quando se aprendeu na escola, que ela veio através da Lei Áurea, promulgada pela Princesa Isabel.
Conforme Beka Rodrigues, a escravidão foi uma página de vergonha na história do Brasil, embora destaque que os negros, naquele período, ficaram livres do açoite da senzala e foram ser aprisionados na miséria da favela.
Mais de um século depois, o parlamentar destaca que essa é uma data para ser refletida por toda a sociedade, enfatizando que, com muita frequência, trabalhadores são resgatados em regime análogo à escravidão, em praticamente todas as regiões do país. Nunca se viu punição para os escravocratas da atualidade.
“Sou descendente de negro e índio e sei o que nossos ancestrais sofreram. Carrego o DNA do sofrimento e da discriminação. Em todas as grandes instituições, somos minorias, mas nossa luta mostra que conseguimos superar muitos obstáculos”, afirma o presidente do Legislativo de Raposa.
Para Beka Rodrigues, não deve haver vitimismo e o negro deve mostrar sua força é através da luta, com estudo, dedicação, coragem e desprendimento. “Não alimento essa história de negro para um lado, branco para outro. Somos um só povo, resultado da miscigenação. Nosso país deve caminhar de mãos dadas, em busca de um horizonte e riscar essa página da vergonha da nossa história. Será que ela acabou”?

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