E-mail pra Dona Bibi

Ei, minha fofa, muito bom dia! Na certeza de que estas poucas e mal traçadas te encontrarão no bem bom, por aí, vou te afirmando que, por estas bandas, a situação é cada vez pior. Primeiro aquele desastre de Brumadinho, em Minas Gerais, com centenas de mortos, muitos feridos e, como o que aconteceu anos atrás em Mariana, nenhum punido.

Falo da barragem de rejeitos da Vale do Rio Doce, que abriu uma enorme cicatriz no seio da Humanidade. Ao contrário de Pompeia,  na Itália , onde, em 79 d.c a erupção do Versúvio sepultou a cidade, matando milhares de pessoas, que foram petrificadas, pelas cinzas vulcânicas, ali foi  obra da natureza, enquanto que em Mariana e Brumadinho, foram irresponsabilidade de técnicos. Uma perda irreparável.

Outra irresponsabilidade provocou a morte de cinco pessoas na região dos Lençóis,  no fim de semana. Motorista de uma Van que transportava turistas brasilienses, invadiu a contramão, entre  Morros e Icatu. As evidências apontam para uma bebedeira dentro do veículo. Foi uma mistura de álcool, e irresponsabilidade, uma vez que chovia muito no local do desastre.

Ah, morena, lá em Brasília, mesmo com o recado das urnas, que trouxe uma grande renovação na política, com muitas caras novas, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM), se reelegeu para a presidência da Câmara Federal. Terceiro mandado presidencial. Nesse quesito, nadica de nada de renovação.

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Enquanto isso, cidadã, no Senado, a eleição para a escolha do novo presidente foi marcada por furto, fraude e agressões. Foram sessões em dois dias, na primeira, na sexta-feira, a senadora Kátia Abreu furtou a pasta com documentos de trabalho do senador Davi Alcolumbre, porque não aceitava que esse presidisse a sessão.

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Ainda na sexta-feira, os senadores Tasso Jereissati e Renan Calheiros trocaram farpas e aí, o Renan partiu para a violência, convidando o oponente para a porrada. Ué,  o Senado não é a casa dos poçíticos equilibrados, como se fosse um conselho de anciãos?

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Vem a pior. Já no sábado, na primeira votação, a fraude.  São 81 senadores e apareceram 82 votos. Ninguém sabe quem foi o autor do mal feito. De bom, mesmo, foi o Renan . Ele se tocou e logo no início da segunda e definitiva sessão, pegou o banquinho e saiu de mansinho. Retirou sua candidatura à presidência.

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Deu Davi Alcolumbre no primeiro turno, com 42 votos. Ele é do DEM, mesmo partido do Rodrigo Maia, que se reelegeu para a presidência da Câmara Federal. O partido se fortaleceu e  muito, quebrando a espinha do MDB.

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Já o governo Bolsonaro começa com a síndrome da corrupção e da desconfiança. É que o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, não consegue explicar a sua relação com o Queiroz e o depósito de R$ 24 mil na conta da mãe, além de uma grande discrepância entre os vencimentos e o patrimônio.

Bem, vamos agora às mais importantes por aqui.

Novidade por estas bandas, Bibi, foram a eleição para a presidência da FAMEM, onde o ex-presidente Tema, que disputava a reeleição e o presidente eleito, Erlânio Xavier, fumaram o cachimbo da paz. Tema virou presidente de honra e será responsável pela interlocução da entidade com o Governo Federal.

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A disputa caminhava para um grande acirramento. Aí, na véspera do pleito, o governador Flávio Dino entrou em cena e pediu que houvesse um consenso. Foi atendido e, entre mortos e feridos, todos se salvaram. Resta saber se não haverá resquício do que caminhava para um acirramento.

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Já na Assembleia Legislativa do Maranhão, como estava escrito nas estrelas, o presidente Othelino Neto foi aclamado para o seu segundo mandato presidencial. Fez um trabalho de mestre na articulação.

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O que falta para muitas lideranças, está sobrando no Othelino Neto no quesito articulação. Até o Adriano Sarney votou nele, assim como toda a esquálida oposição. Não se ouviu uma única crítica ao trabalho do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão.;

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Mas o que chamou a atenção mesmo na Assembleia Legislativa, Bibi foi a demonstração de força da bancada feminina. Das oito parlamentares eleitas, cinco estão compondo a Mesa Diretora daquela Casa. Coisa inédita na política maranhense.

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São elas as deputadas, Cleide Coutinho, Detinha,  Andreia Resende, Thaiza Hortegal e Daniela Tema. Como se vê, não dá agora, pelo menos para as deputadas estaduais do Maranhense reclamarem da falta de espaço. São maioria na Mesa Diretora do Legislativo Estadual.

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Se esse é um fato positivo para a Assembleia, na Câmara Federal não uma única representante maranhense. A única que restava, na  legislatura passada foi a Luana Alves. Ele havia assumido com a morte do ex-prefeito João Castelo, mas não conseguiu se reeleger.

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Ah, Bibi, a bancada federal do Maranhão no Congresso está rindo à toa. Pelo menos três parlamentares maranhenses são líderes em suas respectivas bancadas. Os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), além do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (PTB), vão reger a batuta de suas bancadas durante  os trabalhos no Congresso.

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Falando em Pedro Lucas, certa vez,  conversando com ele na Câmara Municipal, disse-lhe que teria uma árdua tarefa pela frente, já que teria que seguir os passos dos colegas Juscelino Filho,  André Fufuca e Rubens Pereira Júnior, que superaram os pais quando se trata da carreira política.

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Fiz ver a ele, que o pai do Juscelino Filho, o Juscelino Resende, foi apenas prefeito de Vitorino Freire e deputado estadual, enquanto André Fufuca, cujo pai, Fufuca Dantas, também havia sido prefeito de Alto Alegre do Pindaré e depurtado estadual, o mesmo ocorrendo com o pai do Rubens Júnior, que foi prefeito de Matões e deputado estadual.

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Aí o  Pedro Lucas disse que seria tarefa muito difícil superar o pai, Pedro Fernandes, que foi um deputado muito respeitado em Brasília, chegando a ser indicado para o Ministério do Trabalho, mas que esbarrou numa barreira montada pelo ex-senador José Sarney.

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Pois bem, tão logo foi diplomado, ainda no ano passado, Pedro Lucas foi indicado pelos seus colegas de partido para ser o líder da bancada. Já chegou no Congresso em alta cotação o jovem ex-vereador de São Luis.

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E nesta segunda-feira, serão reabertos os trabalhos na Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de São Luis. Na Assembleia, os novos parlamentares chegam com gosto de gás, enquanto na Câmara, os vereadores vão com o pé no acelerador, porque a campanha pela reeleição está batendo na porta.

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Olha, Bibi, a região melhor contemplada  em número de deputados estaduais é a Central. São eles, a Ana do Gás, o Fábio Macedo, o  Rigo Teles, a Daniela Tema, o Fernando Pessoa e o Ciro Neto. Muito bem representada aquela área do Estado.

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Deixa te contar uma história aqui no pé do ouvido: O ex-deputado Júnior Verde não está escondendo a indignação com o irmão, o deputado federal Cleber Verde, pelo fato dele não haver movido uma palha em sua campanha de reeleição.

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Só que essa briga começou lá atrás, em 2016, quando o Júnior Verde lançou a própria ex-esposa como vereadora, enquanto o Cleber queria que ele apoiasse a sua secretária, Jesus Verde. Nenhuma das duas se elegeu e aí começou a briga entre os dois irmãos.

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Não consigo de fazer uma viagenzinha ao passado. Lá no início da década de 80, quando estava no Sistema Difusora, muitos bons profissionais me deixaram boa impressão. Esta é o caso do amigo Fernando Bulhões, cinegrafista que consegue transmitir alma e sensibilidade às imagens por ele captadas.

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Bem, minha gata, com essa teu pretinho vai ficando por aqui, garantindo retorno na próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi bacana com esse teu pretinho aqui.

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Beijão desse filhote que jamais deixará de te amar

N.E- Bibi é Benedita Rodrigues, mãe do editor. Ela faleceu em São Luis em 8 de dezembro de 1965,  com apenas 28 anos de idade.

 

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