Família encontra jabuti sumido há 30 anos na bagunça de casa no Rio

Manuela tinha uma vida normal de jabuti. Acordava, passeava pelo jardim, comia suas folhas e adorava se esconder pela casa. Um belo dia resolveu se esconder muito bem e ficou sumida por 30 anos.

Aconteceu em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A jabuti da família Almeida foi reencontrada numa caixa de som após 30 anos sumida dentro da própria casa da rua Padre Sabóia de Medeiros.

No início da década de 1980, durante uma reforma da casa, os Almeida deram por falta do bicho. “Eu achei que ela tinha fugido, porque o pedreiro que fazia a obra da casa deixava o portão aberto”, disse a dona da jabuti, Sueli de Almeida. A família perguntou para a vizinhança, mas ninguém encontrava uma ‘tartaruga fugitiva’ por Realengo. Até que Manuela foi esquecida.

No início de 2013, o patriarca da família, Leonel Almeida, morreu. Ele tinha a mania de acumular objetos e equipamentos eletrônicos dentro da própria casa. Esse hábito era tão arraigado que chegou a ocupar um quarto e o segundo andar da residência.

“Tudo que ele achasse que dava para consertar na rua, ele pegava. Se achasse uma televisão velha, pensava que no futuro poderia usar alguma peça para consertar uma nova e, assim, foi acumulando as coisas”, explica a filha Lenita de Almeida.

Após a morte de Leonel, o filho começou a desobstruir as áreas intransitáveis da casa. Até que veio a surpresa dentro de um dos sacos de lixo.

“Eu coloquei o saco de lixo no chão e o vizinho só me avisou ‘vai jogar fora a tartaruga também?’. Nesse momento, eu fiquei branco e não acreditei”, disse o filho Leandro.
Família brinca com Manuela (Foto: Perla Rodrigues/ TV Globo)

A família toda ficou emocionada. Afinal, a querida ‘tartaruga’ Manuela tinha voltado. Mas como ela conseguiu viver dentro de um quarto cheio de equipamentos eletrônicos durante anos?

O professor e veterinário Jeferson Pires explicou ao Fantástico como os jabutis são resistentes.

“Apesar das situações adversas, eles podem ficar muito tempo sem comer. Mesmo sem ter um dado cientifico comprovando, eles podem ficar de dois a três anos sem comer. Na natureza, eles comem frutas, folhas, fezes, animais mortos”, disse.

A família, apaixonada por animais, acha que a jabuti se alimentava de cupins no local e, para eles, não há a possibilidade de alguém ter colocado ela dentro do quarto.

Manuela é um jabuti da espécie Chelonoides carbonaria, conhecida como jabuti piranga. Mas, para os Almeida, não tem jeito, é a tartaruga da casa. Agora, Manuela anda por toda a residência e diverte as gerações que já conhecia e as novas da família Almeida.

Roberto Fernandes é eleito por unanimidade novo presidente do Moto Club

Roberto Fernandes e seu vice, Ubaldo Silva

Um dos clubes mais tradicionais do futebol maranhense e nordestino escreveu uma das páginas mais importantes de sua história. Na noite desta quinta-feira (24), o Moto Club elegeu um novo presidente: o radialista Roberto Fernandes foi eleito por aclamação, para comemoração dos mais de 250 torcedores presentes ao anfiteatro do Jornal O Imparcial, onde foi realizada a eleição.

Com apenas uma chapa na disputa, já que a atual presidente do clube, Vera Baldez, desistiu de concorrer a mais um ano no cargo e sequer apareceu na eleição, o pleito do Rubro-Negro foi apenas formalidade. Os conselheiros presentes apenas assinaram a ata da eleição e confirmaram a vitória de Roberto, que exercerá o cargo até dezembro deste ano.

Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA) e ex-presidente do clube, Edmar Cutrim foi um dos primeiros a parabenizar o novo presidente do Papão. “Este momento é um dos mais importantes da nossa história. Estou muito alegre de estar aqui, de participar deste processo, de transição para uma fase boa. Estou aqui por três razões: meu coração motense, a necessidade de fazer novamente um Moto forte e por causa do Roberto Fernandes, uma pessoa confiável que será o novo presidente”, afirmou Cutrim, que se colocou também à disposição do clube para ajudar no que for preciso.

O vice-presidente eleito, o empresário Ubaldo Silva, também falou aos torcedores presentes. Ubaldo explicou que somente aceitou o cargo por causa de Roberto Fernandes. “É uma pessoa correta”, disse o novo vice-presidente. “Estou aqui, me sentindo muito orgulhoso, como apaixonado pelo esporte e pela torcida do Moto Club”, disse, arrancando aplausos dos torcedores presentes.

Após muita festa, o presidente eleito enfim discursou, aos gritos de “O Papão voltou”. Roberto Fernandes afirmou inicialmente que seu time de infância, em Pernambuco, era o tricolor Santa Cruz ao invés do rubro-negro Sport, mas que no Maranhão aprendeu a gostar do Moto Club. Sobre a candidatura, Roberto disse ter se sensibilizado aos pedidos de torcedores, que se manifestava nos programas de rádio e nas ruas. “Com tantas manifestações de apoio, passei a ter a necessidade e a responsabilidade de pensar nessa hipótese”, explicou.

Roberto afirmou ainda que o Moto precisa pensar grande. “Nosso time precisa ter postura de time grande, como é. Precisamos bater todos os adversários, seja ele campeão brasileiro invicto ou não”, afirmou Roberto, mencionando indiretamente o grande rival Sampaio Corrêa, atual campeão brasileiro da Série D.

O novo mandatário rubro-negro também mencionou que a torcida rubro-negra precisa de união para fazer com que os projetos da nova diretoria sejam realizados. “Nosso papel é unir todos os motenses, chamá-los. Não será fácil reerguer o Moto, e não será da noite para o dia. Precisamos lutar e ter fé para transformar o nosso sonho em realidade. Que este momento seja o renascimento do Moto Club!”, encerrou Roberto, arrancando novos aplausos da torcida rubro-negra, que encerrou as eleições cantando o hino do clube e saudando seu novo presidente.

(Imirante)

Apostador de São Luís ganha R$ 1,8 milhão na Quina, mas não vai buscar o prêmio

O prêmio R$ 1,8 milhão do concurso nº 3.090 da Quina, sorteado no dia 9 deste mês, saiu para um morador de São Luís. O problema é que o sortudo nunca apareceu para resgatar a bolada. Já se passaram 16 dias desde o sorteio.
Se depositado na poupança, o montante vai render, por mês, algo em torno de R$ 9,2 mil. Sem aparecer, o ganhador já está perdendo dinheiro. “Estamos esperando ele aparecer. Ele ainda tem quase dois meses para nos procurar”, afirmou Valdemilson Nascimento, superintendente da Caixa Econômica Federal.
Após 90 dias, os recursos de prêmios da loteria que não são procurados vão para o Tesouro Nacional. E são destinados ao Fies – Programa de Investimento Estudantil.
Só no ano passado, cerca de R$ 189 milhões foram deixados na Caixa Econômica Federal por ganhadores de prêmios da loteria que nunca apareceram para receber o dinheiro. A maioria é prêmio secundário, quina ou quadra da mega sena.

Pé quente
Na entrada da casa lotérica onde a aposta foi feita, no bairro do Renascença, uma faixa avisa que foi daquele ponto que saiu o mais novo milionário da cidade. Depois da frase na porta da lotérica pé quente, o número de apostas triplicou. “Por dia fazíamos 50 bolões por dia. Depois do prêmio da Quina, estamos fazendo, em média, 150 bolões diários”, disse o caixa Moises Ramos.

Juiz determina que Detran-MA realize concurso público

O juiz Fernando Luiz Duarte Barboza, da Segunda Vara do Trabalho de São Luís, determinou que o Departamento Estadual de Trânsito do Maranhão (Detran-MA) e o Estado do Maranhão se abstenham de nomear, manter, admitir e contratar servidor público para prestação de serviço ao órgão, ou autorizar a admissão de trabalhadores, mediante pessoa física ou jurídica interposta, ou por meio de termo de parceria, contrato de prestação de serviço, contrato de gestão ou convênio, firmado com entidade interposta, para prestar serviços ligados a atividades essenciais, permanentes e finalísticas do Detran-MA, sem prévia aprovação em concurso público, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão e contratações por prazo determinado para atender necessidade temporária ou de excepcional interesse público, conforme determina o artigo 37, inciso II, da Constituição Federal (CF) de 1988. O descumprimento da decisão acarretará pagamento de multa diária de R$ 10 mil, por trabalhador irregular.

Para o juiz, documento juntado nos autos comprova que o Detran-MA nunca realizou concurso público para contratação de pessoal. Ao invés disso, tem contratado mão de obra terceirizada para a realização de suas atividades essenciais, permanentes e finalísticas, “utilizando-se, porém, de modalidade inovadora de contratação, pela intermediação realizada por Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)”.
Segundo Fernando Barboza, essa prática viola o princípio do concurso público, que é requisito constitucionalmente previsto para a investidura em cargos e empregos públicos. “O concurso público é, portanto, a via legítima de ingresso nos quadros da administração pública, por garantir a todos igualdade de condições, realizando, assim, o direito fundamental à igualdade, além dos princípios constitucionais relacionados à administração pública, em especial aqueles relacionados à moralidade e à eficiência”, enfatizou.
O magistrado julgou procedente em parte a Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho do Maranhão (MPT-MA) contra o Detran-MA, Estado do Maranhão, Centro Integrado e Apoio Profissional (CIAP), Instituto de Apoio e Desenvolvimento Social do Maranhão (IADESMA) e Diplomata Mão de Obra Especializada Ltda. O MPT-MA requereu a condenação dos reclamados em obrigações de fazer e não fazer que, em síntese, impedissem a execução de atividades essenciais, permanentes e finalísticas do Detran-MA por pessoas não concursadas e admitidas diretamente pelo órgão ou por intermédio de empresas interpostas, inclusive Organizações Sociais (OS) e OSCIP, ressalvadas as nomeações previstas no artigo 37, inciso II, da CF. Requereu, ainda, condenação ao pagamento de R$ 996 mil a título de dano moral coletivo.
O magistrado, também, declarou a nulidade de todas as contratações de pessoal feitas pelo Detran-MA, após 5 de outubro de 1988, diretamente ou por intermédio do CIAP, do IADESMA, da empresa Diplomata, ou de outra entidade interposta, nos termos do artigo 37, inciso II, parágrafo 2º, da CF/1988.
Condenou, ainda, o Detran-MA e o Estado do Maranhão a efetuarem a extinção de todos os contratos para execução de atividades essenciais, permanentes e finalísticas do departamento de trânsito celebrados após 5 de outubro de 1988, firmados por convênios, empresas interpostas, inclusive OS e OSCIPs, em desrespeito à regra da obrigatoriedade de prévia aprovação em concurso, público com exceção dos casos previstos na CF. Em caso de descumprimento, será cobrada multa diária de R$ 10 mil por trabalhador fornecido.
O Detran-MA e o Estado do Maranhão também deverão afastar todos os trabalhadores vinculados formalmente ao CIAP, IADESMA, à empresa Diplomata ou a qualquer outra entidade privada que se qualifique ou não como OS, OSCIP, ou como cooperativa de trabalho, empresas ou entes administrativos, que prestem serviços subordinados e não eventuais ao Detran-MA. O descumprimento, neste caso, acarretará multa diária de R$ 10 mil por cada trabalhador em situação irregular.
Além disso, o juiz Fernando Barboza condenou o CIAP, a IADESMA e a empresa Diplomata a se absterem de disponibilizar, fornecer ou intermediar mão de obra de trabalhadores para execução de atividades próprias do Detran-MA e/ou para a execução de atividades complementares, de apoio ou relacionadas às suas atividades-meio, quando presentes pessoalidade e subordinação direta, sob pena de pagamento de multa diária de R$10 mil por trabalhador fornecido.
Ele julgou improcedente o pedido de indenização por dano moral coletivo, uma vez que não restou caracterizado o dano.
O magistrado concedeu o prazo improrrogável de seis meses para cumprimento das obrigações de fazer e não fazer, devido à necessidade de realização de concurso público e de regularização do serviço, em respeito ao princípio da continuidade do serviço público, bem como concedeu um prazo de 10 dias para o Detran-MA apresentar cronograma detalhado das medidas a serem adotadas, para efetivo acompanhamento pelo MPT-MA.

TRE fará revisão de todo eleitorado de São Luís este ano

O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão deu o primeiro passo para o início da revisão do eleitorado de São Luís com recadastramento biométrico, nesta quinta-feira (24), durante sessão administrativa da Corte. É que as instruções para o processo foram estabelecidas pelo órgão.

Do dia 4 de março até 19 de dezembro de 2013, os 678 mil eleitores da capital devem comparecer para realizar a revisão e cadastrar sua identificação biométrica.

O atendimento dos eleitores será realizado no Fórum Eleitoral e em postos móveis a serem disponibilizados pelo TRE em vários locais da cidade que ainda serão divulgados pela instituição.

Regulamentação

A revisão do eleitorado de São Luís atende às Resoluções 23.061/2009 e 23.335/2011 do Tribunal Superior Eleitoral, que disciplinam a atualização do cadastro eleitoral em função da identificação do eleitor mediante dados biométricos.

Roseana Sarney é internada às pressas na UDI

A governadora Roseana Sarney foi internada às pressas no início da tarde desta quinta-feira (24), no Hospital UDI, sendo submetida a uma endoscopia e encaminhada para uma Unidade de Tratamento Semi-intensiva, onde está se recuperando.
A governante maranhense estava em sua residência, no Calhau, quando se sentiu mal e, por recomendação médica, foi logo encaminhada para o hospital.
No ano passado, Roseana Sarney esteve na mesma casa de saúde, onde foi submetida a uma colonoscopia e posteriormente foi levada para São Paulo.
HISTÓRICO
Roseana Sarney tem um histórico de algo em torno de 20 cirurgias, incluindo um problema no cérebro, que foi debelado no Sírio Libanês, em São Paulo.
Informações extra-oficiais dão conta de que a chefe do Executivo do Maranhão se recupera bem, não havendo ainda a possibilidade de que seja encaminhada para São Paulo.

Polícia investiga assassinato de produtor da TV Cidade

"Tof-toff", vítima de assassinato

A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar e identificar os autores do homicídio ocorrido na noite da última quarta-feira (23), que vitimou o funcionário da TV Cidade, Wandson Costa da Silva, conhecido como “tof-tof”, de 32 anos. O crime ocorreu na Praça da Saudade, na Madre Deus, em São Luís.

Segundo a Delegacia Geral de Polícia Civil, nenhuma linha de investigação será descartada e as investigações estão analisando todos os indícios de prova. A polícia intimará testemunhas que estavam no local do crime, familiares e, a partir disso, traçará os rumos das investigações. O inquérito está sob a responsabilidade do delegado Francisco Cunha, que está respondendo pelo 1º Distrito Policial (Centro).

A Delegacia Geral determinou a equipes da delegacia de Homicídios que ajudem na elucidação do caso. Desde o ocorrido, várias diligências estão sendo feitas, a fim de colher informações que ajudem a solucionar o caso. Segundo informações do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), logo após o crime, uma pessoa foi detida e conduzida ao Plantão da Reffsa, sob a suspeita de envolvimento no homicídio.

As investigações comprovarão se há ou não envolvimento dele no caso. Ainda conforme repassado ao Ciops, Wandson foi atingido por três tiros disparados por um homem que se aproximou enquanto a vítima estava em um quiosque na Praça da Saudade. Ele ainda chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), porém veio a óbito na mesa de cirurgia, após sofrer duas paradas cardíacas.

Câmara de São Luís realiza seminário para auxiliar atuação dos vereadores

Eudes Barros (Raposa), Samuel Melo, Ivaldo Rodrigues, Isaías Pereirinha, Osmar Filho, Milson Coutinho, Ivan Sarney e Jaime Vieira

“O Legislativo Municipal na conjuntura atual”, foi o tema do III Seminário Municipal, destinado a vereadores e assessores, realizado durante todo o dia desta quinta-feira (24), no auditório da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) organizado pelo presidente do Legislativo Municipal,vereador Antonio Isaías Pereirinha (PSL) e coordenado pelo procurador legislativo Samuel Melo.
O evento reuniu vereadores de São Luís, Raposa, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e até de Monção tendo como objetivo, de acordo com Isaías Pereirinha, dotar os novos e antigos vereadores de conhecimentos sobre a temática legislativa, auxiliando-os para o exercício do mandato.
Ele afirmou que sempre se preocupou e buscar fórmulas para que os parlamentares municipais tivessem pleno conhecimento de seus limites, enfatizando ainda que cabe aos assessores a tarefa de assimilar com mais precisão as técnicas legislativas, sob o argumento de que são eles que vão operacionalizar todas as ações dos representantes populares.
HISTÓRIA DA VEREANÇA
Como primeiro palestrante do seminário, o desembargador aposentado Milson Coutinho, que já foi procurador geral e atualmente e atualmente ocupa a função de ouvidor da Câmara, traçou um painel histórico sobre o papel do vereador e sua importância no contexto político.
“Não foi o Parlamento Inglês, o Senado Romano ou a Assembléia Constituinte Francesa ao precursores do parlamento, mas sim os hebreus, que, 1400 anos antes de Cristo, já haviam criado o Conselho dos Anciãos, uma espécie de parlamento que auxiliava os governantes subsidiando-lhes com idéias e propostas”, disse Milson Coutinho.
Relatou ainda que após essa experiência dos hebreus, os gregos criaram assembléias denominadas de Eclésias, onde os cristãos se reuniam às escondidas, com medo da perseguição romana.
Milson Coutinho falou também sobre a Câmara Municipal de São Luís, fundada em 1619 por Simão Estácio da Silveira, mas acrescentando um novo personagem nessa história, ao destacar que o navegador português Jorge de Lemos Bitencourt teve papel importante, porque foi ele quem trouxe para São Luís, sua primeira população civil, que constava de 400 açorianos e saiu da capital maranhense deixando a criação do Legislativo Ludovicense ao encargo de Simão Estácio da Silveira.
MIlson Coutinho foi mais além, adiantado que a Câmara de São Luís era dotada de tanto poder, que a Coroa Portuguesa jamais teve a coragem de nela intervir. Ele afirmou que o papel do vereador é muito importante, tem muito de simbologia e é detentor de um poder que talvez os vereadores não saibam o que realmente representam numa comunidade.
Jaime Vieira, procurador do TCE (Tribunal de Contas do Estado), centrou sua palestra mostrando os limites da atuação do município, com base nos poderes que lhes são atribuídos pela Constituição Federal, enquanto o procurador Samuel Melo encerrou o evento abordando algo em torno de 30 itens técnicos sobre a importância e o papel do vereador.
Os vereadores Eudes Barros e Joadcy Aroucha Rocha, presidentes das Câmaras de Raposa e Monção, respectivamente, destacaram o seminário como sendo de fundamental importância como instrumento auxiliador do exercício do mandato e elogiaram a iniciativa do vereador Isaías Pereirinha, na realização do evento.
A prefeitura de São Luís foi representada pelo secretário de Articulação Política, Osmar Filho e o ex-presidente do Legislativo de São Luís, Ivan Sarney representou a Assembléia Legislativa. Todos afirmaram que o seminário teve um saldo altamente positivo.

Sarney afirma que a política é cruel e o embate político não tem limites

Agência Senado

O senador José Sarney (PMDB-AP) está prestes a deixar a Presidência do Senado, cargo que ocupou por quatro vezes nos últimos 17 anos. Em 2014, Sarney vai completar seu terceiro mandato como senador pelo estado do Amapá. Entre 1971 e 1984, esteve na Casa como representante do Maranhão. “Já são 35 anos dentro do Senado. Na história da República eu sou o senador que mais tempo passou aqui”, destaca Sarney, lembrando que Rui Barbosa teve 32 anos de Senado.

Sarney registra que não será candidato à reeleição, mas ressalta que não é por falta de apoio popular. Ele lembra que o ex-deputado federal Virgílio Távora (1919-1988) dizia que duas coisas fazem o político abandonar a carreira: ou o político larga o povo, ou o povo larga o político. “Graças a Deus, nada disso aconteceu comigo”, diz.

Sobre o próximo presidente do Senado, Sarney ressalta que “isso depende da escolha do Plenário”. Ele, no entanto, admite que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) deve ser um dos candidatos e que o colega de partido tem muita experiência: “Já foi presidente da Casa e tem grande capacidade de diálogo e conciliação”.

Sarney conta que tentou desestimular o envolvimento de seus filhos na política, por conta das agruras da atividade. Dois deles, no entanto, seguiram a carreira do pai: o deputado federal Sarney Filho (PV-MA) e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Sarney admite, porém, que gostaria que seus filhos repetissem sua trajetória política.

Em entrevista exclusiva à Agência Senado, Sarney avaliou seus mandatos como senador, falou sobre as realizações de sua carreira política e a forma como lida com denúncias, e não deixou de tocar em assuntos como Deus, frustrações, vida e morte. Confira.

Como o senhor avalia seus mandatos como senador?

Sempre tive a preocupação com a atualização, com a modernização e com o apoio científico aos trabalhos do Senado. Na década de 1970, fui presidente do Ipeac [Instituto de Pesquisa e Assessoria do Congresso], que visava oferecer assessorias competentes à atividade parlamentar. O Ipeac era o responsável pelos trabalhos da Casa, convocando a inteligência nacional para dar apoio ao Congresso. Assuntos como energia nuclear, hidrelétricas e abertura democrática estavam entre os trabalhos do instituto. Ainda como senador, em 1993, eu propus a informatização do Senado. Foi constituída uma comissão, da qual eu era membro, e o resultado foi a criação da Secretaria Especial de Informática do Senado Federal (Prodasen).

Qual a herança que o senhor deixa como presidente do Senado?

Durante todo o tempo que passei no Congresso, nunca gostei de participar das mesas de direção. Mas, em 1994, me rendi aos apelos para assumir a Presidência do Senado. Como presidente, minha preocupação com a modernização se redobrou. Depois de assumir a Presidência, acho que entramos na era da modernidade do Senado. Parecia que o Senado ainda estava no século 19, pois não havia o conhecimento das mudanças significativas que a sociedade da informação trouxe para o mundo.

Durante o tempo em que fui presidente, sempre houve a preocupação com a transparência, pois a modernidade traz um novo interlocutor, que é a opinião pública, que se manifesta por meio da mídia, das redes sociais ou pelas organizações civis. Com isso, nós achamos que o Senado devia se atualizar para ter sua presença diante da opinião pública. Daí, houve a criação da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secs), com a TV, a Rádio, o Jornal e a Agência Senado. Serviços como o DataSenado, a Ouvidoria, o e-Cidadania e o Alô Senado vieram assegurar uma transparência cada vez maior da Casa. Também destaco a informatização das sessões e da frequência dos senadores, as notas taquigráficas em tempo real na internet e o [site de busca de legislação] LexML.
Na área administrativa, houve o incremento dos cursos do ILB [Instituto Legislativo Brasileiro] e a aquisição de livros raros para a Biblioteca, além dos programas Pró-Equidade e Senado Verde. Tudo isso mostra a revolução que ocorreu no Senado e como a Casa se modernizou. A modernização e a atualização têm sido a minha marca por onde tenho passado na administração publica.

A vida política do senhor é muito extensa. O senhor já foi deputado, governador, senador e presidente da República. Além disso, é empresário e membro da Academia Brasileira de Letras. O senhor se considera realizado ou falta algo a conquistar?

Todo homem chega ao fim da vida com uma certa frustração, não das coisas que fez, mas pelas coisas que deixou de fazer. Quando a gente entra na política, é pelo desejo de melhorar a sorte de seu município, de seu estado, de seu país, e até de melhorar a sorte da humanidade. Essa é a grande vocação da política. E sempre fica uma frustração por ainda não ter conseguido todas essas coisas.

Na realidade, eu fico meio decepcionado quando vejo que todas as ideias políticas difundidas no mundo prestaram menos serviço ao povo do que [Alexander] Flemming, com a penicilina, [Albert] Sabin, com a vacina contra a paralisia, ou as inovações de [Thomas] Edison ou [Steve] Jobs. Sempre fica a ideia de que ainda há alguma coisa por fazer. Quando Deus fez o mundo, não o fez com tudo perfeito, mas deixou o homem com a capacidade de cada dia melhorar um pouco. Eu sou um otimista com a humanidade, e acho que haverá um dia em que o homem vai conseguir aquilo que [Thomas] Jefferson chamava de “a busca da felicidade”. Isso será daqui a milênios, mas vai acontecer.

O exercício da política implica, naturalmente, controvérsia e antagonismo. Ao longo da sua trajetória política, o senhor teve de lidar com denúncias de irregularidades. De que forma o senhor convive com essas denúncias e as críticas?
A política é cruel, lida com a crueldade. O embate político não tem limites. A primeira coisa que muitos fazem [na política] é tentar desqualificar o adversário. Então se inventa tudo e se é submetido a todas as injustiças. Quanto mais responsabilidade, mais se é combatido. Isso faz parte da prática e da instrumentação política. Isso é terrível pra quem faz política e desmoraliza a atividade política. Por isso, o povo julga tão mal os políticos. São os próprios políticos que constroem esse julgamento.

Quanto a mim, como eu sei que são inverdades, eu lido como se fosse com uma terceira pessoa. Eu lido com absoluta tranquilidade. Eu sou cristão e Deus me deu essa graça. Deus já fez tanto por mim – como o país em que ele me fez nascer e a vida que ele me permitiu construir, tanto na literatura quanto na política – e ele me pede uma coisa apenas: “Perdoai os vossos inimigos”. Por que eu vou negar isso a ele? Então eu perdoo e fico tranquilo, numa boa.

Na história do Brasil, muitos sofreram muitos ataques. Rui Barbosa, Joaquim Nabuco, muitos presidentes. Mas eu vejo que tudo isso passa. Os excessos que a imprensa constrói, o tempo destrói.

O senhor completou 82 anos, em 2012, passando por um susto. Teve de ser internado, para tratar do coração. É natural que, neste momento da vida, a morte se torne um assunto delicado. O senhor tem receio da morte? De que forma lida com a ideia da morte?

O corpo começa a dar sinais, algumas peças começam a ficar com a validade vencida (risos). Eu até escrevi um poema, Homilia do juízo final, em que eu termino dizendo: “Tenho um encontro com Deus. / – José! onde estão tuas mãos que eu enchi de estrelas? / – Estão aqui, neste balde de juçaras e sofrimentos.” Juçara é outro nome para o açaí.

Nos vários cargos que o senhor exerceu, qual foi o momento mais difícil?
Foi quando me ligaram de madrugada, avisando que eu iria assumir a Presidência da República (Em março de 1985, Sarney assumiu a Presidência depois de Tancredo Neves ter sido internado com problemas de saúde. Tancredo viria a morrer em junho daquele ano, e Sarney seguiu como presidente até 1990). Não conhecia o ministério nem o programa de governo. Todos diziam que a democracia iria morrer nas minhas mãos. Mas não morreu. Pelo contrário, floresceu.

Eu convivi com grandes homens públicos. Cada um tem o seu tempo, e corro o risco de terminar fazendo alguma injustiça. Mas, se eu tivesse que apontar aquele de quem mais sinto falta, seria de Tancredo Neves.

Nos seus vários mandatos, há algo que o senhor considere que seja o seu legado político para o Brasil?

Eu destaco a transição democrática, pois depois a democracia se consolidou no país, e os programas sociais, que tanto bem fazem para o povo brasileiro. Depois de ser presidente, tive a felicidade de ver todas as classes sociais chegando à Presidência da República, colaborando com a vida do país. A República começou com os barões do café, passou pelos militares, pelos bacharéis e tivemos um operário como presidente. Hoje, temos uma mulher na Presidência. Há país mais democrático que o Brasil? Há exemplo maior do que esse? Isso foi fruto de um trabalho que passou pelas minhas mãos.

Quando fui presidente da República (1985-1990), houve uma mudança de foco. A prioridade era apenas econômica e eu coloquei a causa social na pauta da política brasileira. Todos esses programas que hoje foram ampliados começaram naquele tempo. Com o Plano Cruzado (1986), tive a coragem de colocar minha cabeça a prêmio, com o congelamento de preços. Procuramos outro caminho que levou ao Plano Cruzado, ao Plano Verão, ao Plano Collor e até ao Plano Real. O Plano Real, já naquele tempo, esteve em nossas mãos, mas não havia mais tempo para implementá-lo, pois estava deixando a Presidência da República. Essas conquistas me fazem muito orgulhoso de minha vida pública. Na minha vida, a orientação sempre foi procurar ajudar, construir, unir e buscar a paz.

Tema segue exemplo de Edivaldo Jr e também não promoverá Carnaval em Tuntum

Em razão da crise financeira que passa o município no momento o prefeito Dr. Tema seguirá o exemplo do prefeito de São Luís, Edvaldo Holanda Júnior, e não irá promover o carnaval de rua como era de seu costume. Em conversa com este blogueiro, nesse último final de semana, Dr. Tema disse que não haveria condições da prefeitura promover o evento esse ano em razões da difícil situação financeira que atravessa o município, principalmente a área de saúde. ‘Não vamos promover o carnaval de rua esse ano, a situação financeira não é boa, temos outras prioridades e a saúde é uma delas’, declarou.
O prefeito está reorganização a área colocando toda estrutura pra funcionar para atender a população. De acordo com o seu pensamento, investir no carnaval não seria viável, no momento, pois há outras prioridades emergências, dentre elas a própria normalização do atendimento.
Além do prefeito Dr. Tema a prefeita de Coroatá, Tereza Murad, esposa de Ricardo Murad, secretário de Estado da Saúde também tomou a mesma atitude e não irá promover o carnaval de passarela em sua cidade. Se a mulher do secretário de Saúde, homem que tem a chave do cofre, toma essa atitude, é porque realmente as coisas não vão boas e algo tem que ser feito para conter os excessos e priorizar aquilo que é necessário.
(Blogue do Lobão)