Panorama

TRE lança programa sobre 80 anos de

cidadania no Brasil na Câmara Municipal

 

A presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargadora Anildes Chaves Marques Cruz e o vice-presidente da Corte, desembargador José Bernardo Silva Rodrigues, que também é corregedor e ouvidor do órgão, lançaram no último dia 25, no plenário da Câmara Municipal de São Luís, o programa “Justiça Eleitoral-80 anos de cidadania”.

O lançamento ocorreu por ocasião do painel de debates “Eleições 2012”, que foi proposto pelo vereador Josué Pinheiro (PSDC). Durante o painel, técnicos do TRE tiraram dúvidas dos vereadores sobre as resoluções do TSE, principalmente quanto à propaganda eleitoral, ficha-suja, prazos duplicidade de filiação e outros questionamentos.

Foi um momento marcante, no entendimento da desembargadora Anildes Chaves Cruz, ao assegurar que os vereadores de São Luís mostraram visão ao buscarem tirar as dúvidas sobre essas questões.

O desembargador Bernardo Rodrigues, por sua vez destacou a importância do voto e disse que o eleitor é o principal responsável pela manutenção ou não do ficha-suja na política, porque cabe a ele a escolha de seus representantes. Afirmou que foi um momento singular da Câmara Municipal, ao provocar esse painel. O fotógrafo Paulo Caruá gentilmente cedeu as fotos para a coluna.

Abaixo link da página:

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JANELA LIVRE – LIÇÕES DE UMA MORTE

•             João Melo e Sousa Bentiví

Essa crônica pode estar velha, no dia da publicação. Escrevo-a na sexta, será publicada domingo e, nesse tempo, todas as notícias podem ter se tornado velhas. O que resta esperar é que o envelhecimento seja construtivo.

Morreu o jornalista Décio Sá. Aliás, não morreu, mataram-no, foi assassinado!

Conheci o Décio criança, fomos criados no mesmo bairro, o antigo Barés, hoje tristemente incorporado pela imundície da Feira do João Paulo. Como todos nós, do Barés, de origem humilde.

  A vida lhe foi pródiga: venceu.

Não tínhamos relações de intimidade, até porque a diferença de idade entre nós pouco permitiu de convivência e, no desenrolar de nossas vidas, trilhamos caminhos bem opostos. Por motivos ideológicos e profissionais, Décio Sá, desde cedo, vinculou-se à estrutura Mirante-Sarney e eu, por meus motivos, caminhei exatamente ao contrário, nunca estive nem próximo a essa nau. Graças a Deus!

Isso não fez de nenhum de nós melhor ou pior, fez-nos, pura e simplesmente, diferentes.

Muita gente reclama dos jornalistas que defendem posições, como era o caso do Décio Sá e eu sempre acho hipócritas aqueles que se vangloriam de fazer o “tal jornalismo imparcial”. Jornalismo imparcial seria o mesmo que comida insossa ou água morna: nem serve para beber, tampouco pela um porco: toucinho cabeludo nunca fez sucesso!

O jornalista que faz bem para a sociedade tem que ter a contundência da parcialidade. Parcialidade não rima, necessariamente, com malandragem, rima com ter um lado político, econômico ou ideológico. É melhor ter um lado e assumi-lo que ficar se posicionando de maneira sutil e hipócrita.

O meu saudoso mestre e amigo José Maria do Amaral ensinou-me que quem não tem inimigos também não pode fazer amigos. Desconfie-se, pois, desse tipo de indivíduo que diz ter somente amigos: ou é mentiroso ou não vale nada. Melhor que seja mentiroso.

O Décio Sá foi morto a mando de um ou mais inimigos e daí sobram lições.

Creio que não tomava os devidos cuidados com as pessoas que tinha certeza de tê-las incomodado. Posso estar errado, mas ser da equipe Mirante, próxima ao núcleo central do governo do Maranhão, deveria lhe dar uma certa sensação de segurança.

A segunda lição é que a insegurança, em vez de ser exceção, é regra no Maranhão. Os fatos afirmam:

Não era um jornalista qualquer. Era um dos mais lidos, da maior rede de comunicação do estado, amigo das mais altas autoridades, incluindo a governadora e José Sarney.

Com todos esses predicados, os assassinos o mataram em um restaurante lotado, cedo da noite, sem capuz ou disfarce, com a certeza da impunidade.

A terceira lição mostra a deterioração das relações sociais. Nunca advoguei a farsa social que canoniza o morto, principalmente se a morte é violenta, mas é inadmissível detratar-se do morto, qualquer que seja o motivo, ainda que relevante, pois o morto tem a incapacidade absoluta de defender-se e, assim procedendo, se estará promovendo pelo menos uma absoluta covardia.

A quarta lição é uma equação em aberto: o governo tem a maior de todas as obrigações – prender executores e mandantes.

Os outros assassinos de aluguel (que no Maranhão, acredita-se, são muitos) estão vendo o rio passar. Caso a morte do Décio Sá fique na impunidade, será um grande combustível a encorajar os crimes de encomenda. A impunidade da morte do Décio Sá fará com que qualquer motivo, mesmo banal, atinja a condição de relevância para a execução de alguém.

Encontrar, prender, julgar e colocar na cadeia esses facínoras é condição de segurança pública. Alguém, desavisado, diria: só porque é da Mirante? Não, nesse caso não se trata de Mirante ou um jornalzinho casca de coco: o fato independe do veículo.

Assim, espera-se que, desse triste drama, sobre algo de relevância. Que os sentimentos menores não se externem. Que os facínoras recebam o merecido e que outros jornalistas não tombem de maneira tão violenta.

Na adolescência, li um livro – A Marca da Violência – e não recordo o nome do autor, mas uma frase desse livro me marca até hoje: “o nascer é o início da vida, o morrer é o fim, mas uma morte violenta é um fim antes do fim”.

Creio que se aplica ao Décio Sá!

             Médico otorrino e legista, jornalista, advogado, professor e músico

 

 

Vara da Infância e Juventude da capital vai realizar audiências concentradas

A 1ª Vara da Infância e Juventude da capital realiza, a partir da próxima semana, uma série de audiências concentradas com o objetivo de avaliar a situação de crianças e adolescentes em acolhimentos institucionais, ou abrigos. As audiências concentradas acontecerão no período de 2 a 18 de maio e serão presididas pelo juiz José Américo Abreu Costa, titular da vara.

A lei determina que a cada seis meses seja feita, pelo titular da Vara da Infância e Juventude a revisão da situação do menor que esteja acolhido em instituições. “A principal meta é inserir a criança ou adolescente na família biológica ou na família extensa (parentes)”, destaca José Américo. “Uma segunda solução é encaminhar a criança a outra família por adoção ou guarda. Caso contrário, a criança continua abrigada até a justiça encontrar a solução mais adequada”, explica.

As audiências estão marcadas para diversas instituições que abrigam crianças e adolescentes, entre as quais a Casa Menino Jesus, a Casa de Passagem, a Casa Sonho de Criança, o Lar de José, a Casa Dom Calábria, a Casa Luz e Vida e o Educandário Santo Antônio. O juiz já determinou a listagem dos processos e casos com objetivo de verificar ‘in loco’ as situações das crianças e adolescentes em acolhimento institucional. “São aproximadamente 40 casos de crianças a serem verificados”, observa José Américo.

“Conforme o caso, as crianças e adolescentes são entregues aos pais mediante termo de guarda ou encaminhadas para adoção. Em outros casos, a decisão será pelo prosseguimento da ação de destituição de poder familiar ou a manutenção do acolhimento nos abrigos”, ressalta o juiz.

CNJ – As audiências concentradas, que surgiram através de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), visam atender a Lei nº 12.010/2009, que dispõe sobre o aperfeiçoamento da sistemática prevista para garantir a convivência familiar e comunitária. A iniciativa baseia-se na preocupação com a situação vivenciada por aproximadamente 50.000 crianças e adolescentes que se encontram em programas de acolhimento institucional em todo o país.

Os Conselhos Tutelares, em geral, são os órgãos que fazem o acolhimento de crianças junto a instituições e depois comunicam à vara. Os casos clássicos de abrigamento institucional dizem respeito a crianças que sofrem abandono e maus tratos, mas também há ocorrências de abuso ou violência sexual.

Participam das audiências o juiz, o representante do Ministério Público, diretores dos abrigos, Defensoria Publica e membros da equipe interdisciplinar da 1ª Vara da Infância e Juventude.

 

 

TJ confirma perda de direitos políticos de vereador

A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão manteve, por unanimidade, a suspensão dos direitos políticos do vereador de Estreito, Eriberto Carneiro Santos, pelo prazo de oito anos, período em que ficará proibido de estabelecer contrato com o Poder Público ou dele receber incentivos fiscais ou creditícios. A decisão mantém a sentença de 1º Grau, proferida pelo juiz da 1ª Vara da Comarca de Estreito, Gilmar de Jesus Everton Vale, que condenou o parlamentar por improbidade administrativa.

De acordo com denúncia recebida pelo Ministério Público estadual (MPE), Santos é um dos nove parlamentares acusados de dividir o valor de R$ 198 mil referente a sobra de repasse mensal da Prefeitura de Estreito para a Câmara Municipal, em 2009. Com a quebra de sigilo bancário, feito por determinação judicial, o órgão ministerial comprovou a acusação de que cada um dos envolvidos recebeu um cheque de R$ 22 mil a título de “verba de gabinete”, sem previsão legal para tanto e utilizando esse montante em proveito próprio.

Defesa – Em recurso, Santos arguiu em sua defesa a presunção de inocência, ausência de provas e necessária aplicação do princípio da insignificância, entre outros questionamentos. Sustentou, ainda, que o recebimento dos valores ocorreu de boa-fé, inexistindo enriquecimento ilícito já que o valor foi devolvido antes mesmo do ajuizamento da presente demanda. Em antecipação de tutela, ele pediu o retorno às funções de vereador, com o acolhimento das preliminares suscitadas para declarar a nulidade da sentença ou, caso não sendo esse o entendimento, seja reformada decisão para julgamento improcedente dos pedidos.

Voto – Em seu voto, o relator do processo, desembargador Jamil Gedeon, enfatizou a ausência de qualquer fundamento fático ou jurídico para refutar a acusação da prática de ato de improbidade administrativa. “Não se pode perder de vista que, mesmo o recorrente sustentando que não houve dolo no recebimento do cheque – cujo valor foi repartido entre ele e os demais vereadores, a improbidade administrativa na modalidade dano ao erário também cabe frente à eventual aferição de culpa”, assinalou.

No entendimento de Gedeon, estão amplamente comprovados os fatos narrados na inicial da referida ação civil pública, razão pela qual se impõe a manutenção da condenação de 1º Grau, com a suspensão dos direitos políticos e a perda do cargo público.

A decisão de 2º Grau é de caráter técnico. Nesse sentido, o vereador Eriberto Carneiro Santos continua exercendo o cargo eletivo, uma vez que de acordo com o artigo 20 da Lei de Improbidade nº 8429/92 a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

 

A morte de Décio Sá e os desafios da Democracia


Carlos Nina*

Fatos como o assassinato do jornalista Décio Sá, vitimado em noite da semana passada, com seis tiros, à queima-roupa, em um restaurante localizado na Litorânea, avenida de maior movimento noturno de São Luís, capital do Maranhão, na presença de dezenas de pessoas, são emblemáticos e expõem os desafios da Democracia.

Não porque a vida das vítimas nesses casos valha mais do que as de outras. Mas porque a notoriedade das vítimas ou dos autores, ou alguma outra circunstância atraem o interesse da mídia, instrumento desse processo, pois acaba sendo responsável pelo filtro dos fatos que destaca. Nem poderia ser diferente, porque as ocorrências são muitas e nem mesmo o incremento da diversidade e da extensão da mídia seria capaz de fazer a cobertura de todos eles. Esses casos são usados como referência para a abordagem de temas cruciais para a Democracia.

A Democracia – e só a Democracia – possibilita esse debate, as cobranças públicas e, inclusive, os discursos equivocados de quem não sabe – ou sabe muito bem – o que é Democracia e, por uma razão ou outra, verbaliza absurdos, incoerências, despreparo, ignorância e estupidez, exatamente através da mídia.

No caso de Décio Sá não foi diferente. Amigos e colegas de trabalho da vítima enfatizaram isso, especialmente em programas de rádio, onde a indignação, muitas vezes contida, foi capaz de análises serenas e responsáveis sobre o fato, característica que faltou a autoridades cujo discurso foi e tem sido de quem não conhece suas responsabilidades e pensa que suas funções são limitadas a cuidar apenas de casos abordados pela mídia. Não se dão conta de que seu inusitado interesse, súbito empenho e extraordinária determinação para apurar fatos em destaque são uma confissão de desinteresse, despreparo e incompetência, além de revelação inequívoca da precariedade, senão caos, dos serviços públicos. Quando autoridades do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, nessas ocasiões, cobram enérgicas providências, ignoram que a cobrança destina-se a eles mesmos, pois são eles os responsáveis pelo poder/dever de prevenir, reprimir, apurar, julgar e punir; de fazer justiça e evitar a impunidade. Falam como se as providências que cobram competissem a outros e não a eles próprios. Alguns pronunciamentos chegam mesmo a ser feitos na esteira da hipocrisia, com ousadia cínica e/ou desrespeito.

Entre o caso Décio e o anterior de igual repercussão – já esquecido -, milhares de outros assassinatos cruéis foram cometidos e jazem impunes porque não foi propiciado às autoridades o estímulo midiática para tomarem “enérgicas providências”, “punir exemplarmente os culpados”, como se seus deveres se exaurissem na resolução por amostragem e na produção de estatística.

A Democracia exige coragem. Recorrer às armas, nos regimes autoritários, também exige coragem. Mas nenhuma coragem é maior do que aquela de quem opta por enfrentar as circunstâncias através da palavra, de peito aberto, sabendo dos riscos oferecidos pelos covardes. Nos regimes autoritários, a covardia parte do próprio Estado, que, pelo poder da força, censura, sequestra, tortura e mata, sem respeitar qualquer direito. Na Democracia devem prevalecer os princípios da igualdade, da legalidade, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Aí está o maior desafio da Democracia, pois exige firmeza das autoridades para que não sucumbam às tentações do autoritarismo e façam prevalecer os valores democráticos, tanto em benefício de um homem de bem, quanto para um criminoso contumaz. Isso exige consciência de cidadania, exige, sim, coragem para lutar contra os próprios instintos, sob pena de retrocesso civilizatório.

A Democracia exige luta permanente pelo respeito à dignidade humana. Repousa na liberdade e na consciência de cada pessoa da responsabilidade de sua cidadania. Exige persistência para conviver com os ignorantes e determinação para combater os covardes, sem a eles se igualar. Exige força de caráter para enfrentar os que carecem de dignidade nesse requisito.

O brutal assassinato de Décio Sá logo estará no esquecimento, lembrado quando outra vítima ocupar os espaços da mídia e estimular a sensibilidade midiática das autoridades para medidas enérgicas e punições exemplares. Mas, por isso, não lhes devemos apontar o dedo sem perguntar a nós mesmos se temos sido cidadãos, porque, na Democracia, o poder é do povo, que tem liberdade de manifestação, de opção, de fiscalização, de ação.

Não importa concordar ou não com o estilo jornalístico de Décio Sá. Seus desafetos dispunham de meios democráticos para enfrenta-lo, mas preferiram a via covarde dos pusilânimes, cujos direitos, contraditoriamente, a Democracia deve preservar.

A gravidade, portanto, da morte de Décio Sá, o que a distingue de outros casos, é porque com ela seus algozes atentaram contra um dos princípios essenciais da Democracia, que é a liberdade de expressão. O assassinato de Décio Sá é uma tentativa de intimidação. Por isso, mais importante do que o estardalhaço oficial,  foi o impacto e as reflexões causadas pela derradeira matéria que Décio Sá produziu com sua própria morte.

* Advogado.

 

 

Castelo destaca a luta pela democracia na celebração dos 80 anos da OAB-MA

 

Ao participar das comemorações pelos 80 anos da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Maranhão (OAB-MA), o prefeito de São Luís, João Castelo, destacou a luta pela democracia no país, o que, segundo ele, garante os direitos do cidadão. A solenidade aconteceu na noite de quinta-feira (26), no auditório Darcy Ribeiro, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana.

 

“É muita alegria participar dos 80 anos da OAB-MA, da qual também faço parte como advogado. A OAB é uma instituição que luta pela democracia, sem partidarismo, e este é o nosso grande regime, defender os interesses da população. O papel da OAB é ficar do lado do povo”, declarou João Castelo.

 

O procurador geral do Município, Francisco Coelho, também participou da cerimônia. “Sentimo-nos honrado em fazer parte da OAB, uma instituição que luta pelo fortalecimento da classe. Desejamos que a instituição se mantenha na vanguarda pela democratização do país e pelos direitos da cidadania”, disse Francisco Coelho.

 

Em seu pronunciamento, o presidente da OAB-MA, Mário de Andrade Macieira, destacou a história de luta da advocacia brasileira, que acompanhou os regimes políticos do país e que foi imprescindível para a manutenção da democracia do Brasil, a exemplo das Diretas Já e de outras manifestações populares ocorridas no país.

 

“A OAB luta pela defesa da democracia e pela atuação ética no exercício da democracia, dos direitos humanos e ao respeito ao cidadão”, disse Mário Macieira, destacando ainda ter orgulho de ser o 20º presidente da Seccional Maranhão e de manter a Ordem atuante aos movimentos sociais.

 

O presidente do Conselho Federal da Ordem, Ophir Cavalcante, foi uma das autoridades presentes e afirmou que a Ordem luta pelo Estado de Direito e pela independência profissionais dos advogados brasileiros. “É uma alegria muito grande fazer parte da festa de uma entidade que luta também pelo combate à corrupção no país e pelos direitos do cidadão brasileiro, que deve participar ativamente de nossas lutas e não ser apenas um mero espectador”, frisou.

 

 

 

Selo Comemorativo

 

As comemorações pelos 80 anos da OAB – Maranhão (1932-2012) começaram com a apresentação do espetáculo teatral “Liberdade: um sonho intenso”, que teve a participação do ator maranhense César Boaes.

 

Durante a cerimônia, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), com a presença do diretor regional dos Correios, no Maranhão, José de Lima Brandão, a OAB lançou um Selo Comemorativo dos 80 anos da Seccional, que circulará nacionalmente com a imagem do mapa do Brasil e a logomarca da entidade.

 

A instituição também homenageou os ex-presidentes, que receberam placas comemorativas. Na ocasião, também houve o lançamento do CD dos 80 anos da entidade, com 12 músicas, todas de autoria de advogados da Ordem.

 

Além do presidente do Conselho Federal, diversas autoridades dos poderes Executivos, Legislativo e Judiciário prestigiaram a festa, assim como também conselheiros federais e estaduais da OAB; presidentes das Subseções da Seccional Maranhense instaladas no interior do Estado; diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados do Maranhão (CAA/MA) e jornalistas.

 

 

Policial do grupo que investiga morte de Décio Sá é assassinado a tiros por assaltante


O policial civil João de Jesus Lobato Santana, de 42 anos de idade, que era lotado na Delegacia de Homicídios, foi executado a tiros  de pistola, por um assaltante desconhecido, na noite de sexta-feira, no Aterro do Bacanga. O bandido matou o policial para levar  a moto Honda  CB-300 de placa NNA 6069. O crime foi por volta das 21h.

Santana, como era conhecido pelos colegas, era um dos gentes designados para investigar o assassinato do jornalista Décio Sá, morto a tiros por um pistoleiro na noite da última segunda-feira, no bar e restaurante Estrela do Mar, na Avenida Litorânea. Vinha dizendo aos amigos que estava na batida certa.

Ele estava próximo à  sede da escola de samba Flor do Samba, quando foi abordado pelo bandido. Tentou reagir e levou vários tiros de pistola 27.7, que é de uso restrito para policiais, autoridades e colecionadores.

Ainda foi socorrido por populares e levado para o Socorrão I, mas já chegou sem vida àquela casa de saúde. Ele residia no Parque Sabiá e deixa viúva e quatro filhos na orfandade. Era um dos policiais mais experientes da Polícia Civil do Maranhão.

Santana era filho do escrivão de polícia aposentado Jurandir Santana, proprietário de um comércio no Diamante. A morte dele, de acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Amon Jessem, evidencia a f alta de segurança no Estado.

“Estamos à deriva, sem armamento, sem condições de trabalho e sem apoio. O secretário de Segurança deveria pelo menos comparecer ao velório, para se solidarizar com a categoria”, afirmou.  A moto foi encontrada nesta manhã, no Barreto.

E-mail pra dona Bibi

Ei, fofa, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal traçadas venham a encontrá-la na santa paz do Nosso Senhor por aí. Por aqui, minha gata, a maré tá é braba. Bem sabes que mataram o Décio Sá na segunda-feira à noite lá na Litonârea.  Foi executado com seis tiros.

Serviço de profissional da pistolagem, como disse o secretário de Segurança, Aluísio Mendes, ao lado do cadáver. Fui lá olhar. Cena deprimente. Lembrei dos tempos que era repórter policial. Fiquei estarrecido.

O problema é que a nossa polícia está mais atônita do que cego em campo de batalha numa guerra. Já detiveram mais de 10 para averiguações. Dois tiveram prisão temporária decretada pela Justiça. O secretário decretou agora sigilo em torno das investigações, enquanto a sociedade exige que o caso seja esclarecido o mais rápido possível.

Se o assassinato de um colega é triste e revoltante, indigna é a postura de muita gente que agora se declara amiga da vítima. Teve um que todo mundo sabia que não gostava muito do Décio, que depois de sua morte publicou escrito, dizendo que estava há dois dias sem comer e sem dormir.

Só vendo a hipocrisia midiática de várias dessas pessoas. Coisa de dar nojo. Espero que o caso seja solucionado o mais rápido possível. A cobrança é grande. Até mesmo a Comissão de Direitos Humanos da ONU emitiu nota de solidariedade e cobrando providências. Resta agora a polícia cumprir o seu papel.

Agora, cidadã, deixo essa triste história de lado, para falar coisas mais agradáveis. A começar pela tua netinha, a Lívia. Na última quinta-feira ela deu mais um grito de independência. Não aceitou mais levar a lancheira com o suco e o biscoito. Agora, é na base do “faz-me-rir”, para comprar o lanche na cantina da escola. Me disse que lancheira é coisa de guri. Vamos agora às mais importantes da semana.

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Descobri uma daqui, ó, fofinha. O ex-sogro de um ex-prefeito da capital teve seu rádio a válvula roubado, isso aqui em São Luís.

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Problema é que dois dias depois, o marginal entregou o rádio na Polícia, dizendo que havia encontrado o “bicho” e se mandou, mas telefonou para o proprietário, que tinha o objeto como peça de coleção.

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Ele foi lá e resgatou seu emissor. Maior surpresa foi dias depois, quando o próprio ladrão se apresentou, confessando a autoria do delito, mas cobrando 20 reais de uma válvula que estava quebrada e ele havia comprado. Conseguiu o reembolso.

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Ih, morena, tá o maior bafafá no time do Moto Clube, presidido hoje pelo ex-deputado Sarney Neto. Salários atrasados e muita confusão. O Moto enguiçou foi feio.

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Lá pras bandas do Apicum, a coisa tá mais preta do que túnel longo sem iluminação. Um ano de salários atrasados e os padres nem se coçam, Radialistas, técnicos e o pessoal administrativo estão pedindo arrego.

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Falando em Educadora, o amigo Herberth Pereira, o Betinho, continua internado no São Domingos. Saiu da UTI e vem melhorando a cada dia, principalmente na questão psicológica.

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E olha que ele foi vítima de um “amigo da onça” neste mês. Esse “amigo”, ao meu ver, deveria está era na cadeia, pra demorar uns dias.

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Negócio é o seguinte: O Betinho chamou o tal “amigo”, a quem sempre ajudou e pediu que fosse fazer uns pagamentos na rede bancária, num total de R$ 600.

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O dito cujo pegou o dinheiro e simplesmente tomou chá de sumiço. Passou uma semana sem aparecer nem mesmo no serviço.

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Quando foi encontrado, a dois interlocutores contou histórias diferentes. Para um, falou ter sido assaltado na Camboa e que havia reagido e levado uns catiripapos.

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Para outro, disse que estava indo pegar o ônibus na Bei-Mar, onde teria sido atacado por dois marginais. Só isso caracteriza que ele fez mesmo foi roubar um doente acamado.

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Olha, gata, o deputado Marcos Caldas continua negando que tenha envolvimento com a prostituição de luxo na cidade de Teresina.

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Tava falando no começo, sobre os aproveitadores da morte de Décio Sá e lembro que até na Assembléia, já se fala na criação de uma CPI da Pistolagem, inspirada pelo deputado petista Bira do Pindaré.

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Sei não, petistas gostavam de CPI, mas hoje a história é completamente diferente. Eles não se dão muito bem com essa história.

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Em 1999, o então deputado Jomar Fernandes, petista de primeira hora, conseguiu emplacar a CPI do Crime Organizado, que teve o apoio da CPI do Narcotráfico, do Congresso Nacional.

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Essa CPI atraiu a atenção do Brasil. Cassaram deputados, prenderam a expulsaram delegados de polícia, agentes, e alguns empresários chegaram a sentir o odor noturno de uma cela de delegacia.

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Bibi, o tempo foi passando, foi passando e repentinamente as coisas se inverteram. Com a fama conquistada na CPI, Jomar se elegeu prefeito de Imperatriz e conseguiu emplacar a mulher, Terezinha, como deputada federal.

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O tempo continuou a passar e muitas surpresas aconteceram. Delegados e agentes expulsos voltaram recebendo salários retroativos em somas vultosas e o Jomar foi condenado por improbidade administrativa, do período em que foi prefeito, tendo ainda que devolver uma verdadeira fortuna.

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Como se diz, é como se o feitiço tivesse se virado contra o feiticeiro. Não posso negar que acho que aí teve jogada política, de forma alguma, mas cabe ao ex-prefeito provar inocência.

*

Agora, uma justiça, quando o Bira do Pindaré propôs a CPI da Pistolagem, o Décio ainda não havia sido assassinado e poucos colegas lhe deram bola.

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Foi só acontecer o crime e quase metade da AL procurou o Bira para dizer que a CPI é importante, que é interessante, que é fundamental e coisa e tal.

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Acho que o Serviço de Imigração do governo federal não funciona no Maranhão, minha fofura. O centro da cidade está coalhado de camelôs asiáticos, que sequer falam português. Ninguém verifica a situação desses cidadãos no Brasil.

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Bem, gatinha fofa, com essa teu pretinho vai se despedindo por aqui, garantindo que volta na próxima semana, se Deus quiser. Mas ele quer, porque gosta muito aqui do teu fofo.

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Beijão do

filhote amado

Djalma Rodrigues

Bia Venância será candidata à reeleição tendo filho de Sarney Filho como vice

A prefeita Bia Venâncio, de Paço do Lumiar, concedeu entrevista na manhã desta quinta-feira, na sede da Prefeitura,  onde criticou severamente a postura do seu vice, Raimundo Filho, destacando que a principal luta dele não é  em defesa da população luminense, mas sim por querer se apoderar das finanças do município.

Bia Venâncio estava acompanhada de vereadores e secretários e falou sobre o seu retorno ao cargo, por decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça  (STJ, Ary Pargendler. Ela estava afastada desde o último dia 17.

Disse ser alvo de uma implacável perseguição dos adversários e garantiu que será candidata à reeleição, tendo como vice, o primogênito do deputado Federal Sarney Filho, Adriano Sarney.

POLITICANDO

Aproveitadores na biqueira da morte de Décio Sá

O brutal assassinato do jornalista Décio Sá, na última segunda-feira, provocou diversas reações em São Luís, e abriu espaço para aproveitadores se apresentarem na mídia como amigo da vítima. Teve um que chegou a demiti-lo do emprego e que agora está desfraldando uma bandeira de amizade talvez até mais forte do que os próprios familiares do jornalista. Décio era um jornalista polêmico e todos sabiam disso, angariou amigos e adversários, como acontece no jornalismo. O problema é, agora, muitos se aproveitarem para se colocar  como cultuadores de sua memória, quando lhe enchiam de insultos quando estava vivo.

Até CPI da Pistolagem já é aventada na Assembleia

Na Assembleia Legislativa, já se cogita inclusive a criação da CPI da Pistolagem. A ideia é do deputado Bira do Pindaré (PT), e foi apresentada exatamente no dia em que o jornalista morreu. Só  que após o episódio, parlamentares que sequer se importam com a questão da violência no Maranhão, passaram a criar um clima propício para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. Puro oportunismo. E assim, muitos vão querendo conquistar espaços com a tragédia que se abateu sobre a família do jornalista.

Missa de 7º dia do jornalista Décio Sá ocorre neste domingo

A missa de sétimo dia do jornalista e blogueiro Décio Sá ocorre neste domingo (29), às 10h, na Igreja da Sé, localizada na praça Dom Pedro II, centro da capital maranhense.

Familiares da vítima lançaram uma carta aberta solicitando das autoridades empenho na elucidação do assassinato de Décio Sá, que aconteceu na noite desta segunda-feira (23), em um bar na avenida Litorânea.

O jornalista e blogueiro foi executado com cinco tiros disparados por um homem com uma pistola .40 de uso exclusivo da polícia.

Dilma pode vetar venda de remédios sem prescrição

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou nesta quinta-feira (26) que a presidente da República, Dilma Rousseff, deverá vetar o artigo da medida provisória 549/11, aprovada pelo Senado, que autoriza a venda de medicamentos que não exigem prescrição médica em supermercados, armazéns, empórios, lojas de conveniência e similares.

“Não tem acordo sobre isso [venda de remédios] e eu acredito que o posicionamento mais provável seja de veto”, afirmou a ministra. A regra sobre remédios foi inserida durante a tramitação na Câmara dos Deputados, e agora a medida provisória volta para sanção da Presidência.

DIRETAS

O ex-prefeito Tadeu Palácio será entrevistado desta tarde no programa Alta Temperatura, apresentado por este colunista, na Rádio Capital AM, que começa às 17h30m.

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Descartada mais uma vez a paralisação  no sistema de transporte coletivo, que estava prevista para esta sexta-feira.

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Patrões e empregados estão negociando com vistas a um acordo. Mesmo assim, muita gente vê estratégia para aumento no preço da passagem