Segurança das Eleições será interligada em 26 Estados e no Distrito Federal

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A exemplo da ação instalada durante a Copa do Mundo, no próximo domingo (5), primeiro turno das Eleições, as forças de segurança dos 26 Estados e do Distrito Federal estarão interligados à Justiça Eleitoral. O objetivo é evitar e combater práticas criminosas durante a votação. No Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, em Brasília, e nas 27 unidades da Federação, agentes de segurança trocarão informações, em tempo real, assim como ocorreu nos 32 dias de Copa nas 12 cidades-sedes do evento.

De acordo com a secretária Nacional de Justiça, Regina Miki, o acompanhamentoon-line das Eleições permitirá às forças de segurança agir com rapidez no combate a eventuais delitos. “Precisamos entender que as informações em tempo real possibilitam a agilidade. Se tivermos informação de um crime, poderemos agir muito mais rápido, porque teremos isso on-line. Os dados também servirão para as próximas Eleições, de modo a repeti-los ou não no futuro”, disse a secretária.

Regina explicou que todas as unidades constituíram comitês, formados por policiais civis e militares, além de representantes dos tribunais regionais eleitorais. Eles repassarão para Brasília todas as informações sobre o pleito. “Teremos condições de monitorar os crimes, eleitorais ou não, e também, caso haja necessidade, a guarda das urnas. Saberemos, por exemplo, se a urna abriu, se ela funcionou, se precisou ser substituída e se, em algum local, teve votação manual. Enfim, todo processo eleitoral será monitorado e passado, por meio de mapas e painéis, para visualização mais fácil do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos profissionais que acompanharão a Eleição”, ressaltou.

Construído para a Copa do Mundo, o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional permite aos órgãos de segurança monitorar os acontecimentos em vários pontos do país. Além das imagens, transmitidas ao vivo em um painel gigante, os agentes também podem trocar informações por telefone e internet.

Conforme Regina Miki, a troca de informações facilitará a comunicação com cidades de difícil acesso, principalmente na Região Norte. “Temos municípios com dificuldades da transmissão de dados e informações. Por isso, o sistema integrado facilitará a chegada dos dados ao TSE”, acrescentou.

Secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, Andrei Rodrigues assegura que a sociedade ganhará mais eficiência com a interligação. “Ganhamos qualidade na informação, que chegará ao centro nacional em tempo real, e controle de todo processo de segurança, que terá mais eficiência e celeridade”, concluiu Andrei.

 

OAB-DF nega pedido de registro para Joaquim Barbosa advogar

joaquim30092014horz O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), Ibaneis Rocha, impugnou o pedido do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa para reativar seu registro para exercer a advocacia, após se aposentar da Corte, em julho. A solicitação foi feita no dia 19 de setembro.

Rocha afirma que o pedido não pode ser aceito porque “não atende aos ditames do Artigo 8º da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e OAB), notadamente a seu inciso VI”. Segundo o texto, para inscrever-se como advogado é preciso ter idoneidade moral. A reativação do registro de Barbosa ainda vai passar por uma comissão da OAB-DF.

Para justificar o pedido de impugnação, o presidente cita fatos ocorridos durante o período em que Barbosa presidiu o Supremo e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre 2012 e junho deste ano.

Em junho, o ex-presidente do STF mandou seguranças da Corte retirarem Luiz Fernando Pacheco, advogado do ex-deputado José Genoíno, do plenário. Em março, Barbosa afirmou que há “conluio entre juízes e advogados”, durante o julgamento de um processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra um juiz do Piauí, acusado de favorecer advogados em suas decisões.

Em maio, em outra sessão do CNJ que discutiu a mudança no horário de atendimento de advogados no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o ex-ministro disse que advogados acordam as “lá pelas 11h da manhã”. No ano passado, Barbosa afirmou que a proposta do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, condenado no processo do mensalão, para trabalhar em um escritório de advocacia era “um arranjo entre amigos”.

 

Clima de terror no Dnit do Maranhão

dednitDesde que assumiu o cargo em 10/04/2014 como Diretor

de Administração e Finanças o servidor de nível médio

Claudio Roberto de Souza Leite  (foto), vem implantando um clima

de terror e perseguição a servidores do quadro e

funcionários terceirizados na Superintendência do DNIT no

Maranhão. A Nomeação foi conseguida junto a presidência

do PR (Partido da República) no Maranhão, mas vem

sendo objeto de desgosto inclusive pelo próprio partido.

Recentemente o citado diretor mandou demitir 4 (quatro)

funcionários terceirizados sem justa causa ou por razões politico partidárias ou pelo simples fato de não simpatizar com os colaboradores e ainda, o que é grave, por racismo (2 recepcionistas são negras). Há denuncias de constantes ameaças e assedio moral praticada pelo diretor junto a seus subordinados, o que é muito grave no âmbito de uma repartição pública federal.

Tais ocorrências não deixam de retratar a falta de cuidado na nomeação de pessoas para exercer cargos comissionados, pois segundo consta o citado diretor não possui graduação superior e, portanto, não estaria apto a exercer função de Direção e Assessoramento Superior (DAS). Chegou também noticias a esta redação que o citado servidor estaria se utilizando da concessão de diárias para manter apoio de alguns servidores com viagens fantasmas ou desnecessárias, fazendo com que alguns se locupletarem com quantias superiores a R$ 10.000,00 em um completo desperdício do dinheiro público, somados ainda ao atraso intencional do pagamento das empresas fornecedoras de bens e serviços como forma de chantagem e recebimento de supostas comissões. Vamos esperar o que a direção do DNIT tem a dizer.

Morre em São Luis o jornalista e ex-vereador Aldionor Salgado

Aos 61 anos, morreu, a poucos instantes, o jornalista e ex-vereador de São Luis, Aldionor Salgado  Silva. Ele estava internado há mais de um mês, no Hospital Universitário Presidente Dutra, com câncer no pâncreas.

Aldionor Salgado foi formado pela Universidade Federal do Maranhão, e teve intensa participação nos movimentos populares de São Luis, como a greve pela eia passagem de 1979.

Foi eleito vereador da capital na década de 1980, pelo MDB e foi bastante atuante. Como jornalista, foi diretor de redação de O Debate e trabalhou em outros órgãos. Era muito bem relacionado com os companheiros e foi secretário de  Comunicação do município, na administração de Jackson Lago. Sua única filha, Mariana, é jornalista, da equipe de O Imparcial.

 

E-mail pra Dona Bibi

Olá, minha fofa, muito bom dia! Vamos acordar cedo, gatinha, que hoje estamos repletos de novidades. Ainda bem que é o último domingo antes das eleições. Pensei que a disputa aqui no Maranhão fosse tranquila e me enganei redondamente. O pau tá é cantando na casa de Noca, minha fofa. Muito parangolé! O furdunço é grande.

Já teve de tudo na  disputa entre o Flávio Dino e o Lobão Filho. Desde o preso que apareceu em vídeo, denunciando Flávio como suposto chefe de quadrilha, para desdizer em seguida e afirmar que recebeu promessa de dinheiro e vida mansa para fazer a declaração, até o caso da Polícia Federal invadindo o avião de Lobão Filho, em Imperatriz, em busca de dinheiro ilegal para ser usado em campanha.

Nos debates em que ambos compareceram, a temperatura sempre esteve em alta, com agressões verbais de ambos os lados. Os ânimos sempre estiveram exaltados. Ainda bem que, até agora, não foram registrados confrontos físicos entre os partidários dos dois candidatos. Mas estou considerando a campanha muito virulenta, com relação às que venho acompanhando ao longo dos anos.

Mesmo após a campanha, que se encerra no próximo domingo, a Justiça Eleitoral vai ter muito trabalho, porque está com um catatau de denúncia dos dois candidatos. Um acusando o outro pela prática de supostas irregularidades.

Olha, Bibi, teu bisneto, o Filipe, que completa um aninho no próximo dia 24 de outubro, está deixando tua neta, a Tâmara, de olho fundo. Bem próximo de começar a andar, o cidadãozinho está pintando e bordando. Engatinha, se agarra nas paredes e é um mexe-mexe danado dentro de casa. Teimosia ali chegou pra fazer morada. Uma graça, o pirralho.

O espaço aqui é da pirralhada. Miguel só falta tocar folgo na casa dos avós, enquanto a Laura pinta e borda lá em Imperatriz, segundo me informa a Rafaela. Já a Lívia, outra bisneta, está uma mocinha, Bibi, continua com  ótimas notas na escola e está na fase de troca de telefonemas com as amiguinhas. Gosta de feiras de livros. Uma bênção.

Agora, vamos deixar esses teretetês familiares de lado, porque temos muita coisa boa pela frente.

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Interessante a postura do Sindicato dos Rodoviários, minha gata! Quando bandidos iniciaram por aqui verdadeiras sessões de terror, incendiando vários ônibus,  o Sindicato não tomou qualquer medida contra a onda de violência.

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Na semana seguinte, quando os ânimos serenaram, o presidente do Sindicato, Gilson Coimbra, decretou a paralisação da categoria, sempre no início da noite, deixando milhares de usuários ilhados.

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Tentaram politizar a ação do  Gilson, mas a história é outra. O Sindicato, na realidade, agiu foi em conluio com a classe patronal. Quem falou isso pro teu pretinho aqui foi um ex-presidente da entidade.

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Ele me disse ainda que o Gilson Coimbra só age em acordo com os patrões, com quem tem estreitas ligações. Antigamente, no linguajar sindical, isso se chamava de peleguismo, conforme a rapaziada do PT, antes de chegar ao poder.

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Falando em PT, a “petelhada” consegue se superar. A Neca,  filha de Olavo  Setúbal, herdeira do Banco Itaú e coordenadora do programa da Marina Silva, é pintada como o Demônio na campanha eletrônica da Dilma.

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O interessante, é que a dita cuja trabalhou na campanha do Fernando Hadad, para a prefeitura de São Paulo. Naquele período era conhecida como a “Educadora Neca”. Muito cinismo, oportunismo e canalhice do PT.

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Aqui na Ilha tem gente com coragem pra tudo,  Bibi. Uma autoridade bastante conhecida, que frequentemente tem  o nome na lista do Cartório de Títulos e Protestos, virou bom samaritano, instalando uma “clínica” para recuperação de bêbados e drogados.

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O tratamento é inusitado. O paciente passa o dia capinando no sítio do cidadão. No final da tarde, muito exausto, é submetido a uma sessão de orações. No final do mês, entra com a mufunfa: Dois salários mínimos. Não é interessante, minha gata?

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O prefeito de Tuntum, o Cleomar Tema está sorrindo com as paredes, ante a perspectiva da vitória do Flávio Dino no primeiro turno, no próximo domingo. Ele foi praticamente escorraçado do grupo Sarney, no passado, quando virou oposição. É um dos baluartes da campanha do Flávio.

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Outro que conta os dias para a chegada do próximo domingo é o ex-prefeito de Caxias, Humberto Coutinho, que um dia também já foi aliado da família Sarney e deixou a referida ala política em função de ter sido vítima de ingratidão.

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Negócio é o seguinte: Quando ainda era do grupo Sarney, o Humberto Coutinho, então deputado estadual, se candidatou a prefeito de Caxias. Era do PMDB. Na véspera da eleição, eis que aparece na terra de Gonçalves Dias, a governadora  Roseana Sarney, para fazer uma caminhada com a adversária do Humberto, a Márcia Marinho.

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O Humberto ganhou a eleição, foi reeleito. Indignado, deu uma banana para o grupo Sarney, que estava tentando lhe meter o punhal pelas costas.  Agora, a Roseana paga um pesado ônus pela sua falta de habilidade política. Humberto é a maior liderança política daquela região, com muita influência na performance eleitoral do Flávio Dino.

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Enquanto isso, a família Marinho, sempre protegida pelos Sarney, vive a esperança da eleição do rebento, Paulo Marinho Júnior, uma vez que pai e mãe, são fichas sujas e não podem disputar sequer vaga de inspetores de quarteirão.

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O governo Roseana vai ter que explicar na Justiça um malfadado Plano de Cargos Carreiras e Salários, em que servidores do mesmo nível tem salários diferentes.  Coisa inédita em se tratando da administração pública. Herança do forasteiro Fábio Gondim, que quer ser deputado federal.

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Falando nisso, o Maranhão é um verdadeiro paraíso para quem aqui chega como secretário de Estado. Eles logo tentam ir para o Parlamento. Além do Gondim, temos o Trinchão  e o Aluísio Mendes. Todos disputando vagas na Câmara Federal. Só no Maranhão…

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Bem, minha fofa, com essa, teu pretinho vai ficando por aqui, garantindo retorno na próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi legal com teu pretinho aqui.

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Beijão do filhote amado

Djalma

 

Flávio Dino vai a 72% e Lobão Filho cai para 24% dos votos válidos

flavio no povo

 

Se as eleições fossem hoje, Flávio Dino (PCdoB) venceria com 72,9% dos votos contra 24,2% de Lobão Filho (PMDB). É o que aponta o instituto DataM contratado pelo jornal Atos e Fatos que mediu a preferência do eleitorado maranhense faltando uma semana para as eleições.

A diferença entre os dois principais candidatos ao governo do estado ficou ainda maior na semana que antecede o pleito, após o acirramento da guerra eleitoral vista na TV e na imprensa. A pesquisa foi a campo entre os dias 23 e 27 de setembro.

A pesquisa aferiu a intenção de votos com resultado no domingo que antecede as eleições. Em intenções de voto (contando com brancos e nulos), Flávio Dino tem 59,9% dos votos e em segundo lugar aparece Lobão Filho, com 19,9%. Antonio Pedrosa (PSOL) tem 0,7%, Zé Luís Lago (PPL) e Professor Josivaldo (PCB) têm 0,6% cada um e Saulo Arcangeli (PSTU) tem 0,5%.

O resultado final da eleição é dado em votos válidos, quando são retirados os votos brancos e nulos que, na pesquisa DataM somam 7,2%. Não sabem ou não responderam são 10,6%.

Em votos válidos, que seria o resultado oficial das eleições, o resultado chegaria a 72% para Flávio Dino contra 24% para Lobão Filho. O resultado vem após intenso ataque de Lobão Filho em empresas de rádio e TV contra o primeiro colocado – o que pode ter causado efeito inverso do esperado na campanha do peemedebista.

Rejeição

No quesito rejeição, Lobão Filho lidera. 50,9% dos maranhenses disseram não votar nele “de jeito nenhum”. Neste cenário, Flávio Dino tem 14,8% de rejeição e é o menos rejeitado.

A pesquisa está registrada sob o protocolo MA-0057/2014 no Tribunal Regional Eleitoral. Foram ouvidas 1500 pessoas em todas as regiões do Maranhão. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Senado

A pesquisa DataM aponta que, se as eleições fossem hoje, o candidato da oposição Roberto Rocha (PSB) venceria com 34,8% das intenções de voto contra 24,5% do segundo colocado, Gastão Vieira (PMDB).

 

Prefeito Josemar Sobreiro realiza reunião para reafirmar apoio a aliados políticos

josemar sobreiro

 

O líder do executivo municipal de Paço do Lumiar apoia Lobão Filho, Gastão Vieira, Davi Junior e Glalberth Cutrim

A poucos dias das eleições, o líder do executivo municipal de Paço do Lumiar, Josemar Sobreiro, reafirmou, em reunião com lideranças políticas e comunitárias da região, o apoio aos candidatos da coligação “Pra frente, Maranhão”, Glalbert Cutrim e Davi Alves Junior, que disputam uma vaga a deputados estadual e federal, respectivamente.

O evento aconteceu, nesta sexta-feira, 26, na escola Cefran, no Maiobão, e reuniu centenas de pessoas. O primeiro suplente do candidato ao Senado Gastão Vieira, José Antonio Heluy, e a comitiva do candidato ao governo do estado, Lobão Filho, representado, na ocasião, pela esposa Paulinha Lobão, também marcaram presença à reunião política.

Em discurso aos presentes, o prefeito Josemar Sobreiro ressaltou a importância do apoio dos candidatos para as melhorias no município. “Glalbert, esse jovem e trabalhador, muito contribuiu em trazer benefícios para Paço. E é devido a Davizinho que hoje sou prefeito, pois ele me deu uma legenda. Agora estou retribuindo esse apoio, certo de que eles vão trabalhar por nós”, assegurou.

O presidente da Câmara de Vereadores de Paço do Lumiar, Leonardo Bruno, ressaltou que os candidatos estão preparados e que, com certeza, farão um bom mandato. “Lutamos por dignidade em Paço, portanto devemos eleger pessoas de confiança, que trabalharão, também, em benefício do nosso município. Acredito que Glalbert e Davi farão história, porque eles estão preparados”, pontuou.

O candidato Davi Alves Junior reafirmou o seu compromisso com o município. “Meu primeiro projeto será implantar um hospital maternidade em Paço do Lumiar”. Proposta de campanha reforçada por Glalbert Cutrim. “Vou trabalhar incansavelmente para trazer esse grande sonho que é o hospital maternidade. Em Ribamar eu já consegui, e aqui não será diferente”, concluiu.

Os presentes também dedicaram parte dos discursos para reforçar o voto e apoio às candidaturas de Lobão Filho e Gastão Vieira.

 

Entrevista/Zé Reinaldo – “Com Flávio Dino, estamos mudando uma página da história do Maranhão”

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Por Djalma Rodrigues

Poucos políticos maranhenses são detentores de tanta experiência como o ex-governador Zé Reinaldo Tavares, que está na disputa por uma vaga na Câmara Federal, pelo PSB. Antes de ser governador, já havia sido diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Ceará (primeiro cargo público, em 1965), professor de engenharia da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Ceará, (onde se formou), diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Maranhão (DER/MA), secretário de Infraestrutura, no governo Pedro Neiva de Santana, onde acumulou ainda o cargo de secretário de Planejamento, presidente da Novacap, em Brasília, Secretário de Obras do Distrito Federal, diretor geral do Departamento Nacional de Obras e Saneamento (sede no Rio deJaneiro),conselheiro do extinto Banco Nacional de Habitação (BNH), superintendente da extinta Sudene, ministro dos Transportes, vice-governador e governador.

Passou parte do tempo como aliado do senador Sarney, com quem rompeu durante o período em que foi governador, por não aceitar a interferência da antecessora, Roseana Sarney. Na última segunda-feira ( 22), recebeu, em seu apartamento, na Ponta do Farol,  esse blogueiro, a quem concedeu esta entrevista, onde fala da perseguição do grupo Sarney e da perspectiva da eleição de Flávio Dino, a quem apoiou como candidato a deputado federal, em 2006.

Veja a íntegra da entrevista:

 

As últimas pesquisas de opinião apontam uma vitória do candidato ao governo do Estado, Flávio Dino (PC do B), que é seu aliado e quem o senhor apoiou para chegar à Câmara Federal, em 2006. Partindo dessa premissa, como o senhor vê o atual cenário político do Maranhão?

 

ZÉ REINALDO – Com a vitória do candidato Flávio Dino, acho que estaremos mudando uma página da história do Maranhão. Uma história que foi de domínio durante cinquenta anos do grupo Sarney, que teve todas as oportunidades para desenvolver nosso Estado. Ele foi até Presidente da República. No entanto, a herança do grupo Sarney é uma herança com os piores indicadores sociais do Brasil: a pobreza, a pior renda per capita, o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), os piores índices da Educação; problemas crônicos sobre Saúde e em todas as áreas.

 

O que aconteceu, realmente, para o senhor romper com o grupo Sarney, de quem foi aliado por muito tempo?

 

ZÉ REINALDO – Aconteceu como em um acidente de avião. Não tem uma causa só, são várias causas. Uma causa preponderante, que levou a Roseana a me atacar e acabar me levando ao rompimento com o grupo, foi que o Sarney me procurou, logo que fui eleito governador do Estado. Todos lembram que, num primeiro momento, assumi o Governo, substituindo Roseana, já que eu era o vice-governador. Disputei a eleição, naquele mesmo ano, e fui eleito no primeiro turno, ganhando de Jackson Lago. E, logo depois da eleição, o Sarney me procurou pedindo que ajudasse a fazer o Zequinha (Sarney Filho), governador. Concordei, já que Sarney Filho é trabalhador, e tinha certa influência política.

Ficou tudo acertado, mas o ex-Presidente Sarney não conversou com a  Roseana. Com isso, ela se rebelou. Lembro que, numa reunião na casa do pai, Roseana, furiosa, gritou que quem tinha voto era ela, não era Zequinha Sarney. Como é que o pai tinha feito isso com ela! Aí ele (José Sarney) disse que a ideia não era dele, era minha. Comecei a ser atacado pelo conglomerado de comunicação da família.

Fui três vezes a Brasília, mostrar ao Sarney, o que estava acontecendo aqui. Ele me dizia que ia corrigir a situação e nunca corrigiu. Dava para consertar, era só o Sarney dizer: ‘Roseana, minha filha, vou lá conversar como Zé Reinaldo (…) e aí, você pode ser candidata, se quiser. Qualquer coisa assim, facílimo de fazer. Mas não foi isso o que aconteceu.

O problema foi o seguinte: Quando assumi o Governo do Estado, o grupo mantinha-se em média em 158 municípios. Um ano depois, um terço. E ninguém discutia politicamente isso. Como não discutiam um parâmetro, que não podiam contestar, mas dispunham de um forte aparato de meios de comunicação em suas mãos, colocavam que o Maranhão era uma maravilha, estava crescendo. Pura balela! Quando assumi, coloquei o IDH como a meta-síntese de meu Governo, ou seja, melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano. Meu primeiro ato, foi a afirmação do meu governo, sem intromissões. Isso desagradou Roseana. Ela não gostou da minha decisão. Na verdade, Roseana queria manter forte influência na minha administração. Ela já tinha sido governadora, Lobão tinha sido governador na década de 90. E quando decidi levar o ensino médio a todos os municípios maranhenses, que era a função do Estado, isso foi um choque para a população toda, porque ninguém sabia disso.

Apesar do Maranhão ser um Estado eminentemente agrícola, não tinha Secretaria de Agricultura. Para mudar isto, decidi, no meu Governo, formalizar, criar 18 Casas da Agricultura Familiar, com assistência técnica.

 

Outra, a produção do Maranhão estava lá em baixo. Os indicadores sociais da área rural são terríveis, a escolaridade média do Estado, quando assumi, era 4 anos e meio. Hoje tem 7,3 anos. Mas se você vai ver na área rural, não chega a 3. Isto quer dizer o seguinte: o maranhense tem um currículo de alguém que não completou nem o ensino fundamental.

Então, qual é o salário que o maranhense vai receber, se não é profissionalizado?

 

ZÉ REINALDO – Tem um estudo que mostra que o analfabetismo no Maranhão ainda é muito grande. Inclusive, entre as pessoas mais velhas, experientes. O analfabetismo funcional chega a quase 60 por cento. Então, a única maneira daquela família se libertar da pobreza é ter um ensino de qualidade, uma educação de qualidade. Então, para mascarar esta realidade, ela assinou um convênio com a Fundação Roberto Marinho, de mais de 100 milhões. Naquela época era muito dinheiro. Para se ter uma ideia, o Orçamento era de 4 bilhões e meio.

Há perspectiva de mudança deste quadro desolador, a curto prazo?

ZÉ REINALDO – Não tenho dúvida nenhuma. O Maranhão está tomado pela corrupção. Você vê aí, a corrupção enraizada.  É uma loucura o que está acontecendo no Estado, atingindo todas as instituições do Governo. Você vê a Roseana, o Lobão sem credibilidade para implantarem a Refinaria. A Refinaria não vai a lugar nenhum, não tem nada feito. Tem o caso do doleiro envolvido com a Casa Civil. Isso é o que se sabe! Mas o que se sabe mesmo é uma corrupção generalizada no Governo do Estado.

Então, o dinheiro do Maranhão não dá para nada porque não é aplicado em nada. E aí dizem que o ‘Maranhão tem muito dinheiro’. Quando assumi o Governo, o Orçamento era 4 bilhões e meio; quando saí eram 7 bilhões.

Como o senhor modificou esse quadro?

ZÉ REINALDO – Quando assumi, o ICMS mensal estava R$ 62 milhões. Tinha uma dívida que se paga até hoje, deixada pelos governos anteriores, da ordem de R$ 50 milhões por mês. Então, tinha 2 milhões de saldo do ICMS mais o Fundo de Participação. Era isso, o Maranhão não tinha dinheiro. Quando saí do Governo, nossa arrecadação já era R$ 280 milhões. Aí passou a ter Governo. Começamos a fazer obras em todo o Estado. Levamos, por exemplo, água a todo lugar. Aí, o jornal O Estado do Maranhão botou que água encanada era uma das mais caras, cerca de 20  por cento.

Cumpre ressaltar que o Maranhão passou pela maior prova, de que é viável, no meu Governo, porque o Sarney fez o Lula me chamar para fazer as pazes. Lula me chamou, eu fui. A ideia-base era uma discussão sobre a Siderúrgica. E aí, ele perguntou o que eu queria. Estavam lá, a Dilma Rousseff, o Zé Dirceu, entre outros. Então disse: ‘Olha, o que preciso mesmo, é de um complexo de qualidade para capacitar e qualificar o pessoal que vai trabalhar na Siderúrgica’ (…) A ideia da Siderúrgica é do meu Governo, não foi a Refinaria.

 

Mas, realmente, o que estava decidido?

 

ZÉ REINALDO – O que estava decidido era a Siderúrgica. Inclusive, cheguei a ver o marchdesigner, assinamos todos os protocolos, e tudo o mais. Depois da reunião, o Lula disse ‘fica aí’. Saiu Zé Dirceu e os outros. Ficaram eu e ele (o Presidente). Lula chegou e me disse: ‘Faz as pazes com Sarney’.

Aí, disse; ‘Presidente, não briguei com Sarney. O problema lá, no Maranhão, (…) o senhor não está bem informado. O Sarney não manda na Roseana, a Roseana é quem manda no Sarney. Na época, fui três vezes falar com o Sarney. E cada vez que eu voltava, piorava mais a situação. Mas o problema não era o Sarney, era a Roseana. Se ele estivesse no meu lugar, ele se obrigava, também, fazia acordo, não ia suportar (…) Se eu fosse um político estrategista, tinha conseguido o que eu quisesse. O Lula estava ali para resolver o problema do Sarney, de qualquer jeito.

 Faria tudo?…

ZÉ REINALDO – Faria tudo o que eu quisesse. Lula estava ali para resolver o problema de Sarney, de qualquer jeito.

Aceitaria qualquer pedido?

ZÉ REINALDO – Tudo o que eu quisesse.

A porque não fez as pazes com Sarney?

ZÉ REINALDO –  Disse que não dava, porque Sarney não manda na Roseana. Não vai adiantar nada eu fazer as pazes com Sarney, porque as coisas vão  continuar do mesmo jeito. Eles não queriam que eu trabalhasse, não queriam  deixar que eu fazer nada. O Maranhão  está numa situação de o Estado mais pobre do Brasil (…)

O senhor foi penalizado pelo seu gesto?

ZÉ REINALDO – A partir daquele momento, com a minha negativa, não veio mais nenhum ministro ao Maranhão, nenhum recurso foi mais alocado para o Estado. O que estava lhe dizendo, que ali está a maior

prova que o Maranhão é viável. Resisti, não recebi dinheiro, fiquei isolado politicamente, mas o Maranhão passou a ter R$ 1 bilhão por ano para investimentos. Naquela época, era muito dinheiro. Fizemos a ponte lá do Tocantins, lá em Imperatriz, maior obra que já foi feita com recursos próprios do Estado.

De forma que não tenho medo (…) Hoje, o Orçamento do Estado vai a R$ 14 bilhões, ano que vem vai mais que isto. Ou seja, dobrou em relação ao que era. Esse dinheiro bem aplicado, tenho certeza que o Flávio vai moralizar as ações do Governo, vai aplicar o dinheiro, vai dar para fazer muita coisa.

O senhor passou pelo Governo, o doutor Jackson Lago passou dois anos e quatro meses. Não poderia ser feita uma auditagem naquele período, para saber o destino do dinheiro público?

ZÉ REINALDO – Acho que isto pode ser feito paralelo. Mas isto não pode ser problema do Governo. Não podemos parar o Estado, porque temos que pensar na frente. O que está acontecendo hoje, nesse momento, é uma coisa que nunca aconteceu no Estado. No passado, a classe política elegeu todos os governadores do Maranhão. Dessa vez será diferente.

Será o povo mesmo?

ZÉ REINALDO – A maioria dos prefeitos está ao lado da candidatura de Flávio Dino. Sua candidatura está com mais de 30 por cento de diferença sobre o segundo candidato. Isso é fundamental, e não permite que haja uma mudança. Eles já trocaram de candidato, e não lograram reverter o quadro. Continua tudo a mesma coisa, porque o povo quer tirar a família Sarney do poder no Maranhão.

Acabou o domínio político do Sarney no Maranhão?

ZÉ REINALDO – Acabou o ciclo do Sarney no Maranhão. E a responsabilidade do Flávio é muito grande. Mas, ele está preparado.

Flávio Dino está preparado para suportar o desgaste de algumas prefeituras que o estão apoiando?

ZÉ REINALDO – Não vejo problema. Isto fica por conta do gestor. Se não der certo, obviamente, será por inabilidade de uns poucos prefeitos. Flávio está muito preparado, ele tem conversado muito com os prefeitos

maranhenses. Flávio sabe da sua grande responsabilidade, e tem enfatizado muito isto em suas viagens pelo interior do Estado, quando de suas conversas com lideranças políticas locais. Sabe da expectativa criada no meio da população, que anseia por mudanças. E Flávio passa uma coisa diferente, que melhores o dia a dia das pessoas. E isto ele passa para as famílias. Ele sabe que as mães de famílias maranhenses sofrem mais do que qualquer dona de casa de qualquer estado brasileiro para conseguir acesso à Saúde, a Seguranças, a Educação, a qualquer coisa. Então, o povo quer que esta situação melhore.

A situação porque passa o Governo do Maranhão, em termos de Segurança Pública, que está provocando a paralisação do transporte coletivo, prejudicando milhares de trabalhadores, não parece o anúncio de um fim melancólico da era Sarney no Estado?

ZÉ REINALDO – Acho que é mais do que melancólico. Durante estas cinco décadas de domínio político, o grupo do Sarney teve tudo nas mãos para alavancar o Estado, principalmente na área educacional. Mas não foi isto o que aconteceu. O Maranhão não tem Escolas Técnicas Estaduais. Sabes quantas Escolas Estaduais o Ceará tem? Cento e setenta. Aí, como é que o grupo do Sarney quer competir com o Estado do Ceará? Lá, no Ceará, a mão de obra está preparada; aqui, não está. E quando vem uma empresa para cá, para aproveitar as condições naturais do Maranhão, traz a mão de obra de lá. Então, o Maranhão hoje está precisando mudar mesmo, porque senão vai ficar atrasado. O Maranhão não é isso; o Maranhão é muito rico (…) O Maranhão tem um porto gigantesco, um dos mais importantes do mundo, mas que não tem reflexos na economia do Estado. Ou seja, o complexo portuário não tem planejamento, não tem uma proposta, não traz reflexos para a economia maranhense.

PF prende ex-senador Luiz Estevão em Brasília

Luiz Estêvão

Luiz Estêvão

A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (27) o ex-senador Luiz Estevão, acusado de superfaturamento do Fórum Trabalhista de São Paulo. Ele foi detido em casa, em Brasília, e será levado ainda nesta manhã para São Paulo.

Luiz Estevão deve passar o fim de semana na Superintendência da PF em São Paulo e, na segunda, será encaminhado para um dos presídios da capital paulista.

Os policiais cumpriram uma decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli, que determinou na quinta (25) a prisão imediata do ex-senador. A decisão de Toffoli foi enviada para a Justiça Federal de São Paulo, responsável pela execução da pena de Estevão.

Entre os processos que responde, Estevão foi condenado a 3 anos e 6 meses por falsificação de documento. De acordo com o Ministério Público, a fraude teria ocorrido em livros contábeis para alterar valores das obras do Fórum numa tentativa de ocultar o superfaturamento. Com isso, ele evitaria que seus bens fossem bloqueados pela Justiça para ressarcir danos ao erário.

Apesar de a legislação permitir que penas de inferiores a quatro anos sejam cumpridas no regime aberto ou através de medidas alternativas —como a prestação de serviços comunitários— Estevão, devido ao histórico de irregularidades não obterá o benefício e deve ir para o semiaberto. Nesse tipo de regime, o preso somente passa a noite na cela, podendo ficar a maior parte do dia no pátio do presídio ou até mesmo trabalhando fora da cadeia se tiver autorização da Justiça para tal.

A decisão da prisão de Estevão foi tomada após o ex-senador apresentar um recurso ao STF que foi considerado como meramente protelatório por Toffoli. Ou seja, a estratégia era somente adiar o início do cumprimento da pena.

Estevão teve o mandato de senador cassado por quebra de decoro parlamentar em 2000. Ele foi acusado de participar do esquema de superfaturamento e desvio de recursos durante a construção da sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo, na década de 90.

Por causa do escândalo, o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, conhecido como Lalau, foi preso e condenado. Em valores atualizados, o desvio das obras chega a pouco mais de R$ 1 bilhão de acordo com cálculos da Justiça em São Paulo.