Comitiva liderada por Dr. Caçula discute enfrentamento à criminalidade em Vargem Grande com secretário de Segurança

Encontro na Secretaria de Estado da Segurança contou com os vereadores Jociedson Aguiar e Manelinho do Juvenil; do professor Mathias Barros, representante do SINTRANSP-VG; e do jornalista Thales Castro

 

VARGEM GRANDE, 31 de outubro de 2023 – Uma comitiva liderada pelo advogado Dr. Fernando Oliveira, conhecido por Dr. Caçula (PSDB), reuniu-se na Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), na tarde desta terça-feira (31), com o objetivo de levar demandas cruciais do município de Vargem Grande ao secretário, Maurício Martins.

O líder político vargem-grandense esteve acompanhado dos vereadores Jociedson Aguiar e Manelinho do Juvenil; do professor Mathias Barros, representante do Sindicato dos Servidores Público Municipal de Vargem Grande (SINTRANSP-VG); e do jornalista Thales Castro. A reunião, intermediada pela presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), aconteceu no órgão estadual de segurança, em São Luís.

De acordo com o Dr. Caçula, o titular da SSP foi bastante receptivo às propostas, tanto que se propôs a ajudar dentro do que for possível. “O secretário foi muito atencioso e receptível em atender essas demandas e se comprometeu a nos ajudar dentro do que for possível. Acredito que, em breve, teremos boas notícias para nosso município”, frisou.

A ação liderada por Dr. Caçula foi bastante elogiada pelos vereadores que acompanharam a agenda na capital maranhense. Na opinião de Jociedson Aguiar, a iniciativa reforça o protagonismo do líder político na busca por soluções para questões prementes em favor da cidade.

“A população precisava de alguém que fosse capaz de vir à capital em busca de soluções. O Dr. Caçula entrou em contato com a presidente Iracema e, prontamente, agendou uma reunião na Secretaria de Estado da Segurança. Estávamos em busca de um líder capaz de liderar esse movimento em favor da cidade “, frisou.

Durante a reunião, o professor Mathias Barros, representante do SINTRANSP-VG, expôs algumas situações de violência na cidade e afirmou que a população está assustada com várias tentativas e diversos homicídios ocorridos nos últimos dias, inclusive, o que envolveu o professor Thalles Delman, de 42 anos.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Maurício Martins, destacou a importância da audiência, liderada pelo Dr. Caçula, que de forma conjunta com segmentos da sociedade civil e representantes da população na Câmara, podem encontrar alternativas pontuais para a melhoria da segurança no município.

“Considero um momento muito importante a agenda com as lideranças de Vargem Grande, que trouxeram os anseios da comunidade de forma enfática, em especial sobre a necessidade de efetivo. Temos ciência da necessidade, os pedidos foram acolhidos e serão analisados posteriormente”, declarou.

A expectativa da comitiva é que as pautas sejam atendidas e bem-sucedidas, e a cidade vargem-grandense possa avançar em suas demandas rumo ao enfrentamento à criminalidade nas diversas comunidades do município.

Ex-senador Telmário Mota é preso por acusação de mandar matar a mãe da própria filha

RORAIMA 

Mota era considerado foragido e foi alvo de uma operação da Polícia Civil que investiga a morte da mãe da filha dele. Ex-senador foi encontrado na noite desta segunda-feira (31).

Por g1

 

O ex-senador de Roraima Telmário Mota foi preso em Nerópolis (GO), na noite desta segunda-feira (30). Ele é suspeito de ter mandado matar a mãe da própria filha e era considerado foragido, segundo a polícia.

Ainda nesta segunda-feira, a Polícia Civil deflagrou uma operação para prender o ex-senador. No entanto, ele não foi localizado.

De acordo com as investigações, Mota é suspeito de ter encomendado a morte de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos. Ela foi assassinada com um tiro na cabeça em 29 de setembro, em Boa Vista.

Antônia era uma das principais testemunhas sobre as investigações que envolviam uma acusação de estupro contra o ex-senador, segundo a Justiça. A denúncia foi feita pela filha dele, em 2022.

A mulher foi morta três dias antes de uma audiência sobre o caso, conforme a Justiça.

Até a publicação desta reportagem a polícia não havia fornecido mais detalhes sobre a prisão do ex-senador.

Ex-senador Telmário Mota foi preso em Goiás — Foto: Polícia Militar de Goiás

Operação

Operação                

A operação da Polícia Civil para prender Telmário Mota foi feita durante a manhã de segunda-feira. A Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra o ex-senador.

Apesar de não terem encontrado o político, os policiais cumpriram outras ordens de busca e apreensão e de prisão contra pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato de Antônia.

Entre os alvos de mandados de prisão estava Harrison Nei Correa Mota, conhecido como “Ney Mentira”. Ele é sobrinho do senador e continua foragido.

Outro alvo da operação foi um dos executores do assassinato, identificado como Leandro Luz da Conceição. Ele foi localizado em Caracaraí, no interior de Roraima, e preso.

A assessora de Telmário, Cleidiane Gomes da Costa, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão.

Antes mesmo da prisão do ex-senador ser confirmada, na noite desta segunda, a polícia já havia informado que suspeitava que ele estivesse em Brasília.

Assassinato de Antônia Araújo

Senador Telmário Mota é alvo de operação que apura morte de Antonia Araújo de Sousa, mãe de uma filha dele — Foto: Reprodução/Senado Federal e arquivo pessoal

A audiência sobre a acusação de estupro da filha de Telmário estava marcada para 2 de outubro. Segundo a Justiça, Antônia Araújo era uma “testemunha chave neste processo”, sendo que a morte dela “certamente beneficiaria” o ex-senador.

De acordo com documentos obtidos pela Rede Amazônica sobre a investigação, a decisão de matar Antônia partiu de uma reunião na fazenda Caçada Real, onde Telmário Mota deixou o sobrinho Ney Mentira como responsável pela execução do crime.

A fazenda foi um dos locais alvos de busca na operação desta segunda-feira.

Investigadores descobriram que a moto usada pelos assassinos no dia do crime foi comprada pelo sobrinho do ex-senador. Segundo a polícia, o veículo foi adquirido por R$ 4 mil em espécie, estava em nome de outra pessoa e com documentação irregular.

O relatório cita que, após a compra da moto, o sobrinho de Mota entregou o veículo para a assessora do ex-senador. As investigações apontam que ela deveria levar a moto para reparos em uma oficina.

Ainda conforme o documento, o sobrinho do senador “pediu para a assessora entregar a moto para os autores do crime em um local indicado”.

A assessora do ex-senador foi vista indo entregar a moto aos assassinos um dia antes do crime. A Polícia Civil tem uma imagem dela pilotando a moto.

Segundo a polícia, a assessora Cleidiane Gomes da Costa trabalhava com Telmário a cerca de 20 anos e era considerada pessoa de confiança do ex-senador.

As investigações apontam ainda que a assessora monitorava Antônia e repassava as informações sobre a rotina da vítima para Telmário.

Quem é Telmário Mota

O ex-senador Telmário Mota tem 65 anos. Formado em economia e contabilidade, Mota começou a carreira política em 2007 na Câmara Municipal de Boa Vista. À época, ele assumiu uma vaga de vereador por ter ficado como primeiro suplente na eleição municipal de 2004.

Ele foi eleito ao Senado em 2014. Durante as eleições daquele ano, fez fortes críticas a Romero Jucá (MDB), quem dizia ser seu rival político.

Já nas eleições de 2018, ele foi candidato ao governo de Roraima pelo PTB, mas não se elegeu. Durante a campanha, o então candidato se autopromovia como “doido” e pedia para que os eleitores o dessem uma chance por isso.

O político roraimense também é conhecido por se envolver em polêmicas, como: teoria falsa sobre planeta Nibiru, rinha de galo, realização de festas durante a pandemia da Covid-19 e outros casos.

 

 

Chico Carvalho sugere realinhamento comportamental na Câmara de S. Luís

 

  O vereador Chico Carvalho (Solidariedade) está sugerindo aos colegas de parlamento  um realinhamento comportamental, diante das constantes tensões que estão acontecendo ultimamente na Câmara Municipal. Ele argumenta que toda a Casa vem pagando um pesado ônus por conta dos desentendimentos entre alguns colegas.

“Nossa Câmara é histórica, é a terceira mais antiga do País. Já enfrentou muitas lutas, cumprindo um papel fundamental no encaminhamento dos problemas sociais da cidade, mas ultimamente, está tendo sua imagem desgastada por conta de problemas que deveriam ser equacionados de outra forma”, assinalou.

Para o veterano parlamentar, que está no exercício do oitavo mandato e foi presidente por três vezes consecutivas, está na hora de todos os 31 vereadores ouvirem as vozes das ruas, auscultar os anseios da sociedade e verificar que tem algo de errado com a casa de Simão Estácio da Silveira.

“Temos que olhar com muita atenção e mudar o curso desses acontecimentos. Nossa imagem está extremamente desgastada, pela ação de alguns, mas que reflete na imagem de todo o grupo. É como aquele antigo adágio popular, de que paga o justo pelo pecador”, asseverou Chico Carvalho.

Ele diz ainda que o zelo pela imagem da Câmara é um dever de todos os seus componentes, lembrando que do Legislativo Ludovicense, importantes figuras se destacaram, tanto no cenário local como nacional, a exemplo de deputados estaduais, federais, Lembrou que a Câmara foi ponto de partida para governadores, a exemplo de Matos Carvalho  e Luiz Rocha e outras destacadas figuras.

Conforme o vereador, questões de cunho pessoal jamais devem ser levados para o plenário, um espaço soberano e de respeito, onde só deveriam ser discutidos questões que dizem respeito à cidade. “Espero que possamos contribuir para que esse seja um momento passageiro e que a Câmara volte ao cumprimento do seu papel, dentro dos parâmetros estabelecidos pela Lei Orgânica e pelo Regimento Interno. Temos a obrigação de primar pelo respeito a essa Casa”, finalizou o parlamentar.

 

O brilhantismo de Bernardo Almeida

                                                                                                  O jornalismo me fez trilhar ora por caminhos tortuosos, enfrentando processos e encarando até ameaças físicas, assim como me direcionou a encontros com figuras marcantes de vários segmentos, propiciando-me momentos de alegria e de êxtase fazendo com que sentisse o saboroso gosto de vitórias. Foi o que aconteceu quando, certa noite, no fechamento de uma edição do JORNAL DE HOJE, me vi como se estivesse num sonho colorido de criança, elaborando a primeira página com nada mais nada menos do que com o consagrado poeta, jornalista e escritor Bernardo Coelho de Almeida.

Arfei de alegria, quando aprovou a manchete que produzi. Aproveitei e lhe disse:

-Poeta, estou me sentindo realizado por trabalhar junto com o senhor. Sou seu fã desde criança, quando lhe ouvia no DIFUSORA OPINA.

Foi como se tivesse lhe dado a senha para um porre a dois.

-Seu Djalma, isso é conversa para depois que sairmos daqui. A Maria Augusta vem me apanhar e iremos conversar de forma mais sossegada-, respondeu.

Sua esposa Maria Augusta nos apanhou no JH, na Rua Cândido Ribeiro por volta das 21h e ele pediu que nos deixasse num bar no São Francisco. A farra terminou por volta das 2h da madrugada. Saí embriagado de alegria e de conhecimentos. Era  um boêmio à moda antiga.

Bernardo Almeida, na realidade, era o responsável para que estivesse ali, como secretário de redação. Isso porque foi a pessoa que me aconselhou a acatar a decisão do Cordeiro Filho, superintendente do matutino, que me disse, numa tarde de sexta-feira, na sala do poeta, que eu, a partir da próxima semana deixaria a editoria de polícia, para fazer política, dando cobertura na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal.

Disse que não aceitaria a mudança. Tinha medo, não estava acompanhando a política na época. O Cordeiro saiu dizendo que estava decidido, argumentando que jornalista empregado não era dono de sua pauta. Aí o Bernardo me chamou a atenção e me disse pra aceitar o desafio, destacando que eu tinha condições de dar conta do recado. Ressaltou ainda que era pra passar os textos pra ele dar uma olhada e fazer as adequações necessárias.

Depois de uma semana, me afirmou que não precisava mais ler os textos e que era pra que fizesse a edição da página. Fui às alturas. Fizemos uma amizade fraterna e eu o tinha como meu guru. Um profundo respeito e uma grande admiração.

Ganhei a confiança do consagrado jornalista e escritor. Ele era homem de confiança do ex-governador João Castelo, que, à época, vivia às turras com o senador José Sarney. Não havia uma semana em que o JH, não viesse com um editorial desancando o grupo que dominava a política do Maranhão.

 

Numa chuvosa manhã de sábado, aproximadamente às 10h, recebo o telefonema de Bernardo Almeida, dizendo que não poderia ir ao jornal porque estava recepcionando um grupo de amigos paulistanos e me delegando  a tarefa de escrever o editorial. Tremi na base. Soou como se fosse um jogador canela de pau entrando no lugar de Pelé numa final de Copa do Mundo.

Expus meu temor. Ele me acalmou, com sua conhecida serenidade e me passou os dados.  Disse-lhe que logo após escrever ia lhe retornar a ligação, para que corrigisse o texto. Assim foi feito.  Ele aprovou com apenas uma correção no último parágrafo e pediu para que dissesse ao diagramador para colocar uma moldura em pergaminho no editorial.

No final da tarde da segunda-feira seguinte, o Bernardo chega ao jornal com seu andar claudicante, por conta da labirintite, mas sempre elegante e com seu inseparável cigarro entre os dedos. Vai direto à minha sala e me diz pedindo segredo:

 

– Só entre nós, o Castelo comentou que foi um dos melhores editoriais, esse de ontem….

Embora fosse um grande admirador do Bernardo, não lhe acatei um pedido, cometendo uma inconfidência. Em 1992, ele havia participado “ECO-92, como ficou conhecida a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 3 e 14 de junho daquele ano. Chamada também de Cúpula da Terra, a convenção reuniu chefes de Estado e representantes de 179 países, organismos internacionais, milhares de organizações não governamentais e contou também com a participação direta da população”.

A década de 1990 marcou a TV brasileira por conta das minisséries produzidas e apresentadas pela Rede Globo. Nessa conferência, Bernardo foi apresentado pelo peruano Oswaldo Sallas, que havia sido assessor de Henrique de La Rocque no Senado e no TCU, a um grupo de diplomatas alemães, ocasião em que discutiram a possibilidade de levar para as telas o romance O BEQUIMÃO, obra prima do poeta. Os alemães se interessaram porque o Manuel Bequimão tinha origem germânica.

A conversa, segundo Bernardo me relatou, teve avanço, com a definição do roteiro, que ficaria a cargo de outro ilustre jornalista e escritor maranhense, José Louzeiro. Foi um pedido de segredo que jamais poderia cumprir, porque, na realidade, queria a exaltação do escritor e de sua obra.

Na semana seguinte, encontro, por acaso, no Mercado Central, numa manhã de sábado, o jornalista e teatrólogo Ubiratan Teixeira, que escrevia semanalmente para O ESTADO DO MARANHÃO e apresentava, aos sábados à noite, o programa 54 MINUTOS, na TV EDUCATIVA.  Eles eram companheiros na Academia Maranhense de Letras, além de parceiros de boemia.

Lhe relatei o que estava acontecendo, sugerindo que entrevistasse o Bernardo, mas pedindo que guardasse segredo sobre a fonte. Ao contrário de mim, Ubiratan abordou seu colega imortal e fez uma antológica entrevista, que acompanhei entusiasmado. O projeto não brotou por conta da falta de apoio do poder público do Maranhão.

Poeta, jornalista e prosador, Bernardo Almeida começou sua carreira literária com o livro de poesias Luz! Mais Luz!, publicado pela Editora Mantiqueira de Belo Horizonte, em 1954. Seguiram-se A Gênese do Azul (poesia-1955), Galeria (crônicas-1961), A Última Promessa (romance-1968), O Bequimão (romance-1973) e Éramos felizes e não sabíamos (crônicas) -1989).

Ligado aos melhores momentos da imprensa maranhense,  foi presidente da extinta Fundação Cultural do Maranhão, embrião da  Secretaria de Cultura, participou como um dos fundadores da revista LEGENDA, de momento marcante da vida cultural do Estado, e em sua passagem pelo Peru, como adido cultural, atuou como professor do Centro de Estudos Brasileiros, em Lima, de onde trouxe muito mais do que deixou, segundo seus depoimentos.

Marcou época no rádio e na televisão. Foi diretor do Sistema Difusora dos irmãos Bacelar e foi redator e apresentador do programa Difusora Opina, que ia ao ar diariamente ao meio dia. O programa pautava a cidade e era líder absoluto de audiência.

Foi um dos intelectuais maranhenses de vida integral mais intensa e campo de atividades mais diversificado. Sacerdote pela metade, viveu no Rio de Janeiro, em Fortaleza, Parnaíba e Peru. Deputado estadual por três legislaturas, jornalista em tempo integral, admitia que se tivesse sido mais inteligente teria usufruído os melhores momentos de sua vida intelectual durante o período em que esteve como adido cultural junto à Embaixada do Brasil no Peru. Foi membro do extinto Conselho de Contas dos Municípios, por onde se aposentou.

Nascido em 13 de junho de 1927, na cidade de São Bernardo, faleceu em São Paulo, no dia 4 de agosto de 1996, no hospital Dante Pazanezzi, após uma cirurgia. Sua morte me marcou profundamente.  Era início da noite e eu era o assessor de imprensa de João Castelo numa das campanhas para a Prefeitura de São Luís, na qual foi derrotado por Jackson Lago que disputava o segundo mandato.

Estávamos, eu, João Castelo, seu candidato a vice, o ex-deputado Juarez Medeiros e o então vereador Manoel Oliveira, abastecendo nossos veículos no posto localizado ao lado do elevado da Cohama. Nosso destino naquela noite seria um comício na Cidade Operária. Inesperadamente o Castelo me  me indaga:

-Está sabendo que o Bernardo Almeida morreu hoje à tarde em São Paulo?

 

Disse que não.  Fui tomado por um misto de surpresa e melancolia. Foi um mergulho na tristeza. Pedi para ser dispensado da programação de campanha.  Naquela noite e  o Castelo me liberou. Fiquei paralisado, como se tivesse perdido um parente próximo e me dirigi até o JORNAL PEQUENO, onde o saudoso Ribamar Bogéa pediu que fizesse o texto. Depois fui até O ESTADO DO MARANHAO, fiz o texto a pedido do diretor de redação, o Ribamar Correa. De lá, fui direto  para o abrigo de João Lisboa, tristonho e me lembrando dos momentos que desfrutei ao lado de um dos maiores nomes do jornalismo e da literatura do Maranhão. Acabei sem condições de dirigir quase ao amanhecer. Deixei o carro na praça e um taxista amigo foi me deixar em casa, no Parque dos Nobres.

Bernardo Almeida é um dos ícones de nossa imprensa. Era sereno, taciturno e muito observador. Brilhante em tudo o que produziu. Não há quem não se curve, até hoje, ao brilhantismo desse grande intelectual.  Sou um privilegiado pelo importante convívio. Bernardo Almeida foi uma das fontes mais límpidas de onde bebi ao longo de mais de 40 anos de jornalismo. Guardo muito dos seus proveitosos ensinamentos.

CONSTRUÇÃO APROVADA – Engenharia em peso consolida candidatura de Patryckson Santos à presidência do CREA-MA

Patryckson Santos, candidato à presidência do CREA-MA

O que seria apenas um encontro de confraternização entre colegas de profissão, amigos e familiares, acabou se transformando numa sólida manifestação em prol da candidatura do engenheiro eletricista e civil Patryckson Santos à presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão (CREA-MA). O evento festivo realizado na tarde deste domingo (29), na sede da Associação do Ministério Público (Ampem), no Calhau, foi uma espécie de gabarito aprovado em peso por engenheiros das mais variadas áreas, no que diz respeito ao nome de Patryckson para dirigir o órgão nos próximos três anos.

Integrantes da chapa encabeçada por Patryckson Santos

Com uma postura de simplicidade e amplo conhecimento das demandas existentes no CREA-MA, que acabam por emperrar as atividades dos profissionais dessa abrangente categoria, Patryckson tem como lema “Menos Burocracia e mais Engenharia”. Outro fator que merece ser destacado sobre o candidato Patryckson Santos, além da empatia, é o dinamismo imprimido em sua fala que defende a necessidade de um CREA mais ágil, atuante e aberto aos seus filiados.

Convém dizer que o encontro de ontem, regado a uma suculenta feijoada, chope gelado e com animação do grupo de pagode Última Hora, proporcionou aos presentes no recinto, uma atmosfera de energia positiva, calor humano, sobretudo de consolidação do nome de Patryckson. Não por menos, além do gigantesco batalhão de engenheiros que se fez presente, empresários da construção civil e de outras áreas, servidores públicos, lideranças políticas, jornalistas foram prestigiar o candidato.

A “dimensão” do eu “aCREAdito”

As eleições para presidência do CREA-MA vão ser realizadas no próximo dia 17 de novembro de forma virtual por meio de plataformas que estarão sendo disponibilizadas para o contingente apto a votar. A chapa vencedora comandará o órgão fiscalizador no triênio 2024/2026.

“Eu apoio Patryckson Santos”: nome leve com dinamismo

Os registros fotográficos são do jornalista Paulo Washington Beltrão.

Chico Carvalho apresenta moção de aplausos ao ministro André Fufuca

O vereador Chico  Carvalho (SD) apresentou, na Câmara  Municipal. moção  de aplausos ao ministro dos Esportes, deputado federal André Fufuca  , pela sua posse no cargo, se tornando, desta forma o quarto maranhense a compor o ministério  do presidente Lula.

De acordo com Chico Carvalho, Fufuca já começou  oxigenado a pasta, com a apresentação de projetos que irão provocar  o desenvolvimento do esporte de norte a sul do país.

“O ministro Fufuca  é  um jovem e brilhante  médico e político, com um largo horizonte pela frente. Sempre se pautou no Congresso  pelas ações  em busca da melhoria da qualidade de vida dos menos favorecidos e pelo desenvolvimento do País.  Como ministro, só temos é  que aplaudir  sua ascensão  como dirigente dessa importante pasta”, ressaltou o vereador.

“Não se provoca quem trabalha”, diz Braide ao sair em defesa de Chaguinhas

Vereador foi alvo de ataques dos rivais com pichação em muro numa via do Jardim São Cristóvão, que recebe drenagem profunda e asfaltamento

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), saiu em defesa do vereador Francisco Chaguinhas (podemos), vice-presidente da Câmara Municipal, alvo de ataques dos rivais com pichação em muro numa via do bairro Jardim São Cristóvão, que recebe drenagem profunda e pavimentação – duas das mais importantes ações do Programa Asfalto Novo.

A posição do chefe do Executivo ao aliado no Legislativo foi externada na manhã deste sábado, 28, durante vistoria aos investimentos que estão sendo realizados nas ruas 38 e 19, importantes artérias de acesso à Avenida Guajajaras e Avenida Lourenço Vieira da Silva, na capital maranhense.

“É isso aí, vereador! Estou vendo aí, que deixaram uma provocação, mas um recado: não se provoca quem trabalha. Porque eu vim aqui, a pedido do vereador Chaguinhas, fizemos a ordem de drenagem profunda, asfalto novo e olha só como é que tá a rua 38, aí!”, declarou Braide no vídeo que circula nas redes sociais.

A obra incomodou?

Antes da manifestação de apoio do aliado, Chaguinhas fez questão de fazer um agradecimento ao prefeito, justamente em frente ao muro pichado pelos rivais com a mensagem provocativa.

“Nós tivemos na ordem de serviço do retorno da Uema e, aproveitei para pedir ao prefeito Eduardo Braide, que viesse à Rua 38 para olhar a situação da via. O prefeito, ao terminar da assinatura, veio na rua junto comigo e aqui nós estamos”, frisou.

Em seu comentário, o parlamentar afirmou que a situação da rua, uma das vias mais importantes do Jardim São Cristóvão, era um problema crônico de mais de 20 anos e ficou feliz com o avanço das obras no local.

“A obra já está com 70% realizada. Prefeito, eu como vereador, agradeço e a comunidade do Jardim São Cristóvão agradece, porque disseram que era um problema crônico de mais de 20 anos”, concluiu Chaguinhas.

Brandão transfere feriado do dia do servidor e anuncia ponto facultativo

 

O governador Carlos Brandão anunciou, em suas redes sociais, que o feriado do Dia do Servidor, originalmente programado para o dia 28 de outubro, será transferido para o dia 3 de novembro (sexta-feira). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (30).

A decisão visa prestigiar os servidores públicos, se somando ao feriado de Finados, que ocorre na quinta-feira, dia 2 de novembro.

O custo da omissão e a atemporalidade do discurso do Senador Sarney

 

 


Carlos Nina
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Críticos da obra de Karl Marx dizem que ela é calcada na de Georg Hegel. Da estrutura dialética a frases como a que teria iniciado sua ironia a Napoleão III, em O 18 Brumário de Luís Bonaparte: “Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.

Como ideólogo do comunismo, sabia do que estava falando e do que viria.

Observando-se com isenção a história, é fácil constatar a reincidência no seu enredo. Mais vezes até do que o número que Jesus diz a Pedro que deve perdoar o pecador: Não sete, mas setenta vezes sete.

A recorrência é fácil de explicar: egoísmo e ambição. Aí vale tudo.

Revisitem-se os conflitos tribais desde a era mais primitiva às guerras sofisticadas de hoje. A (des)informação e a comunicação usadas cada vez mais como Cavalos de Tróia invisíveis. O emprego cirúrgico da tecnologia letal. O risco permanente da autodestruição planetária, num apertar de botão, reconhecimento facial, digital, de retina, ou leve toque na tela de um celular. No percurso, as tentativas de exterminação de povos inteiros, para lhes tomar os territórios. Algumas, com êxito; outras, em parte. Os recursos usados variam ao longo do tempo. A tecnologia tem permitido maior eficiência e eficácia nesse desiderato. A brutalidade que emergia da rudeza primitiva foi-se aperfeiçoando em maldade consciente, crueldademesmo, com requintes diferenciados de impiedade.

A farsa e a tragédia se revezando ao sabor dasobsessões doentias de quem está no poder.

Assim como os meios de dominação e destruição evoluíram, também os discursos de fachada e as formalidades cerimoniosas foram deixadas de lado.

Alexandre, o Grande

A desfaçatez está à mostra, exibida triunfante, afrontosa, impune, no comando da farsa e da tragédia. Não há criatividade, senão na maldade, em intensidade e extensão. Tudo, porém, doloroso desperdício à humanidade. Disso já sabia até Alexandre, o Grande, que aos 20 anos tornou-se Rei da Macedônia e poucos anos depois, derrotando os persas, construiria um império, daGrécia à Índia.

Morto aos 32 anos, de causa desconhecida e até hoje objeto de estudos, Alexandre teria pedido aos seus generais que seu caixão fosse carregado por médicos, para lhes mostrar que não têm poder sobre a morte; que a prata, o ouro e as pedras preciosas que conquistara fossem espalhados pelo caminho, para mostrar às pessoas que bens materiais não as acompanham na viagem da morte; finalmente, que suas mãos ficassem balançando do lado de fora do caixão, para que todos vissem que deste mundo partimos de mãos vazias, como chegamos.

Essa realidade não muda. Basta visitar a história, com cuidado, para não se deixar enganar pelas fake news, tema analisado com maestria pelo eminente jurista e magistrado Paulo Brasil Menezes, em obra com esse nome – Fake News –, prática que entrou na rotina diária das pessoas, recebendo-as, compartilhando-as, enfim, criando uma área nebulosa, cinzenta, onde a verdade não existe. É criada, imposta, desde os tempos de Adão e Eva, que sucumbiram à fake news da traiçoeira serpente.

Hieróglifos, figuras e escritas em pedras e tábuas, pergaminhos, papéis, jornais, revistas, folhetos, livros, cartuchos, K7, VHS, fitas e cartões perfurados, disquetes, cds, dvds, pen drives, HDs e agora cirros, cúmulos, estratos e nimbos são repositórios incríveis da reiteração de farsas e tragédias.

O discurso do Senador Sarney

Nos Anais do Senado Federal, na fantástica web, precisamente na 25ª Sessão Deliberativa Ordinária do dia 20 de março de 2002, há um desses registros que se imortalizam pela atemporalidade, pela atualidade diante das farsas e tragédias da história. É um discurso do então Senador José Sarney, sempre lembrado quando vejo as falas arrogantes, paranoicas e cruéis dos Darth Vader, Hannibal Lecter e Norman Bates que se revezam sob os aplausos da mídia corrompida, de oportunistas, fanáticos e ignorantes.

Personagem dos mais importantes da história do País, com trajetória ímpar, postura respeitável, responsável pela administração pacífica de um dos momentos graves da história nacional, José Sarney foi sempre criticado com intensidade e virulência. Entretanto, nunca soube do Senador se deixar dominar, como os maus, pelo ódio, escorrer bílis de raiva pelos cantos da boca ou divertir-se ironizando ou atacando adversários, saboreando gosto desangue espelhado na perversidade do olhar.

Disse o Senador Sarney naquele discurso, sinceramente emocionado, como orador talentoso que é: As conversas privadas entre homens públicos devem ser respeitadas. Explicou: “Falo pelo dever que tem um ex-Presidente da República – de defender o país e suas instituições, e a base delas são os direitos individuais. O direito de cada um de nós não ser espionado, escutado, seguido, perseguido, tocaiado pelo aparato do Estado, construído para proteger os cidadãos.

O Senador estava indignado com os “atos de violência política que aconteceram no Maranhão” e que visavam inviabilizar a candidatura de sua filha Roseana à Presidência da República. Disse claramente: “planejou-se esse escândalo com o objetivo de afastá-la da sucessão.” O prestígio da ex-governadora, conquistado pelo seu carisma, contribuía favoravelmente para viabilizá-la.

Padre Vieira

O Senador Sarney, conhecedor da obra do padre Vieira, referiu-se ao episódio de seu encarceramento “pelo Tribunal do Santo Ofício, também, sem saber do que era acusado. Sabem qual o método da Inquisição? Os juízes lhe perguntaram: — Por que está sendo processado? Vieira respondeu: — Eu é que devo dizer? Não os senhores? Será que é por causa da defesa que faço dos judeus? Responderam-lhe eles: — O Senhor acaba de confessar sua culpa. Era assim o método da Inquisição.

José Sarney arrematou a citação: “Isto foi em 1663. Estamos em 2002 – 340 anos depois e o método não mudou. Há que se perguntar ao acusado, e é ele quem tem que responder do que está sendo acusado? Vieira chamou seus julgadores de “equíssimos doutores” e, em seguida, esclareceu que não falava de equus mas de equidade.

Mais adiante, o Senador fez perguntas como um Júlio Verne antecipando os fatos: “Quem acredita neste país, qual o idiota, que uma ação desta magnitude seria armada sem que a máquina estatal de nada soubesse ou dela não participasse? Quem nesse país não sabe que foi uma ação política suja, com propósito determinado? (…) “E, para farsa geral, com o timbre sigiloso. Sigilo para proteger o vazamento, a calúnia, a mentira, o desrespeito à dignidade das pessoas, expostas a versões falsificadas, difamadoras e interessadas.

Perguntou o Senador Sarney:De que adianta dizer a Constituição que todos têm direito à defesa, que ninguém é culpado senão depois de julgado pela Justiça em procedimentos legais? O aparato do Estado espalha, sem defesa, versões, documentos e calúnias. É assim que funcionavam os Dops, a Gestapo, pior hoje, neste tempo de comunicação em tempo real, em que a imagem de defesa é impossível.

Olga Benário

Caminhando para o final de seu discurso, disse o Senador José Sarney: “Precisamos ter cuidado quando quisermos julgar as aparências de atos formais como sendo atos legais. Sabe-se como se fazem estas coisas.Não devemos esquecer: Quantos milhões de pessoas foram levados ao forno crematório e às valas da Sibéria por investigações, inquéritos, papeluchos. Por um mandado foi Olga Benário levada das masmorras do Estado Novo para o campo de concentração. Processos, inquéritos, condenações políticas forjadas, foram sempre métodos de intimidação e liquidação de adversários, métodos já ultrapassados na humanidade. O Brasil não pode ter inquéritos secretos para provocar o medo, o terrorismo moral. É este o estado democrático que queremos? “(…) Que se diga a qualquer cidadão de que é acusado, tipifique seu crime, se assegure o direito de defesa. Que se condene quem tiver culpa. Mas que não se invoquem simulacros, mascarados sob a capa de formalidades. Seja respeitado o processo legal. Respeitem os direitos individuais, as garantias constitucionais, e não usem o Estado para esse tipo de ação que denigre o país e as instituições. Não persigam.

No caminho, com Maiakovski

Poeta, o Senador encerra seu discurso com o poema E não sobrou ninguém, do pastor alemão Martin Niemöller, algumas vezes atribuído equivocadamente a Vladimir Maiakovski ou Bertolt Brecht. Um poema que certamente inspirou Eduardo Alves da Costa, que refez o drama, com versos a que deu o nome de No caminho, com Maiakovski, o que talvez tenha gerado a confusão sobre a autoria do poema original. A mensagem é parecida. No caminho, com Maiakovski, Alves da Costa verseja: “Na primeira noite eles se aproximam / e roubam uma flor / do nosso jardim. / E não dizemos nada. / Na segunda noite, já não se escondem: / pisam as flores, / matam nosso cão, / e não dizemos nada. / Até que um dia, / o mais frágil deles / entra sozinho em nossa casa, / rouba-nos a luz e, / conhecendo nosso medo, / arranca-nos a voz da garganta. / E já não podemos dizer nada.”

E não sobrou ninguém

Disse o Senador: “O que vejo no Brasil de hoje é o medo dos dossiês, das escutas, da espionagem na vida privada das pessoas. Todos têm medo. Ninguém tem confiança de que o aparato estatal não seja jogado contra si.

E finalizou: “É sempre bom lembrar o pastor Niemoller, um dos líderes da resistência protestante contra o nazismo: `Quando vieram buscar os comunistas, eu não disse nada, eu não era comunista. / Quando vieram buscar os judeus, eu não disse nada, eu não era judeu. / Quando vieram buscar os católicos, eu não disse nada, eu não era católico. / Então vieram me prender, e não havia mais ninguém para protestar.’

A atemporalidade do discurso do Senador está inclusive na atualidade de seu apelo final:Peço que meditem sobre isso os políticos, a imprensa, o governo e o povo brasileiro.”

*Advogado e jornalista.

Vereadores também viraram as costas para Duarte Júnior

O deputado federal Duarte Júnior  (PSB), que teve sua pré-candidatura a prefeito de São  Luís  oficializada nesta sexta-feira (27), na,Assembleia Legislativa, jamais poderia imaginar que estaria participando de um evento fracassado, como muito não se via na cidade, o  que poderá  inclusive  comprometer  seu futuro  político.

Primeiro  foram as ausências  de seu principal fiador na empreitada, o ministro da Justiça  Flávio  Dino, além de correligionarios de peso, como o  governador Carlos Brandão, a presidente da Assembleia  Legislativa, Iracema  Vale, a senadora Ana Paula e outros figurões  do partido.

Segundo, foi o grupo de mais de 20 vereadores, que vinham anunciando apoio  à candidatura  do presidente da Câmara  Municipal de São Luis, Paulo  Victor, que desistiu da empreitada.

Muita gente imaginou que parte desse grupo iria migrar  para o projeto de Duarte  Júnior, mas a avaliar o que aconteceu ontem no Legislativo Estadual,  isso estaria fora de cogitaçao. Apenas 2 dos 31 vereadores deram a cara por lá.  Nato Júnior  e Beto Castro.  Os demais preferiram  virar as costas para o parlamentar.

O início  da caminhada do deputado rumo à  prefeitura não poderia ser mais melancólico.