Dilma descarta fim do Minha Casa, Minha Vida, e anuncia fase 3 do programa

dilma

A presidenta Dilma Rousseff participou, na manhã desta sexta-feira (31/7), da entrega de 2.932 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, em Maricá, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Dilma enfatizou a importância do programa para a classe de baixa renda, que reconhecidamente fez um esforço para adquirir o seu imóvel. A presidenta descartou qualquer boato de o programa acabar, dizendo que o investimento tem prioridade na sua gestão, pelo fato de retirar grande parte da população do aluguel, além de dinamizar a economia e a geração de emprego e renda.

A previsão do governo federal é de entregar mais de 7 milhões de moradias até o final da sua gestão, atendendo a cerca de 27 milhões de pessoas. Dilma destacou ainda que o governo está fazendo grande esforço para controlar a inflação e o programa habitacional tem papel fundamental para manter o crescimento do país.

“Quero dizer que estamos hoje, no Brasil, fazendo um grande esforço para o país voltar a crescer, para a gente controlar a inflação. Estamos numa travessia, daí a importância do Minha Casa, Minha Vida”, disse a presidente, acrescentando que o programa habitacional é prioridade do governo, porque, segundo ela, além de proporcionar moradia própria para a população, também “gira a roda da economia”.

“Ficam dizendo que estamos passando por dificuldades econômicas e dizendo que o programa vai acabar. Não vai não. Primeiro, porque é importante para povo brasileiro, para quem não tinha oportunidade […] Não vai acabar também por outro motivo. Além de a gente construir casa, a gente cria emprego […] Aqui gira a roda da economia”, afirmou.

Dilma afirmou que a a fase 3 do Minha Casa, Minha Vida vai atingir uma nova camada de brasileiros. No Brasil, o programa já beneficiou mais de 9,2 milhões de pessoas, com a entrega de 2,3 milhões de moradias em todo o país. Já no estado do Rio de Janeiro, foram entregues 91.861 unidades, beneficiando 367 mil pessoas.

“É a realização de um duplo sonho [programa Minha Casa, Minha Vida]. Primeiro o da família de ter a sua casa própria. Segundo, o sonho de um Brasil muito mais próspero, com mais oportunidades, com mais segurança para criar os filhos e condições de vida saudáveis”, classificou a presidenta. A chefe de estado disse ainda que constatou pessoalmente a qualidade das casas, em uma visita feita por ela a uma das residências um pouco antes da cerimônia.

Dilma é honrada e não está envolvida em corrupção, diz FHC

Em entrevista a revista alemã, Fernando Henrique Cardoso afirma que escândalos começaram no governo Lula, a quem ele atribui responsabilidade política pela atual crise no Brasil.
Em entrevista a revista alemã, Fernando Henrique Cardoso afirma que escândalos começaram no governo Lula, a quem ele atribui responsabilidade política pela atual crisfhce no Brasil.
Em entrevista à revista alemã de economia Capital, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu a presidente Dilma Rousseff, afirmando que ela não está envolvida no escândalo de corrupção na Petrobras.

“Não, não diretamente. Mas o partido dela, sim, claro. O tesoureiro está na cadeia”, afirma FHC em entrevista publicada – em alemão – na edição deste sábado (01/08) da revista. “Eu a considero uma pessoa honrada, e eu não tenho nenhuma consideração por ódio na política, também não pelo ódio dentro do meu partido, [ódio] que se volta agora contra o PT.”
FHC atribui ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a responsabilidade política pelo escândalo de corrupção na Petrobras. “Os escândalos começaram no governo dele”, argumenta. “Tudo começou bem antes, em 2004, com o Lula, com o escândalo do mensalão.”
Questionado se Lula estaria envolvido, FHC responde: “Não sei em que medida. Politicamente responsável ele é com certeza. Os escândalos começaram no governo dele”.
O ex-presidente, uma das principais lideranças do PSDB, afirma que era impossível que Lula não soubesse do mensalão. “Para colocá-lo atrás das grades, é necessário haver algo muito concreto. Talvez ele tenha que depor como testemunha. Isso já seria suficientemente desmoralizante”, comenta.
Mas FHC afirma que seria ir longe demais colocar Lula na cadeia: “Isso dividiria o país. Lula é um líder popular. Não se deve quebrar esse símbolo, mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país.”
Em outro ponto da entrevista, FHC elogia Lula. “Ele certamente tem muitos méritos e uma história pessoal emocionante. Um trabalhador humilde que conseguiu ser presidente da sétima maior economia do mundo.”
Mais adiante, FHC afirma que Lula era como um Cristo. “Eles fizeram dele um deus, mas ele apenas levou adiante a minha política.”
FHC diz ainda que há um lado bom na atual crise. “Os cidadãos veem: as instituições funcionam – Ministério Público, Polícia Federal, toda essa operação Lava Jato.

 

Cai o diretor da Rádio Timbira

Darlan Andrade

Darlan Andrade

Após uma rápida reunião com o secretário de Comunicação do Estado, Robson Paz, na manhã desta sexta-feira, o então diretor da Rádio Timbira, Darlan Andrade pediu demissão do cargo, juntamente com o coordenador da emissora, Gilberto Mineiro.
Interinamente, está respondendo pelo cargo de diretor geral da emissora o jornalista Ribamar Praseres, que é adjunto da Secom, Darlan Andrade tem uma vasta atuação na radiofonia maranhense, havendo passado por várias emissoras.

Dilma pede apoio a governadores contra projetos que elevam despesas

dilma e governadores
Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (30), na abertura de reunião com governadores de todos estados, que a redução da inflação é a condição para um novo ciclo de expansão da economia. Ela defendeu as medidas adotadas pelo governo para controle de gastos e alertou que projetos em tramitação no Congresso vão gerar mais despesas, se aprovados, e podem afetar os estados.
Como instrumento para conter a inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou nesta terça-feira (30) a taxa de juros básicos da economia de 13,75% para 14,25% ao ano. Foi a sétima elevação consecutiva da taxa, que atingiu o maior patamar desde julho de 2006, quando estava em 14,75% ao ano.
“O primeiro passo desse ciclo [de expansão] é garantir o controle da inflação. A inflação corrói a renda dos trabalhadores e o lucro das empresas. E promover o reequilíbrio fiscal (…) Essa redução da inflação vai criar as bases para um novo ciclo de expansão sustentável para o crédito”, afirmou a presidente, sentada à ponta de uma mesa retangular, no Palácio da Alvorada, com governadores e ministros dos dois lados.
Dilma pediu ajuda dos governadores contra propostas em tramitação no Congresso que, segundo ela, afetarão o governo federal e também os estados, as chamadas “pautas-bomba”.
“Sabemos que a estabilidade econômica é muito importante. E é uma responsabilidade de todos. A União tem que arcar com esse processo e assumir suas necessidades e condições. E, ao mesmo tempo, consideramos que, como algumas medidas afetam os estados e o país, os governadores precisam participar. Tenho alguns projetos legislativos de grave impacto. Em algumas situações, assumi o grave impacto no dinheiro público vetando. Todas essas medidas terão impacto para os estados, sem sombra de dúvida”, declarou.
Durante a reunião, Dilma enumerou diversos fatores externos como agravantes para a crise econômica do país. Segundo a presidente, houve um “colapso” no preço das comodities, uma “grande desvalorização” na moeda brasileira. Ela lembrou ainda que a crise internacional “continua não esmorecendo.”
“Iniciamos nossas campanhas numa conjuntura mais favorável do que quando tomamos posse. Nós sabemos que a partir da segunda metade de 2014, houve um fato importante no cenário internacional que foi o colapso no preço das commodities. Esse colapso foi acompanhado da desvalorização da nossa moeda”, afirmou Dilma aos governadores.
“Além disso a crise internacional continua não esmorecendo. Agora, é a vez da China. A consequência de tudo isso foi uma forte queda nas arrecadações. Nós experimentamos uma significativa redução das receitas e acredito que alguns estados também tem tido um desempenho similar nas suas receitas. Fomos obrigados a promover reequilíbrio no nosso orçamento”, continuou a presidente.
Apesar de apontar o cenário desfavorável, Dilma disse que a crise internacional “não é desculpa para ninguém.”
“É fato que nós não podemos nos dar o luxo de não ver a realidade com olhos muito claros. Como governantes, não podemos nos dar ao luxo de ignorar a realidade”, complementou.
Ao final do discurso, Dilma disse que, como governante, é alvo de “injustiças” mas que sabe “suportar a pressão.”
“É algo que qualquer governante tem que saber que faz parte da sua atuação. Tenho ouvido aberto, enquanto razão, e coração, enquanto emoção e sentimento”, ressaltou a presidente.
Pacto contra homicídios
Em sua fala, a presidente propôs aos governadores um pacto nacional pela redução de homicídios e defendeu a cooperação entre os governos federal e estaduais. Dilma disse que quer estabeçecer uma “cooperação federativa” na área de segurança para diminuir o número de homicídios no país. Segundo ela, o Brasil lidera o ranking em número absoluto de homicídios no mundo.
“Nesse novo Brasil, nenhum governante pode se acomodar. Sabemos que muita coisa precisa melhorar, porque nosso povo está sofrendo. Nós devemos cooperar cada vez mais, independentemente das nossas afinidades políticas”, afirmou Dilma.

Lobão é investigado por corrupção em construção de usina nuclear

 

Correio Braziliense

A Operação Radioatividade, a 16ª fase da Lava-Jato que investigou corrupção na usina de Angra 3 e foi deflagrada ontem, abriu mais uma janela na apuração de suspeitas que pesam sobre o senador e ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA); o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Raimundo Carreiro; e o advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz. Policiais federais ouvidos pelo Correio adiantaram que um grupo de investigadores que apura o caso pelo Supremo Tribunal Federal deve ir a Curitiba avaliar o material apreendido pelos colegas do Paraná em busca de provas para embasar inquéritos no STF. Os três foram acusados de pagamento de suborno em delação premiada pelo presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, mas negam as suspeitas. “Nunca recebi dinheiro ilegal”, disse Carreiro ontem à noite.

lobãoO caso investigado no Paraná é o mesmo em Brasília. A diferença é que alguns personagens têm foro privilegiado no STF e só podem ser alvo de inquérito na capital federal. Ontem, a PF prendeu o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, almirante da reserva acusado de receber ao menos R$ 4,5 milhões em propinas, para beneficiar empreiteiras em obras na usina de Angra 3. Também foi detido o presidente global da Andrade Gutierrez (AG), Flávio David Barra, e vários executivos de outras empreiteiras.

Cerca de 180 policiais cumpriram 23 mandados de busca e apreensão de e-mails e documentos em salas de executivos e endereços de Othon Pinheiro. Ontem, ainda se avaliava em que momento os investigadores deveriam ir a Curitiba, se já ou só quando os relatórios de análise do material apreendido estivessem prontos, daqui a alguns dias ou semanas. Um investigador considerou fortes as provas que mostraram que o almirante recebeu dinheiro das empreiteiras na conta de sua empresa no mesmo período em que era presidente da Eletronuclear.

Para os policiais, Othon, ligado ao grupo do PMDB do ex-presidente José Sarney, pode acabar encurralado e revelar novos personagens do caso. Em março, o então presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini afirmou que as propinas atendiam ao partido e ao presidente da Eletronuclear. No Ministério Público, a expectativa é que as provas produzidas alimentem o inquérito no STF naturalmente. É uma via de mão dupla, avaliou uma fonte ligada às investigações.

Parlamentares e integrantes do governo se mostraram chocados ontem com a prisão do almirante Othon Pinheiro. Considerado um técnico extremamente qualificado e competente, ele tinha relações próximas com o PMDB. Um parlamentar que atua no setor classificou Othon como “um dos melhores quadros” da área de energia. “Respeitadíssimo nos foros internacionais sobre energia nuclear”, qualificou. O mesmo político lembrou que Othon praticamente reformulou sozinho o funcionamento de Angra 3 e o projeto dos submarinos nucleares que estão em construção, em uma parceria dos governos brasileiro e francês. O militar ainda tem proximidade com o diretor da Eletrobras Valter Cardeal, ligado à presidente Dilma Rousseff.

Corrupção endêmica
Segundo o Ministério Público e a Polícia Federal, a Andrade Gutierrez, seis empreiteiras reunidas no consórcio Angramon e a Engevix bancaram propinas para Othon em três negócios. No primeiro, a AG conseguiu um aditivo de R$ 1,248 bilhão em 2009 para retomar as obras de Angra 3, que começaram em 1983, mas estavam paradas desde os anos 1990. No segundo, a Engevix abocanhou vários contratos entre 2010 e 2013, que somaram R$ 122 milhões. No terceiro, o consórcio Angramon, formado pelos consórcios Uma-3 e Angra-3, conseguiu eliminar um concorrente na pré-qualificação de dois pacotes de obras que somam R$ 3 bilhões.

“Houve direcionamento na licitação para que essas empresas concorressem sozinhas”, afirmou o procurador Athayde Ribeiro Costa, um especialista em licitações que integra a força-tarefa da Lava-Jato. “Já sabiam que ganhariam de antemão a licitação.”

Segundo ele, os R$ 4,5 milhões nas contas da Aratec Engenharia, a empresa de Othon, foram pagos entre 2009 e 12 de dezembro do ano passado pela AG e pela Engevix. Não se sabe ainda o valor exato pago por todas as empresas. Os autos do processo mostram, porém, que houve R$ 109 mil pagos pela Camargo Corrêa, R$ 371 mil pela Techint, além de R$ 504 mil pela OAS — que não fez nenhum negócio investigado na operação de ontem.

Ribeiro disse que a corrupção para além da Petrobras mostra problemas. “A corrupção no Brasil, infelizmente, é endêmica e está em estado de metástase.”

A Andrade Gutierrez afirmou, em nota, que sempre esteve à disposição da Justiça e que seus advogados analisam o caso. A Eletrobras, controladora da Eletronuclear, disse em comunicado ao mercado que ainda analisa a prisão de Othon. O advogado de Barra, Edward Carvalho, considerou a prisão desnecessária.

‘Médicos fantasmas’ do SUS são alvo de investigações

 

 

Médicos chegam, batem ponto na entrada e vão embora. Atendem em clínicas particulares quando deveriam estar em hospitais públicos. Registram mais horas trabalhadas do que as horas que existem em uma semana ou são vistos no exterior no dia em que “bateram ponto”.

Em ao menos nove Estados e no Distrito Federal, órgãos como Tribunais de Contas, Polícia Federal e Ministérios Públicos identificaram e investigam casos de médicos “fantasmas”, que pouco ou nem aparecem no trabalho. Em muitos casos, com a conivência do poder público.

A maioria cita fraudes no registro de ponto, agravando as filas de pacientes que buscam atendimento no SUS.

Médicos Fantasmas

Só em junho de 2014, auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal identificou 25.735 faltas indevidas de funcionários da saúde, uma média de 15 por servidor -desde jornadas divergentes da escala prevista até médicos que trabalham em um local e batem ponto em outro. O controle da frequência é falho: em quase metade das unidades, não é eletrônico.

Em Santa Catarina e no Paraná, operações da PF desvendaram esquemas de médicos que não atuavam em hospitais universitários para atender em clínicas particulares.

Em junho, 27 médicos do Hospital Universitário catarinense foram indiciados sob suspeita de fraudes nas folhas de ponto. O salário médio no local é de R$ 20 mil.

A PF identificou um médico que estava em viagem à Europa no mesmo dia em que “bateu ponto”. Outro registrou 169 horas trabalhadas em uma semana -algo impossível mesmo se ele trabalhasse 24 horas por dia.

No Paraná, dez médicos do Hospital de Clínicas da UFPR, com frequência média de 7% e salários de R$ 4.000 a R$ 20 mil, foram indiciados há dois meses sob suspeita de descumprirem a carga horária.

As fraudes nas folhas de ponto, com entradas e saídas falsas, foram descobertas após auditoria da CGU (Controladoria Geral da União) perceber a baixa produtividade.

IMPROBIDADE

Em Presidente Prudente (SP), a Promotoria filmou médicos que entravam em uma unidade de saúde, batiam ponto em frente à sala da administração e iam embora.

O secretário municipal de Saúde, um administrador da unidade e cinco médicos respondem a ação por improbidade administrativa -a Promotoria diz que a fraude era consentida pelos chefes.

Em 2013, uma médica do Samu de Ferraz de Vasconcelos (Grande SP) foi presa em flagrante sob suspeita de usar dedos de silicone para fraude no ponto biométrico de 11 médicos e de 20 enfermeiros que não compareciam aos plantões. Oito foram exonerados pela prefeitura -que aguarda conclusão de inquérito.

Fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) em 116 hospitais do país em 2013 também apontou fraudes em outros Estados -incluindo GO, PA, PB, PE e MT.

O órgão apontou que, em Goiás, por exemplo, gestores permitem “que os profissionais realizem outras atividades durante sua jornada de trabalho, sendo convocados caso haja necessidade”.

O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Otto Baptista, afirma que os casos são isolados, mas acabam propostos por gestores para evitar perder profissionais, insatisfeitos com os salários.

“O médico que cumpre carga horária reduzida tem a anuência da direção”, diz. “Se for para imputar ao médico a responsabilidade, terá que imputar a quem propôs: diretor, secretário e também prefeito.”

OUTRO LADO

As administrações de hospitais e gestores de saúde negam que haja conivência com as fraudes de médicos na rede pública e dizem que buscam aperfeiçoar os sistemas de controle de frequência.

O secretário-adjunto de Saúde do Distrito Federal, José Rubens Iglésias, diz que todas as suspeitas são investigadas e que até agora nenhuma fraude foi confirmada. “Estamos monitorando os atrasos e fazendo um levantamento dessa situação.”

Iglésias disse ainda que 86% das unidades de saúde do DF têm ponto biométrico e que há processo aberto para comprar os equipamentos que faltam, mas não deu prazo.

A direção do Hospital Universitário catarinense afirma que os casos de 27 médicos indiciados estão em análise preliminar pela reitoria da UFSC, que vai decidir se abrirá processo administrativo disciplinar contra eles.

Os médicos continuam no hospital. “As penalidades disciplinares serão aplicadas se constatadas as irregularidades, no devido tempo e a depender do resultado do processo administrativo disciplinar”, afirma a direção.

O Hospital de Clínicas da UFPR afirma que os dez médicos indiciados respondem a processo administrativo disciplinar e que as sanções serão aplicadas se comprovadas as fraudes. Os médicos não foram afastados.

Ele diz ainda que outros profissionais foram afastados por não cumprirem a carga horária e que o ponto eletrônico passou a ser usado por todos os médicos em junho.

O secretário de Saúde de Presidente Prudente, Sérgio de Andrade, diz que não houve consentimento para descumprimento das jornadas e que “todos os médicos trabalharam e atenderam efetivamente todos os pacientes”. Segundo ele, os médicos dizem que havia acordo com a gestão anterior para fazerem 16 consultas por dia, sem cumprir toda a carga horária.

Para o diretor de Defesa Profissional da Associação Médica Brasileira, Emilio Cesar Zilli, não há justificativa para as fraudes. “Se o médico está ganhando para exercer o trabalho, independentemente de ganhar pouco ou muito, tem que cumprir.” Ele diz, porém, que os salários e a falta de condições estimulam os profissionais a saírem do setor público.

Parte de São Luis ficará sem água nesta quinta-feira

Nesta quinta-feira (30), o Sistema Italuís será desligado das 8h às 18h, para trabalhos de manutenção. Segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), o bombeamento de água para São Luís será reiniciado logo após a conclusão dos trabalhos, com o abastecimento sendo normalizado gradativamente em até 48h.

Serão atingidas, com o desabastecimento temporário, as regiões do Turu, Centro, João Paulo, São Francisco, Itaqui/Bacanga, São Cristóvão, dentre outros.

 

Deputado acusado de fazer negociatas com registros de pescadores

junior verde

  

No Maranhão, em março, uma operação da Polícia Civil de combate a fraude na concessão do Seguro-Defeso em Viana gerou forte bate-boca entre parlamentares da chamada “Bancada do Peixe” na Assembleia Legislativa.

O suplente de deputado Fernando Furtado (PCdoB), que está ocupado a cadeira do titular Bira do Pindaré (PSB). disse que o deputado estadual Júnior Verde (PRB) – irmão do deputado federal Cléber Verde (PRB) –  transformou a Superintendência Federal da Pesca no Maranhão, que ele comandava, em “balcão de negócios”.

“Essa história é repleta de ameaças e perseguições. O Júnior Verde, quando esteve à frente da Superintendência da Pesca, perseguiu adversários e fez negociatas, dividindo parcelas do seguro-defeso e oferecendo benefícios àqueles que garantiam votar nele para deputado estadual”, denunciou o comunista.

Segundo ele, os irmãos Verde filiavam “pseudo-pescadores” para “dividir recursos”. “Existe realmente essa manobra, de se filiar pseudo-pescadores no Maranhão, para se dividir recursos do seguro-defeso. Isso começou a ganhar mais contornos a partir da entrada em cena dos irmãos Verde no setor”, afirmou.

Júnior Verde contra-atacou. E insinuou que, ao mesmo tempo em que acusa adversários de fazer negócio com a pesca no Maranhão, Furtado tem parentes comandando sindicatos de pescadores.

 

Governo cancela cadastro de 25 mil falsos pescadores no Maranhão

 

No Maranhão, cerca de 170 mil pescadores estão cadastrados no registro geral da pesca (RGP). Destes, 24.673 tiveram seus cadastros suspensos por suspeita de fraude, segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura. Mas, para a Federação dos Sindicatos de Pesca do Estado do Maranhão (FEPESMA) o número pode chegar a 35 mil pescadores.

A suspeita foi levantada depois de um grande número de novos cadastros de pescadores no RGP, que entre outros benefícios garante o acesso do pescador ao seguro defeso. Esses registros foram feitos entre julho e outubro do ano passado.

O secretário geral da FEPESMA, Fernando Furtado, responsabiliza o próprio Ministério da Pesca e Aquicultura e a Superintendência no Maranhão pela fraude. “O Ministério da Pesca com a Superintendência estadual tem que sentar com todas as entidades representativas, discutir o modelo para se discutir quem é quem deve ou não”, disse.

Para a Federação dos Pescadores do Maranhão, o número pode chegar a 35 mil  (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Para a Federação dos Pescadores,
o número pode chegar a 35 mil

Os pescadores têm um prazo de 60 dias para fazer o recadastramento presencial. Eles devem preencher um formulário de requerimento da licença de pescador profissional e apresentar originais e cópias de carteira de identidade,  comprovante de residência ou declaração equivalente,  foto 3X4 recente e comprovante de inscrição no programa de integração social (PIS) ou programa de formação do patrimônio do servidor público (PASEP).

Quem não fizer o recadastramento vai perder o benefício. E quem for flagrado usando o registro sem comprovar que é pescador terá que devolver os valores de seguro defeso recebidos indevidamente, além de responder por falsidade ideológica.

Abrir o Centro de Imagem de Tuntum é interiorizar a saúde pública do Maranhão

 

Por Emerson Araújo

A saúde pública do Marcentro de imagemanhão, nos últimos anos, não atendeu as demandas da população do Estado por conta dos equívocos de gestão de toda ordem dos governos estaduais sucessivos ligados a oligarquia Sarney e que a atual gestão precisa mudar este quadro caótico que ainda tem perdurado neste serviço público de grande relevância para todas as regiões maranhenses.

Reconhece-se que é pouco tempo de gestão do atual Governo para resolver os graves problemas do Maranhão, contudo a saúde pública do Estado não pode mais esperar condições administrativas favoráveis para dar as respostas que a população pobre carece deste serviço público relevante e que está associado à questão de sobrevivência humana. Não dá mais para esperar um simples procedimento médico de rotina, trinta, sessenta ou até mesmo noventa dias por falta de planejamento financeiro ou burocrático tão comum nestes casos. É preciso arrojo, criatividade e decisão administrativa urgente para que as ações de saúde pública nas principais regiões maranhenses saiam do discurso ideológico ou das manifestações emocionadas das redes sociais cotidianamente.

O Maranhão urge, a saúde pública do Maranhão também carece de urgência e foi com este desejo coletivo que todas as regiões do Estado elegeram o Sr. Flávio Dino, em 2014, mesmo reconhecendo as dificuldades que o seu mandato teria por conta das administrações nefastas da oligarquia Sarney ao longo de meio século de dominação e desmando. Porém, é fundamental lembrar que as doenças não podem esperar por decisões burocráticas e nem por tempo de bonança financeira para que se efetivem procedimentos médicos hospitalares básicos.

Mas há esperanças para que a saúde pública do Maranhão saia dos gabinetes e das mensagens persuasivas das redes sociais para serem transformadas em ações de políticas públicas urgentes neste campo, as esperanças estão relacionadas com a interiorização dos serviços de saúde pública pactuando com os municípios de todas as regiões procedimentos de gestão de saúde pública que chegarão de forma mais rápida aos usuários deste serviço. A verdade é que se há um pacto a ser feito no Maranhão, este pacto é pela saúde pública que atenda as necessidades de pacientes que, hoje, são levados a óbito pela falta de atendimento em tempo hábil paras as suas patologias e necessidades médicas hospitalares do dia-a-dia.

Repensar os hospitais regionais, preencher as vagas dos profissionais de saúde nestes locais e flexibilizar a gestão destes estabelecimentos com autonomia financeira, além fazer parcerias com a iniciativa privada da área médica para atendimentos especializados serão atitudes administrativas corajosas para atender as demandas fenomenais que o sistema de saúde pública do Maranhão ainda apresenta.

Feitas as ponderações, fica ainda uma sugestão pertinente para melhorar a saúde pública da região central maranhense dentro deste contexto macro de dificuldades apresentadas, é aproveitar os recursos técnicos do Centro de Imagem Antonio Joaquim da Cunha, em Tuntum, fechado há mais de uma década pelas perseguições políticas ao Prefeito Tema e ao município e pela falta de logística territorial dos serviços de saúde pública de governos estaduais anteriores. A abertura Centro de Imagem Antonio Joaquim da Cunha em Tuntum atenderá a uma área dos serviços médicos hospitalares que toda a rede carece hoje e depende exclusivamente das disponibilidades do Hospital Carlos Macieira que já não suporta mais as demandas de exames de certas complexidades em São Luís.

Aqui não se quer reivindicar em causa própria apenas, mas a abertura do Centro de Imagem de Tuntum será uma forma de interiorizar a saúde pública do Maranhão na região central do Estado e que só depende da vontade política e administrativa do Governador Flávio Dino.

Emerson Araújo é Jornalista Profissional