Queda na popularidade de Dilma é alerta para 2014

dilma em crise

A presidente Dilma Rousseff chegou ao poder na primeira eleição que disputou e manteve a popularidade a despeito de seguidos escândalos de corrupção e demonstrações de ineficiência administrativa. Agora, no 30º mês de governo, um elemento novo passou a afetar diretamente o seu apoio entre a população: a inflação. Dos assuntos que levam alguém a decidir se dá ou não sua confiança a um político, a economia costuma ser o número um. E dentre os temas econômicos, a inflação está entre os que mais diretamente influenciam a avaliação de um governo.

Pesquisa divulgada na última semana pelo Instituto Datafolha mostra que a avaliação do governo piorou: a aprovação caiu de 65% para 57% em três meses. E que, no cenário eleitoral de 2014, a vantagem de Dilma Rousseff não é incontestável. Isso está longe de significar um cenário apocalíptico. Dilma ainda desfruta de índices de aprovação superiores aos dos dois antecessores no mesmo período do governo. Ela também tem ampla vantagem na intenção de voto. Mas o cenário de incertezas na economia e a ausência de perspectiva de grandes realizações nos próximos meses tornam o cenário nebuloso. Além disso, na eleição de 2014 Dilma deve ter três adversários competitivos: Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, tem potencial para tirar votos da petista no Nordeste. Marina Silva (Rede) é popular em grandes centros urbanos. E o senador Aécio Neves (PSDB) é o favorito para levar os dois maiores colégios eleitorais do país, Minas Gerais e São Paulo.

Economia se torna mico de governo – Desde que assumiu o poder, em 2011, Dilma, graduada em Economia, não conseguiu colher os louros de um crescimento robusto, tal como seu antecessor. O melhor desempenho registrado até o momento foi em seu primeiro ano de mandato, quando o Produto Interno Bruto (PIB) expandiu 2,7% – número considerado decepcionante à época. De lá para cá, a cada divulgação do PIB, surge uma nova frustração. No ano passado, o crescimento não passou de 0,9%. E, dado o ‘pibinho’ do primeiro trimestre de 2013 (avanço de 0,6%), as expectativas para o acumulado deste ano não são as mais animadoras.

Contudo, como o baixo crescimento (ainda) não afetou o avanço do mercado de trabalho, seus efeitos não pesam tanto sobre a avaliação positiva da presidente como o antigo vilão conhecido dos brasileiros: a inflação. Ela tem sido, nos últimos meses, um pesadelo de Dilma e da equipe econômica. Em maio, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, tocou o teto da meta no acumulado de 12 meses, de 6,5%, apesar de ter apresentado leve desaceleração na comparação com o mês anterior. No início do ano, o IPCA chegou a estourar a meta.

O problema, que vem sendo apontado desde 2010, último ano do governo Lula, e negligenciado pelo governo Dilma, só ganhou importância no seio do Palácio do Planalto depois que uma emblemática escalada no preço do tomate devolveu a inflação ao repertório de assuntos das famílias, no primeiro trimestre deste ano. “A inflação está trazendo desconforto para a população”, diz o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola. “Esse é um flagelo que a sociedade brasileira não tolera mais.”

Contudo, a subida de juros – remédio necessário para conter a inflação, mas impopular porque afeta diretamente o consumo – veio em momento tardio. Conforme argumentou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em evento nesta semana, apenas a subida da Selic não será suficiente para deter o avanço do IPCA. “É preciso um ajuste fiscal”, disse FHC. Para o economista e ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman, o remédio tardio terá de vir em doses mais fortes – e nocivas politicamente. “A alta da Selic para 9,0% ou 9,25% até o final do ano não vai mexer na inflação. O governo não fez a lição de casa”, diz.

Retomar o tripé macroeconômico, contudo, não será tarefa fácil – sobretudo porque a presidente não reconhece as decisões erradas tomadas ao longo do governo e relega ao cenário externo a culpa pelos males que atingem a economia do país. Segundo Gustavo Loyola, a combinação da política de juros, câmbio flutuante e ajuste fiscal se mostrou vencedora no governo FHC e deve voltar a ditar os rumos econômicos. “Foi o que levou o Brasil para um patamar melhor nos anos 1990 e 2000. O país precisa ainda retomar a agenda de reformas”, comenta.

A política fiscal é outro assunto que tem afetado a credibilidade de Dilma e da equipe econômica – sobretudo para o mercado internacional. Na semana passada, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s reduziu a perspectiva da nota de crédito do país de “estável” para “negativa”, o que pode implicar em rebaixamento do rating de crédito. Ainda que essa decisão não tenha grande peso para o eleitorado de Dilma, ela afeta diretamente a imagem do país em relação aos investidores. Com a imagem arranhada, ficará cada vez mais difícil para o governo atrair investimentos privados necessários para que a economia retome fôlego e volte a crescer em breve.

Para o ex-secretário-executivo da Fazenda Bernard Appy, a popularidade de Dilma não foi mais afetada porque o nível de emprego ainda é alto. “O baixo crescimento ainda não afetou na taxa de emprego, porque o setor de serviços ainda continua contratando, mas isso pode ser mudar”, explica.

Sobre a questão fiscal, Appy indica que o erro do governo é a falta de transparência. “Há uma perda de transparência na forma como a política fiscal vem sendo gerida, devido aos ajustes do superávit primário”, pontua. “Nos últimos anos viu-se também um uso muito grande de recursos do Tesouro para financiar os custos correntes. A medida não é de todo ruim e pode ser defensável em casos de desaceleração da economia. Mas é preciso indicar qual será a trajetória da dívida bruta do país, ou seja, é preciso ser transparente.”

Política – Além dos percalços na economia, a presidente tem enfrentado problemas com o Congresso. Por razões diversas, mas todas ligadas à falta de articulação política do Planalto, partidos aliados passaram a se comportar de maneira cada vez menos fiel. Indiretamente, esses atritos prejudicam a popularidade da presidente porque atrapalham a aprovação de propostas que o Planalto considera importantes. Foi o que ocorreu, por exemplo, com a MP dos Portos e o Orçamento de 2013 – aprovado apenas em fevereiro deste ano.

Variações de popularidade são comuns ao longo dos mandatos. Também é comum a colheita de dividendos eleitorais no último ano de gestão, com a inaguração de obras e a consolidação de programas importantes. A presidente, entretanto, parece não ter cartas na manga para 2014. “A gente sabe que ela não tem tempo de inaugurar obras porque as obras não estão sendo realizadas. Não há tempo de ela inaugurar empreendimentos como a transposição do rio São Francisco”, diz o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

O cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília, afirma que o governo ainda não tem uma marca que conquiste o eleitorado – apesar de programas como o Brasil Sem Miséria. “Dilma vai ter de inventar uma outra bandeira”, afirma. Um sinal de que o eleitor, embora aprove a presidente não se entregou incondicionalmente a ela vem da já mencionada pesquisa Datafolha: 73% da população diz ainda não ter escolhido seu candidato pra 2014.

Reação – A queda de popularidade não pode ser atribuída ao desleixo da presidente com sua imagem. Pelo contrário: desde o começo do ano, ela intensificou o anúncio de medidas de apelo popular, passou a viajar mais pelo país, aumentou sua exposição nas cadeias de rádio e TV e passou a discursar mais vezes, e por mais tempo, em eventos da Presidência – o que garante exibição no noticiário.

A estratégia de Dilma, moralmente questionável, é comum na política brasileira. Ao mesmo tempo em que ela embarcava na campanha antecipada, Aécio Neves e Eduardo Campos, também ocupantes de cargos públicos, faziam o mesmo. E por isso a queda na popularidade da presidente pode servir como um alerta importante: o recuo ocorreu exatamente no período em que Dilma crescia em exposição nos meios de comunicação.

Os petistas dizem que tudo está sob controle. “Em 2009 o PIB diminuiu, a presidente tinha 4% nas pesquisas e José Serra tinha 45%. Isso não significa nada”, diz o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, também faz pouco da queda de popularidade: “Pesquisa sobe e desce. É da vida. O mais importante é o trabalho e o resultado do trabalho frente à situação que temos no mundo e no Brasil.”

Mas são claros os sinais de que o governo recebeu os números com preocupação. Já na primeira aparição pública depois da divulgação das pesquisas, Dilma Rousseff usou uma obviedade para enfatizar sua disposição em impedir o avanço da inflação: “Não há a menor hipótese de que o meu governo não tenha uma política de controle, de combate à inflação”, disse ela, que também criticou duramente o que acredita serem “Velhos do Restelo” – pessimistas que torceriam contra sua gestão.

De qualquer forma, como mostram as pesquisas de popularidade, o jogo eleitoral é uma guerra defensiva em que a política é apenas parte do campo de batalha enfrentada por Dilma Rousseff. Em 2014, quanto mais incertezas houver na economia, mais difícil vai ser convencer o eleitor a dar mais quatro anos de mandato à chefe do Executivo.

Título da Copa de 1970 completa 43 anos; veja onde e como estão os campeões do Tri

seleção do triUm dos títulos mais emblemáticos e históricos do futebol brasileiro completa nesta sexta-feira (21) 43 anos. A conquista em definitivo da taça Jules Rimet, durante a Copa do Mundo de 1970, fez a Seleção Brasileira entrar, de forma definitiva, no hall das melhores equipes da história do esporte.

Conquistada no dia 21 de junho de 1970, no período em que o Brasil vivia o auge da Ditadura Militar e era palco de confrontos patrióticos semelhantes ao vividos atualmente, com uma sonora goleada diante da Itália, por 4 a 1, no Estádio Azteca completamente lotado, a Copa do Mundo de 1970 mostrou ao mundo craques como Jairzinho, Tostão e Gérson, além de sacramentar o sucesso de PeléRivelino Carlos Alberto Torres.

Para celebrar esta importante data do futebol brasileiro, o Virgula Esporte separou, de forma detalhada, a situação atual de cada um dos 22 jogadores que ajudaram o Brasil a conquistar o terceiro título mundial, além do técnico Zagallo, presente em todas as conquistas.

Goleiros: 

Félix: Titular da conquista da Copa do Mundo do México, em 1970, o ex-goleiro Félix faleceu no dia 24 de agosto de 2012, às 7h, aos 74 anos de idade, no Hospital Vittoria, no Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo, em decorrência a um enfisema e posterior a várias paradas cardiorrespiratórias.

Ado Stinghen: Reserva de Félix na Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970, Ado mora atualmente no bairro do Brooklin, zona sul de São Paulo e, aos 66 anos de idade, coordena duas escolinhas de futebol, uma no Morumbi e outra em Alphaville.

Emerson Leão:
 Terceiro goleiro daquela Copa do Mundo, com apenas 21 anos de idade, Emerson Leão atualmente trabalha como técnico de futebol. Demitido recentemente do São caetano, o ex-goleiro, de 63 anos, está atualmente desempregado.

Defensores: 

Brito: Um dos únicos jogadores contestados por estar na convocação para a Copa de 1970, Brito vive atualmente na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Aos 73 anos de idade, o ex-zagueiro aproveita sua aposentadoria na cidade de onde nunca saiu.

Piazza: Aos 66 anos, Wilson da Silva Piazza, ex-volante do Cruzeiro e da Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo de 1970, vive atualmente em Belo Horizonte. Após trabalhar como vereador e também comentarista esportivo, hoje em dia o campeão de 70 é o presidente da FAAP, Federação das Associações de Atletas Profissionais.

Carlos Alberto Torres: Capitão do Tri e um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, Carlos Alberto Torres, hoje com 68 anos, trabalha como embaixador mundial da Visa, uma das patrocinadoras oficiais da Copa do Mundo no Brasil.

Marco Antônio: Depois de trabalhar por um bom tempo nas categorias de base do São Cristóvão, do Rio de Janeiro, o ex-lateral-esquerdo Marco Antônio Feliciano, atualmente com 62 anos de idade, está no projeto Sendas Esporte Clube, que tem como objetivo revelar futuros craques.

Baldocchi: José Baldocchi era reserva de Brito nesse esquadrão hoje é fazendeiro, produzindo café, leite e soja, além de ser dono da Baldocchi Madeira & Móveis na cidade de Batatais, interior de São Paulo.

José Anchieta Fontana: tricampeão mundial em 70, no México, com a Seleção Brasileira, morreu de infarto no dia 10 de setembro de 1980, em Santa Leopoldina, no Espírito Santo, aos 39 anos de idade. Fontana, que deixou três filhos (Sabrina, Bernardo e Fabrício), teria hoje uma neta (Luana), filha de seu filho Fabrício.

Everaldo: Everaldo Marques da Silva, lateral-esquerdo da Seleção Brasileira na Copa de 70, faleceu em um acidente de automóvel na BR-290, no Rio Grande do Sul, no dia 27 de outubro de 1974.

Joel Camargo: Conhecido como “Açucareiro”, por jogar um futebol bonito com os braços abertos, Joel Camargo foi quarto-zagueiro do Santos e da Seleção Brasileira. Aos 66 anos de idade, ele continua morando em Santos. Aposentado, Joel já trabalhou no porto, deu aulas de futebol em uma escolinha no bairro da Encruzilhada, em Santos, e foi também professor de escolinhas da prefeitura de São Paulo, uma iniciativa abortada parcialmente pelos prefeitos Celso Pitta e Marta Suplicy.

Zé Maria: Ídolo do Corinthians e um dos campeões da Copa de 1970, Zé Maria, o José Maria Rodrigues Alves, está atualmente com 64 anos de idade, mora no bairro de Santana, na Zona Norte de São Paulo, e trabalha em um projeto da Febem.

Meias: 

Clodoaldo: Clodoaldo Tavares de Santana, ex-volante da Seleção Brasileira, foi um dos destaques daquele mundial. Aos 63 anos de idade e aposentado de quaisquer atividade profissional, Clodoaldo sempre é visto nos jogos do Santos, clube que disputou mais de 500 partidas e exerceu cargos como diretor, vice-presidente e gerente de futebol.

Gérson: Conhecido como “Canhotinha de Ouro”, Gérson ficou famoso por seus lançamentos de mais de quarenta metros de distância e seu passe preciso. Titular daquela seleção em 1970, o ex-volante de Flamengo, Botafogo, São Paulo e Fluminense atualmente trabalha como comentarista da Rádio Bradesco Esportes, no Rio de Janeiro, além de coordenar uma escola de futebol em Niterói.

Rivellino: Atualmente com 67 anos, Rivellino era um dos jovens daquela seleção, mas ali mesmo mostrou a qualidade que o consagrou. Titular do time de Zagallo, o ex-jogador de Corinthians e Fluminense hoje trabalha como comentarista do programa Cartão Verde, da TV Cultura.

Paulo Cesar Caju: Ídolo de times como Botafogo e Flamengo, Paulo Cesar Caju, hoje com 64 anos de idade, trabalha para a empresa Global Sports, é olheiro de Olympique de Marselha, da França, além de ser sócio em academia de ginástica no Leblon, no Rio de Janeiro.

Atacantes: 

Jairzinho: Jair Ventura Filho, o popular Jairzinho, que ficou conhecido na Copa do Mundo de 1970 como o “Furacão da Copa”, trabalha atualmente como empresário de jogadores de futebol. Aos 68 anos de idade, ele foi um dos responsáveis por descobrir Ronaldo Fenômeno.

Tostão: Colunista esportivo do jornal Folha de S. Paulo, Tostão, atualmente com 66 anos de idade, foi um dos grandes destaques da Seleção Brasileira que disputou e conquistou a Copa do Mundo de 1970. Mesmo se aposentando do futebol cedo, por conta de um descolamento de retina, o craque fez história nos gramados.

Pelé: Principal ídolo do futebol brasileiro e certamente o maior jogador da história, o Rei Pelé, que, além da Copa de 70, ajudou o Brasil nas conquistas de 1958 e também em 1962, atualmente está com 72 anos e trabalha como embaixador mundial do futebol e possui alguns empreendimentos comerciais.

Edu: Aos 63 anos de idade, o ex-santistas Edu, um dos eternos parceiros de Pelé, mora na cidade de Santos e não exerce nenhuma atividade profissional, mas quase sempre é visto na Vila Belmiro aproveitando sua aposentadoria.

Dadá Maravilha: O boa praça Dadá Maravilha, aos 67 anos de idade, vive atualmente na cidade de Belo Horizonte, onde trabalha como comentarista da TV Alterosa, filial mineira do SBT, e assina uma coluna em um jornal local.

Roberto Miranda: Centroavante de Botafogo e também da Seleção Brasileira, Roberto, que foi reserva do time campeão de 70, está com 69 anos e trabalha atualmente como funcionário público no projeto para venda de remédios mais baratos para a população de baixa renda.

Técnico

Zagallo: Mario Jorge Lobo Zagallo, treinador da Seleção Brasileira campeã do mundo de 1970, o “Velho Lobo” está aposentado de qualquer atividade envolvendo futebol e, aos 81 anos de idade, vive no Rio de Janeiro.

 

Em pronunciamento, Dilma anuncia pacto com prefeitos e governadores para discutir mobilidade urbana

DilmaEraldoPeresAP301

Em pronunciamento de dez minutos em cadeia nacional de rádio e televisão nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que irá convidar governadores e prefeitos de todo país para “somar esforços” e discutir um pacto para a melhoria dos serviços públicos nas áreas de saúde, educação e transporte. “Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos.”

O pacto, segundo a presidente, terá três focos: um Plano Nacional de Mobilidade Urbana para privilegiar o transporte coletivo; a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação e trazer “de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde)”.

O pronunciamento de hoje da presidente acontece após uma série de reuniões com ministros no Palácio do Planalto nesta sexta. A fala foi gravada durante a tarde e teve duração de 10 minutos. Ela condenou a violência “promovida por uma pequena minoria”, que “envergonha o Brasil”.

A mandatária afirmou ainda que o governo federal pretende elabora um Plano Nacional de Mobilidade Urbana para privilegiar o transporte coletivo.

 No início do pronunciamento, a presidente comentou a onda de protestos que levou, só ontem, mais de 1 milhão de pessoas às ruas do país. “Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas.”

Dilma criticou, no entanto, a violência de “pequenas minorias” em alguns dos protestos. “Se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também correndo o risco de colocar muita coisa a perder.”

Ela pediu que os manifestantes façam seus protestos de maneira “pacífica e ordeira”. “Os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar e criticar tudo. (…) Mas precisam fazer isso de forma pacífica e ordeira.”

 

“O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos principais centros urbanos”, completou.

“Não podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil. Asseguro a vocês: vamos manter a ordem.”

Copa do Mundo

A presidente também usou parte do pronunciamento para falar sobre a Copa do Mundo de 2014, um dos focos de protesto dos manifestantes.

“Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governos que estão explorando estes estádios.”

“Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a saúde e a educação.”

Ela pediu que os brasileiros sejam hospitaleiros com os visitantes que devem vir ao país para o evento. “Precisamos dar aos nossos povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e alegria. É assim que devemos tratar os nossos hóspedes.”


Ministério Público Federal pede anulação do concurso público da UFMA

ufmacapa2013-300x225

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) propôs ação civil pública contra a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) por irregularidades verificadas na aplicação de concurso público para provimento de vagas na carreira do magistério superior. Na ação, o MPF/MA pede, em caráter liminar, a suspensão do concurso e dos cargos de dois professores do curso de Direito, nomeados pela instituição.

O concurso foi aberto, no final de 2011, para o preenchimento de seis vagas de professor adjunto e assistente da instituição, sendo que três destas vagas eram direcionadas para disciplinas do curso de Direito da UFMA.

Segundo o MPF, apesar de determinação prevendo que as provas de concurso público devem ser realizadas 60 dias após a publicação do edital, as avaliações para os candidatos às vagas do curso de direito foram agendadas para o início de janeiro de 2012, pouco mais de 30 dias após a abertura do concurso.

Para as vagas de professor do curso de Direito, o edital previa, ainda, que os candidatos poderiam ter titulação inicial de mestre, medida em desacordo com a resolução que regulamenta as normas sobre os concursos públicos para provimento de cargos da carreira do magistério da educação superior, que exige a titulação de doutor para professor adjunto e assistente.

Para o MPF/MA, o concurso é marcado por irregularidades, uma vez que, em investigação feita pelo órgão, foi constatado que professores substitutos da UFMA, mesmo sendo candidatos do processo, participaram das decisões referentes às datas, etapas e banca examinadora do certame. “Em depoimentos de testemunhas, comprovamos a existência de vínculos afetivos entre alguns candidatos e a banca examinadora do concurso”.

Na ação, o MPF/MA quer a anulação do concurso público, a suspensão do exercício dos cargos de professores de Jaqueline Prazeres de Sena e Márcio Aleandro Correia Teixeira, e a proibição de convocação de novos candidatos aprovados no certame.

 

 

 

Joaquim Barbosa lidera corrida presidencial entre manifestantes, aponta Datafolha

País em protestoApesar de não figurar na lista de pré-candidatos ao Palácio do Planalto, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, aparece como o preferido dos manifestantes paulistanos para suceder Dilma Rousseff, mostra pesquisa do Datafolha realizada nessa quinta-feira (20).

De acordo com o instituto, Barbosa foi mencionado por 30% dos entrevistados, contra 22% da ex-senadora Marina Silva, que tenta montar a Rede Sustentabilidade para concorrer ao Planalto em 2014. Dilma (PT) aparece em terceiro na lista, com 10% das menções.

O levantamento foi realizado durante os protestos de ontem na avenida Paulista, região central da cidade.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), com 5%, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 1%, vêm logo a seguir.

A margem de erro da pesquisa, que entrevistou 551 manifestantes, é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. No limite, Barbosa e Marina poderiam ter 26% das preferências, mas, segundo o Datafolha, a probabilidade de que esse cenário seja real é muito pequena.

Sétimo ato do Movimento Passe Livre em SP

Manifestantes se beijam e criticam deputado e pastor Marco Feliciano

DESCOMPASSO

A última pesquisa nacional do Datafolha para a corrida de 2014 –finalizada no dia 7, antes da onda de manifestações que tomou conta do país– mostrava Dilma na liderança, com 51% das intenções de voto no cenário mais provável, sete pontos percentuais a menos do verificado no levantamento anterior, de março.

Marina (16%) e Aécio (14%) estavam empatados em segundo lugar.

No cenário em que o nome do presidente do Supremo aparece, ele tinha 8% (levada em conta só a população da cidade de São Paulo, o ministro atingiria 11%).

Editoria de Arte/Folhapress

Barbosa teve ampliada a sua exposição nacional desde o ano passado devido ao julgamento do mensalão, processo que ele relatou e que resultou na condenação de 25 réus, entre eles a antiga cúpula do PT.

Seu nome ganhou força nas redes sociais como possível candidato à sucessão de Dilma. Para isso, ele teria que deixar o STF e se filiar a um partido político até o início de outubro deste ano –um ano antes das eleições.

Até agora, Barbosa não tem manifestado intenção de se candidatar à Presidência. Em dezembro, após o Datafolha mostrá-lo com até 10% das intenções de voto para a Presidência, ele reiterou ser um “ser absolutamente alheio a partidos políticos”, mas se disse lisonjeado com os números.

“A pesquisa me deixou evidentemente lisonjeado. Qual brasileiro não ficaria satisfeito em condições idênticas à minha. Ou seja, pessoa que nunca fez política, nunca militou em partido político, nem mesmo em associações, sempre dedicou a sua vida ao serviço do Estado brasileiro, da sociedade brasileira, espontaneamente se ver contemplado com números tão alvissareiros. Evidente que isso me deixou bastante lisonjeado e agradecido também àqueles que ousaram citar meu nome”, afirmou à época.

REJEIÇÃO

Além da preferência por Barbosa, que não pertence a um partido político, os números também mostram rejeição dos manifestantes aos nomes colocados até o momento para a disputa. Ao todo, 27% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos candidatos.

Esse percentual é mais de três vezes superior ao observado na pesquisa nacional do Datafolha do início do mês. Na época, 6% dos eleitores disseram que votariam em branco, nulo ou não manifestaram preferência por nenhum candidato (11% se considerados apenas os eleitores paulistanos). (RANIER BRAGON)

Mais de 30 mil são esperados no manifesto ‘Acorda Maranhão’

protestos

Está prevista para a tarde deste sábado (22/6) uma manifestação que, pelo o que tudo indica, terá grande mobilização da população ludovicense. O movimento “Acorda Maranhão” promete tomar as ruas do centro de São Luís com cartazes, bandeiras, gritos de ordem e protestos que estão sendo levantados em todo o país.

 

Até a manhã de sexta-feira, 21/06, mais de 30 mil pessoas já haviam confirmado a sua presença na página do evento no Facebook. O que chama a atenção nesse número, além da quantidade, é a variedade do perfil dos manifestantes: desde universitários, secundaristas, professores, aposentados, artistas, entre outros. Se essa quantidade de manifestantes for confirmada, superará o contingente do movimento “Vem Pra Rua”, que reuniu, aproximadamente, 10 mil pessoas no centro da cidade na quarta-feira passada, 19/06.

 

As principais reivindicações que a manifestação pretende levar às ruas são diversas e abrangem questões locais e nacionais: saúde pública de qualidade, segurança pública de qualidade, melhorias na educação e no transporte público, a saída do atual presidente do senado Renan Calheiros, a inviabilidade da PEC 37, a transformação do crime de corrupção em hediondo, a prisão dos condenados por corrupção e investigação dos gastos públicos com a Copa do Mundo de 2014.

 

O movimento é organizado por um grupo que atende pelo o mesmo nome da manifestação, e que já participou de outras manifestações em São Luís. Diferente de outros movimentos em todo o território nacional, o “Acorda Maranhão” tem um posicionamento político um pouco mais definido. Ainda assim, o grupo apresenta-se apartidário. Na página oficial do evento, o “Acorda Maranhão” deixa claro que é contra a qualquer tipo de vandalismo ao bem público e a violência entre manifestantes e policiais.

 

A concentração da manifestação está marcada para as 14 horas, na Praça Maria Aragão. O percurso planejado pela organização é: Praça Maria Aragão – Beira-Mar – Palácio dos Leões – Prefeitura – Tribunal de Justiça – Praça Dom Pedro II – Rua do Egito – terminando na Ponte do São Francisco, ocupando toda a sua extensão.

 

Americanos especialistas em segurança visitam TJMA

Guerreiro e americanos

Os especialistas em segurança norte-americanos Charles Saba, Richard Rippy e Shene McSheehy foram recebidos pelo presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Antonio Guerreiro Júnior, e um grupo de juízes, nesta quinta-feira (20).

Os instrutores ministram curso sobre segurança pessoal e institucional para a magistratura nesta sexta-feira (21), no Fórum Des. Sarney Costa, em São Luís, das 9h ao meio-dia.

O curso, promovido pela Comissão de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), é uma das ações do programa de política de segurança institucional desenvolvido pela atual gestão da Corte estadual, com recursos do Fundo Especial de Modernização e Aparelhamento do Poder Judiciário (Ferj).

Na reunião, o desembargador Guerreiro Júnior falou dos investimentos realizados pela sua administração na Justiça de 1º e 2º graus, notadamente na área de segurança, com a criação de comissão técnica para atendimento à demanda dos magistrados que se queixavam de problemas com ameaças de agressões, furtos e arrombamentos de fóruns nas comarcas e treinamento no exterior.

“O futuro da Justiça estadual está nas mãos dos juízes. Se eles estiverem bem preparados, terei cumprido o meu papel na história”, ressaltou o presidente, sobre os investimentos na capacitação de magistrados.

Charles Saba, comandante da “US Police Instructor Teams (USPIT)”, com 20 anos de experiência em treinamento policial e capacitação de profissionais na área da segurança, disse que os juízes podem esperar do curso uma mudança de percepção no meio ambiente onde eles atuam.

“Temos de inculcar na cabeça de cada juiz uma nova visão de mundo, mais perspicaz e afiada. O perigo ronda e o juiz está no topo da pirâmide. Então, todos que dependem de uma decisão da Justiça precisam saber que ele tem tranquilidade para julgar bem. E esse curso traz tranquilidade ao magistrado”, disse.

SWAT – Este ano, 38 magistrados e servidores do Judiciário maranhense já participaram de curso de segurança nos Estados Unidos, ministrado por Saba e equipe da ativa da SWAT – unidade da polícia norte-americana formada por policiais treinados para reduzir riscos em situações de emergência.

Após o treinamento, alguns juízes tomaram medidas de modo a reforçar a segurança pessoal e no local de trabalho. “A mudança da posição de testemunhas e presos na hora de prestar depoimentos no Júri; a fixação dos microfones na mesa de audiência; e instalação de travas em portas e janelas, além de mudança na forma de entrar e sair do carro foram algumas delas”, informou o juiz Mário Márcio (1ª Vara da comarca de Viana).

Celso Pinheiro Júnior, juiz da 1ª vara de Bacabal e um dos beneficiados pelo curso, disse que o treinamento serviu para que os juízes tivessem mais precaução em sua vida pessoal e profissional, porque não tinham conhecimento técnico a respeito do assunto. “Essa foi a grande lição que aprendemos”, declarou.

Para o diretor de Segurança Institucional do TJMA, Capitão Alexandre Magno, houve uma mudança de comportamento entre os juízes que participaram do treinamento: “Eles estão mais preocupados e mais cuidadosos com a segurança pessoal e familiar”.

Os juízes José Nilo Ribeiro Filho, auxiliar da presidência, e Paulo de Assis Ribeiro, coordenador do planejamento estratégico, também contribuíram com a discussão do tema, citando ações bem-sucedidas do Tribunal na área da segurança.

CNJ – Em maio passado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou proposta de resolução que institui o Sistema Nacional de Segurança do Poder Judiciário (SINASPJ). As diretrizes, medidas, protocolos e rotinas de segurança devem ser seguidos por todos os tribunais brasileiros.

 

 

Pesquisa aponta força das redes sociais e enfraquecimento dos 3 Poderes

Recente pesquisa Datafolha mostra que as chamadas Redes Sociais já se tornaram a  mais influentes instituição do país, com a Imprensa em segundo lugar e a Igreja Católica em terceiro, seguida bem de perto pela Igreja Universal, vejam o crescente poder dos evangélicos, cujas seitas, somadas, já são mais importantes do que a Igreja Católica.

Essa nova configuração muda tudo, tira o poder das mãos das autoridades. Parece um sinal dos tempos, em que a política tradicional sai fora de seu eixo. Os movimentos das redes sociais não cultivam ideologia alguma. São apartidários, pela própria natureza. E reclamam de tudo, principalmente dos problemas dos transportes; da corrupção das elites; das más condições de vida; da injustiça social, da gastança com as obras da Copa e por aí a fora.

A mensagem parece clara: ou as autoridades dos Três Poderes moralizam sua atuação e passam a trabalhar em consonância com o interesse público, ou o processo vai se radicalizar, sem que ninguém possa saber aonde chegaremos.

Não podemos seguir tentando que a miséria absoluta e a riqueza total convivam em harmonia. Isso jamais acontecerá. Já dissemos aqui que o País tem de caminhar para um tipo de sociedade em que a força de trabalho seja mais valorizada. Não pode existir diferença abissal entre o maior salário e o menor salário, é preciso haver uma maior aproximação.

Nesse tipo de sociedade que estamos criando, os jovens sempre terão fortíssimos motivos para se rebelar.  Essa geração que está no poder, na qual me incluo, é mesmo um fracasso.

 

Procuradores vão fazer ato público contra PEC de Lourival Mendes

Lourival Mendes

Lourival Mendes

Procuradores da República, servidores e estagiários do Ministério Público Federal de São Paulo vão participar de ato público contra a PEC37, chamada de PEC da Impunidade, neste sábado, 22. A manifestação será realizada no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista – palco das maiores concentrações e passeatas de manifestantes contra a corrupção no País. A PEC é de autoria do deputado federal maranhense Lourival Mendes (PT do B).

A PEC 37 é a proposta de emenda à Constituição que alija promotores de Justiça e procuradores da República das investigações de natureza criminal, conferindo tal atribuição exclusivamente às polícias judiciárias – Federal e dos Estados.

A PEC 37 irrita o Ministério Público em todo o País. Diante do impasse, a votação da emenda na Câmara poderá ser adiada.

O ato público contra a emenda terá início às 15 horas deste sábado. Serão estendidas faixas com as inscrições “PEC 37: não é para adiar, é para rejeitar” e “PEC 37: menos corrupção, mais investigação.”

Segundo a Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal de São Paulo a iniciativa busca “mostrar pacificamente a indignação com a proposta que pode alterar a Constituição Federal para excluir o Ministério Público das apurações dos crimes de qualquer natureza”.

De acordo com o texto da PEC, apenas as polícias federal e civil dos estados e do Distrito Federal terão atribuição para investigar as infrações penais de qualquer natureza.

Para o procurador-chefe em exercício do Ministério Público Federal de São Paulo, Áureo Lopes, “a sociedade tem demonstrado, nos recentes protestos realizados nas ruas de várias cidades do país, seu repúdio à corrupção e à impunidade”.

“A luta contra a PEC 37, a PEC da Impunidade, está a cada dia mais presente na pauta das manifestações”, observa Lopes. “Se queremos efetividade no combate à corrupção, o poder de investigação não pode ficar restrito apenas às polícias, que são subordinadas ao Executivo.”

O procurador destaca que em casos importantes como o recente escândalo da Máfia do Asfalto – organização que fraudava licitações no interior do Estado de São Paulo -, não teriam sido esclarecidos sem a atuação do Ministério Público Federal.

“O Ministério Público identificou a fraude a partir da análise de documentos sobre convênios firmados por prefeituras com o Governo Federal. Essa análise documental foi inteiramente feita pelo Ministério Público, e as irregularidades detectadas serviram para instruir a requisição de instauração de inquérito policial para o aprofundamento das investigações.”

“Se o Ministério Público não tivesse esse poder de requisitar documentos e de analisá-los, o caso provavelmente não teria vindo à tona”, avalia.

Segundo o Ministério Público, se aprovada a PEC outras instituições, como Receita Federal, Banco Central, Tribunais de Contas da União e dos Estados, Controladoria-Geral da União, também ficarão impedidas de realizar investigações em caráter de colaboração à polícia para combater a criminalidade no País.

 

Suspeito de assassinar jornalista é preso em MG

Um policial civil de Minas Gerais foi preso sob suspeita de participação na morte do jornalista Rodrigo Neto, em março, em Ipatinga (MG), no Vale do Aço mineiro.

O investigador Lúcio Lírio Leal, 22, teve sua prisão decretada no último dia 17. Ele atuou por três anos em delegacias do Vale do Aço. Neto, do jornal “Vale do Aço”, apurava a atuação de um grupo de extermínio na região.

Além do policial civil, Alessandro Neves, 31, foi preso no último dia 14 por suspeita de participação no caso. Com condenação anterior por tentativa de homicídio, ele é conhecido, segundo a Polícia Civil, por ter “muita proximidade” com policiais.

Essas prisões só têm relação com o assassinato de Neto. Em abril, 37 dias após a morte do jornalista, o repórter fotográfico Walgney Carvalho, do “Vale do Aço”, foi morto na mesma região.

Desde as mortes, o governo mineiro montou uma força-tarefa para apurar os casos e houve a prisão de oito policiais –seis civis e dois militares– suspeitos de envolvimento nos crimes que os jornalistas investigavam.

De acordo com o delegado Wagner Pinto, a investigação indica que os jornalistas foram mortos por causa de sua atividade profissional. Segundo ele, a apuração ainda está sendo concluída e não é possível dar detalhes sobre a motivação dos homicídios.

As mortes dos jornalistas motivaram a troca da cúpula da Polícia Civil na região do Vale do Aço, no mês de abril. Os crimes amedrontaram profissionais e inibiram o trabalho da imprensa local.

Logo após as mortes, o chefe da Polícia Civil de Minas, Cylton da Matta, afirmou que o exercício do jornalismo não pode ser ameaçado e que o Estado oferecerá proteção a profissionais que solicitarem.