Políticos assustam papa em Roma e o fazem abandonar a missa

José Maria Mayrink, Estadão

O papa Francisco deixou inesperadamente a Igreja de Santo Início de Loyola, no centro de Roma, na noite desta quinta-feira, 24, após celebrar missa em ação de graças pela canonização do Padre Anchieta, cancelando uma cerimônia de beija-mão, na qual seria cumprimentado por 50 convidados, numa sala ao lado do altar.
Na interpretação dos organizadores da cerimônia, Francisco ficou assustado com o assédio de políticos brasileiros que tentavam se aproximar quando ele falava com o vice-presidente da República, Michel Temer, que veio a Roma representando a presidente Dilma Roussef.

PF liga ex-ministro Padilha a laboratório de doleiro preso

PF liga ex-ministro Padilha a laboratório de doleiro preso
Relatório sugere que petista indicou ex-assessor para empresa sob investigação

MARIO CESAR CARVALHOENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

Novo relatório da Polícia Federal sugere que o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha indicou no ano passado um ex-assessor para dirigir o laboratório farmacêutico Labogen, controlado pelo doleiro Alberto Youssef.
A suspeita da PF é baseada numa mensagem enviada pelo deputado André Vargas (PT-PR) ao doleiro por telefone celular no dia 28 de novembro e interceptada pela PF. Segundo o relatório, Vargas deu o nome e o número do ex-assessor e escreveu: “Foi Padilha que indicou”.
A PF diz que o Padilha citado é “possivelmente” o então ministro da Saúde, que deixou o cargo neste ano para se candidatar ao governo de São Paulo pelo PT. Padilha negou ontem ter indicado o ex-assessor para o Labogen.
Segundo a polícia, o dono do telefone indicado na mensagem interceptada é Marcus Cezar Ferreira de Moura, que em 2011 foi nomeado por Padilha para a função de coordenador de promoção e eventos do Ministério da Saúde.
Na época em que essa mensagem foi interceptada, o Labogen negociava sua entrada numa parceria com o ministério para produzir um medicamento considerado estratégico pelo governo, um projeto que poderia render até R$ 31 milhões em cinco anos.
Vargas e Youssef estavam à procura de um executivo para o laboratório e, de acordo com o relatório da PF, queriam achar alguém que “não levantasse suspeitas das autoridades fiscalizadoras”.
No projeto analisado pelo Ministério da Saúde, o Labogen associou-se ao laboratório da Marinha e a outro laboratório privado, o EMS, por sugestão do próprio ministério, de acordo com outras mensagens interceptadas pela PF.
A parceria foi aprovada pelo ministério em dezembro e cancelada em março, antes que fosse assinado um contrato, depois que a Folha revelou a ligação do doleiro com o Labogen e os indícios de que André Vargas tinha usado sua influência política para patrocinar a parceria.
Alberto Youssef está preso desde março, acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que pode ter movimentado ilegalmente R$ 10 bilhões nos últimos anos.
Nesta semana, ele se tornou réu numa ação em que é acusado de ter usado o Labogen e outras empresas de fachada para enviar US$ 444,7 milhões para o exterior ilegalmente.
Em outra mensagem interceptada pela polícia, de 26 de novembro, André Vargas disse ao doleiro: “Falei com pad agora e ele vai marcar uma agenda comigo”. Segundo a PF, “Pad” pode ser Padilha.
O relatório da PF cita também contatos que o doleiro teve com os deputados Cândido Vaccarezza e Vicente Cândido, do PT de São Paulo. Segundo a polícia, Youssef era esperado por Vaccarezza numa reunião que ele teve em sua casa em Brasília com Vargas e o ex-ministro Pedro Paulo Leoni Ramos, que fez parte do governo Fernando Collor e tinha interesse em comprar o Labogen.
Vaccarezza disse ontem que Vargas pode ter ido a sua casa com Alberto Youssef porque ele é vizinho do deputado em Brasília, mas negou ter se reunido com o doleiro.
Em outra mensagem analisada pelo relatório da polícia, de setembro de 2013, Vargas diz ao doleiro que precisa “captar”. Youssef conta que um executivo que trabalhava com ele esteve com Vicente Cândido em São Bernardo, mas diz que a prospecção “não andou”. Vargas responde então que “vai atuar”.
Cândido afirmou ter conhecido o doleiro numa viagem a Cuba, mas afirma não se lembrar de ter encontrado seu emissário em São Bernardo.
Segundo a PF, seis dias antes de ser preso, Youssef representou Vargas numa reunião no Funcef, o fundo de pensão da Caixa Econômica, que tem patrimônio de R$ 52 bilhões. Quem recebeu o doleiro foi Carlos Borges, diretor de participações. Não se sabe do que conversaram.

Colaboraram FLÁVIO FERREIRA e LUCAS FERRAZ, de São Paulo

Deputado Antônio Pereira defende a prefeita de Bom Jardim, Lidiane Rocha

antonio pereira

O deputado Antônio Pereira (DEM) ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa nesta quinta-feira (24), para defender a prefeita de Bom Jardim, Lidiane Rocha, que acaba de retornar ao comando do município, por força de liminar expedida pelo Juiz José Raul Goulart Junior, suspendendo a decisão da Câmara Municipal que havia determinado seu afastamento da
Prefeitura.
A reação do democrata foi motivada porque momentos antes o deputado Manoel Ribeiro (PTB) usou a tribuna da Assembléia Legislativa, para atacar a atual administração municipal de Bom Jardim, o secretário de Assuntos Políticos, Beto Rocha, e criticar a decisão do juiz, José Raul Goulart Junior, por determinando a volta da prefeita Lidiane Rocha ao comando da Prefeitura.
Antônio Pereira deixou claro que compreende a posição política dos vereadores de Bom Jardim, mas tem o dever de defender a administração da prefeita Lidiane Rocha, que durante sua gestão já conseguiu, com seu apoio e de Hildo Rocha, importantes obras de asfaltamento de ruas, de abastecimento d’água e a conclusão da estação rodoviária que estava parada há cinco anos.
De acordo com Antônio Pereira, a prefeita Lidiane Rocha enfrenta dificuldades para executar os benefícios que o povo precisa porque depois de perder a eleição, o ex-prefeito Roque Portela, no apagar da luzes de sua gestão, aumentou salários de forma exorbitante e efetivou cerca de 900 funcionários, aprovados e excedentes no concurso público da Prefeitura
Municipal.
Para Antônio Pereira, foi um ato de extrema irresponsabilidade, porque Bom Jardim tem apenas 40 mil habitantes e o ex-prefeito Roque Portela não pagou absolutamente nenhum mês de salário aos servidores públicos, inviabilizando novos investimentos, pois as despesas da Prefeitura ultrapassaram os limites estabelecidos por meio da Lei de Responsabilidade
Fiscal (54%).

“Sei que tem muita gente interessada na administração de Bom Jardim. Peço a essas pessoas que registrem as candidaturas, disputem o poder nas urnas e se coloquem à disposição da população, que precisa da ajuda para melhorar a qualidade de vida. Fiquei surpreso ao ouvir o deputado Manoel Ribeiro dizer que a decisão do juiz José Raul Goulart Junior será mudada”,
disse.

O democrata revelou que a ex-deputada e vice-prefeita Malrinete Gralhada está manipulando os ilustres vereadores para assumir o comando da Prefeitura de Bom Jardim. “A família de Malrinete Gralhada já comandou Bom Jardim por muitos anos. Ficou provado que não correspondeu aos anseios do povo. A resposta foi dada nas urnas com a eleição de Lidiane”, concluiu.
A DECISÃO DO JUIZ
Em seu despacho publicado hoje no Diário TJ/MA, o juiz José Raul Goulart Junior sentenciou: “Em análise perfunctória, tem-se que a suspensão da impetrante [Lidiane Rocha] de suas atribuições administrativas, sem o estabelecimento do contraditório e sem a oportunidade do exercício da defesa ampla, apresenta-se, em princípio, como ato anômalo e arbitrário do órgão processante”.

Arnaldo Melo comete crime eleitoral que pode prejudicar Lobão Filho

edinhochegadentro

No afã de conquistar a vaga de candidato ao Senado na chapa do senador Lobão Filho, o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB) cometeu um crime eleitoral que pode prejudicar o recém lançado candidato ao governo do Maranhão.
Arnaldo Melo determinou a transmissão do lançamento da pré-candidatura de Lobão Filho pela TV Assembleia, num flagrante crime eleitoral.
Como todo mundo sabe, a TV Assembleia é órgão do parlamento estadual, criado para divulgação das ações dos deputados estaduais. Lançamento de pré-candidaturas são eventos de cunho meramente partidário.
Se a oposição soubesse explorar os erros dos adversários, essa ação de Arnaldo Melo já teria sido denunciada ao Ministério Público Eleitoral, com outros temperos, já que na AL, durante o lançamento, haviam grupos de pessoas com camisetas ostentando o número 15, do PMDB. Isso é propaganda eleitoral antecipada.
Com tamanha bajulação, Arnaldo Melo pode ser uma pedra no calçado de Lobão Filho.

Habitação para servidores é solicitada por José Joaquim

José Joaquim

José Joaquim

O vereador José Joaquim (PSDB) está solicitando ao prefeito Edivaldo Holanda, aos secretários municipais de Urbanismo, Diogo Diniz Lima, e de Administração, Mittyz Carneiro Rodrigues, estudos que viabilizem um Programa Municipal de Habitação para os servidores municipais. Esse programa sugerido pelo parlamentar social democrata será subsidiado pelos programas federais do tipo Minha Casa Minha Vida.
José Joaquim acentua que “com esse programa, o poder público irá possibilitar aos servidores que moram de aluguem, adquirir sua casa própria dentro da renda que recebem”. A propositura do vereador tucano, que reitera proposições anteriores, “tem a finalidade de proporcionar moradia digna para as pessoas que se esforçam para a garantia dos serviços da máquina administrativa municipal para a população, e é também uma forma do poder público reconhecer o trabalho árduo dos seus servidores”.

Pedro Lucas quer a criação de Comitê Gestor Municipal

Pedro Lucas

Pedro Lucas

O vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB) vai propor a criação de um Comitê Gestor Municipal cuja função será a atualização periódica do endereço de São Luís, que sofre com a troca de nomes e números e com o surgimento constante de novas ruas, consequência do crescimento da cidade. Atendendo a solicitação de moradores da Zona Rural, Pedro Lucas reuniu-se recentemente com representantes dos Correios no Maranhão, entre eles Silvio Eduardo Silva (Gerente de Operações) e Rosemary Nunes (Coordenadora de Unidade Operacional), onde tratou do assunto. Durante a reunião, o vereador também fez um convite para que representantes dos Correios participem das audiências públicas a serem realizadas na Câmara Municipal para tratar do Plano Diretor do Município.
“Tenho recebido várias demandas de moradores apontando as dificuldades enfrentadas em razão da falta de endereço oficial e de não estarem recebendo suas correspondências na data correta, além da dificuldade de conseguir crédito por falta de comprovação de residência fixa. O comitê servirá para manter atualizado o cadastro de endereços, já que sempre são criadas e renomeadas novas ruas, principalmente na zona rural”, explicou o vereador.
Em 2010, os Correios realizaram o cadastramento de todas as ruas da e mantiveram contato com a Secretaria de Urbanismo com o objetivo de firmar um termo de cooperação para regularizar a questão cadastral no município. O processo, porém, parou sem que fosse concluído. “Vamos entrar em contato com os setores envolvidos para que a discussão seja retomada e o problema sanado. A população não pode ser penalizada pela inércia de quem quer que seja”, declarou Pedro Lucas Fernandes.
De acordo com portaria do Ministério das Comunicações, os Correios devem entregar em domicílio sempre que houver correta indicação do endereço de entrega (logradouros e vias com placas indicativas de nomes instalados pelo órgão municipal ou distrital responsável e imóveis com numeração de forma ordenada, individualizada e única) no objeto postal nos distritos que possuir mais de 500 habitantes, conforme o censo do IBGE.

Brasil registra maior número de assassinatos de jornalistas na América Latina em 15 anos

(O Globo)
Com quatro mortes ocorridas no primeiro semestre, o Brasil registrou no ano passado, ao lado da Guatemala, o maior número de assassinatos de jornalistas entre todos os países das Américas, segundo o Relatório Anual sobre Liberdade de Expressão preparado pela relatoria especial do tema na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). O documento, divulgado nesta quinta-feira, relaciona o Brasil entre as nações do continente nas quais houve recentemente avanço significativo de assassinatos de profissionais de comunicação. Em uma década e meia, entre 1995 e 2010, o país testemunhou 26 casos. No triênio 2011-2013, foram 15 mortes. A cobertura de manifestações adicionou perigo ao exercício da atividade jornalística, complementou o órgão, no Brasil e em outros países da região.
Honduras e México são outros Estados com estatísticas de mortes de jornalistas preocupantes. Foram assassinados 18 profissionais no continente em 2013 – todos na América Latina. O relatório completo está disponível no endereço eletrônico www.cidh.oea.org.
“No caso do Brasil, a violência tem estado associada à investigação de esquadrões da morte e do crime organizado, a violações de direitos humanos cometidas pelas forças de segurança do Estado, à corrupção e à conduta de servidores e políticos locais”, afirma o documento, assinado pela relatora especial de Liberdade de Expressão, Catalina Botero, que goza de independência em suas atividades e está no último ano do segundo mandato de quatro anos.
Em 22 de fevereiro do ano passado, o jornalista Mafaldo Bezerra Goes, âncora da Rádio FM Rio Jaguaribe, foi assassinado com cinco tiros em Jaguaribe, no Ceará, após ser emboscado por dois indivíduos. Ele estava recebendo ameaças de morte por denunciar crimes na região.
Num espaço de 40 dias, dois jornalistas foram assassinados em 2013 na região do Vale do Aço, em Minas Gerais. O repórter de Polícia do jornal “Vale do Aço”, Rodrigo Neto de Faria, também âncora do “Plantão Policial” da Rádio Vanguarda, foi morto com dois tiros em 8 de março, em Ipatinga. Ele vinha recebendo ameaças por denúncias de corrupção policial e crimes. Duas pessoas, entre elas um policial, foram indiciadas pelo crime.
Em 14 de abril, o fotógrafo Walgney Carvalho, que trabalhava no “Vale do Aço”, foi assassinado com vários tiros por um motoqueiro enquanto jantava em um restaurante de Coronel Feliciano. O acusado foi um dos assassinos de seu colega Rodrigo, com o qual havia feito reportagens e compartilhado informações.
A última morte registrada no ano passado foi a de José Roberto Ornelas de Lemos, diretor administrativo, jornalista e filho do dono do diário “Hora H”, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no estado do Rio. Ele já havia sofrido um atentado em 2005. O periódico é especializado em cobertura policial. Emboscado por quatro homens em uma padaria, José Roberto foi alvo de mais de 40 tiros em 11 de junho.
O Estado, recomenda a Relatoria, deve reforçar seu papel de protetor da integridade dos profissionais de comunicação e enfatizar a investigação dos casos de violência, conforme o item 9 da Declaração de Princípios de Liberdade de Expressão da CIDH, adotada em 2000. O órgão observa que o Brasil precisa oferecer proteção adicional às testemunhas deste tipo de crime, que acabam muitas vezes assassinadas, o que promove a impunidade.
“O assassinato, o sequestro, a intimidação e/ou as ameaças a comunicadores sociais, bem como a destruição de meios (e instrumentos) de comunicação, violam os direitos fundamentais dos indivíduos e restringem severamente a liberdade de expressão. O Estado tem o dever de prevenir e investigar essas ocorrências, punir os culpados e assegurar que as vítimas recebam a devida compensação”, diz o Princípio 9.
Segunda a relatoria, há, porém, progresso no Brasil no combate à violência contra jornalistas. O documento lista uma série de decisões judiciais condenando assassinos de profissionais de imprensa como avanço em relação à impunidade – citando o julgamento dos assassinos do repórter da TV Globo Tim Lopes como exemplo para toda a América latina – e saúda a criação do Grupo de Trabalho federal sobre direitos humanos dos profissionais de mídia.
A intenção do governo de criar programa especial de proteção a jornalistas foi considerada uma das ações de destaque nas Américas em 2013, ao lado de iniciativas semelhantes de México, Honduras e Guatemala. Também é vista como medida acertada o projeto de lei que dá à Polícia Federal autorização para investigar crimes contra jornalistas e a mídia de forma geral.
Documento destaca protestos do ano passado
O relatório dá importância especial aos protestos do ano passado, que levaram milhões às ruas brasileiras em diversos estados. A Relatoria de Liberdade de Expressão recebeu 56 denúncias de casos de violência contra jornalistas em apenas cinco meses, englobando agressões por policiais (28) e manifestantes (16), uso deliberado de balas de borracha contra quatro profissionais de imprensa – com danos permanentes de visão a alguns deles – e a prisão arbitrária de sete repórteres durante a cobertura dos eventos.
O documento, porém, menciona o relatório da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) pelo qual a contabilidade sobe para 102 ataques a jornalistas, dos quais 77 realizados por forças policiais.
A Relatoria enfatiza a necessidade de o Estado implementar as diretrizes da Declaração Conjunta (com a relatoria da Organização das Nações Unidas) sobre Violência contra Jornalistas na Cobertura de Protestos, do ano passado, pela qual o trabalho da imprensa deve ser protegido, com a adoção de protocolos pela Polícia com esta finalidade, e o acesso aos locais deve ser viabilizado, para garantir o direito à informação da população. As autoridades devem vir a público condenar agressões aos profissionais de comunicação.
Iniciativas do governo brasileiro foram elogiadas pela Relatoria. Entre os destaques estão a resolução do Centro de Defesa de Direitos da Pessoa Humana da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência recomendando que não sejam utilizadas armas de fogo e seja restrito o uso de ferramentas como gás lacrimogêneo e sprays de pimenta pela Polícia em manifestações e a criação de um grupo para estudar a regulamentação dessas armas não-letais.
O órgão da CIDH também recomenda o treinamento de jornalistas para situações de risco – como coberturas de manifestações e áreas conflagradas – pelos veículos de comunicação.
Outro tema que suscita a preocupação da Relatoria é a grande quantidade de ações criminais contra jornalistas, condenados por calúnia, difamação, desacato e injúria à prisão e ao pagamento de compensação financeira, conforme prevê o Código Penal, de 1940 e atualmente em revisão pelo Congresso Nacional. O documento sugere que juízes não observam o critério de proporcionalidade nas sentenças e que políticos, autoridades e servidores estão entre os principais litigantes da imprensa.
Comentários negativos contra o senador José Sarney em um blog levou a Justiça Eleitoral do Amapá a condenar a jornalista Alcinéa Cavalcanti, que teve contas e bens bloqueados, a pagar R$ 2 milhões em indenização. O jornalista Luiz Carlos Bordani, foi condenado a pagar R$ 200 mil ao governador de Goiás, Marconi Perillo, e retirar do ar todo o conteúdo de seu site relativo ao político.
Em Sergipe, ocorreu o mais curioso caso do ano passado. O jornalista Cristian Goes foi condenado a sete meses e 16 dias de prisão e indenização de US$ 150 mil por crime de injúria contra um juiz que se sentiu ofendido por um texto de ficção, intitulado “Eu, o coronel em mim”, que o profissional publicou em seu blog.
Em audiência na CIDH ano passado, a relatora especial Catalina Botero já havia advertido o Brasil sobre os riscos de se manter a criminalização da opinião, representada pelas tipificações de calúnia, difamação, injúria e desacato. A Relatoria, que apresentou a pedido do Brasil parecer sobre a reforma do Código Penal, faz ressalvas sobre o projeto de lei, de autoria de Sarney.
O PL acaba com a figura do desacato, mas mantém a qualificação para ofensa a funcionários públicos e sobe o acréscimo de tempo de prisão para 50% nestes casos. Calúnia, injúria e difamação têm a pena máxima elevada a 3 anos.
– A Corte Interamericana de Direitos Humanos já deixou claro que este tipo de norma penal, que pode incidir sobre o vigor, a abertura e a desinibição do debate público, tem que respeitar a Convenção Americana. É importante revisar as normas de desacato, não porque não tenham honra os funcionários públicos, mas pelo dano que essas normas podem causar ao debate democrático. A ameaça de prisão produz medo, intimidação, especialmente a jornalistas de áreas mais vulneráveis – afirmou Catalina Botero em outubro do ano passado.
O relatório faz análise especial da situação da internet no contexto da liberdade de expressão. O Marco Civil da Internet, sancionado ontem pela presidente Dilma Rousseff, é elogiado como referência para as Américas. São elogiadas a garantia de neutralidade da rede, a proteção dos intermediários (como sites de notícias, em relação a obrigação de controle de conteúdo publicado outro que pornografia) e os mecanismos de incentivo ao acesso à rede.

Partido clandestino escolhe seus dirigentes no Maranhão

Cândido Lima

Cândido Lima

Colocado na clandestinidade pela própria Justiça Eleitoral, que não lhe deu registro, apesar de conseguir mais de 1 milhão de assinaturas o Rede Sustentabilidade, inspirado pela ex-senadora Marina Silva, hoje abrigada no PSB, se reúne neste sábado pela manhã, no plenário da Câmara Municipal, para escolher seus dirigentes no Maranhão.
Mesmo sem registro, o Rede vem atuando em todo o Brasil. No Maranhão, a sigla é coordenada pelo economista Cândido Lima.

Pesquisa DataM mostra Flávio Dino com 62,5% das intenções de voto contra 12% de Lobão Filho

Flávio Dino

Flávio Dino

Lobão Filho

Lobão Filho

No cenário mais provável para as eleições de outubro, o candidato oposicionista Flávio Dino (PCdoB) alcança 62,5% das intenções de votos, seguido de longe pelo pré-candidato governista Edinho Lobão (PMDB) que aparece com 12,2%. Marcos Silva (PSTU) tem 3,3% e Pedrosa (PSol) 2,3%.
De acordo com a pesquisa, 11,6% responderam que não votariam em nenhum, branco ou nulo; e 8,2% disseram não saber ou não quiseram responder. A pesquisa Data M está registrada no TRE/MA sob protocolo 6/2014 e foi realizada entre os dias 19 e 22 deste mês.
Esta é a primeira pesquisa que avalia o novo cenário da eleição após a desistência de Luís Fernando Silva (PMDB), que havia sido escolhido como pré-candidato apoiado pelo grupo Sarney desde 2013. Com a pré-candidatura de Edinho Lobão, o novo cenário mostra que o pré-candidato da oposição, Flávio Dino, permanece à frente nas intenções de voto.
Na pesquisa espontânea, aquela em que o nome dos candidatos não é mostrado aos entrevistados, Flávio Dino lidera com 33,2%. Em segundo aparece o nome da governadora Roseana Sarney, que não será candidata, com 4,1%, e em seguida Edinho Lobão com 3,3%. 48,8% disse não saber em quem votar.
A pesquisa DataM verificou também a rejeição dos pré-candidatos a governador. Quando os entrevistados eram perguntados em quem não votariam de jeito nenhum, 35,5% responderam que não votariam em Edinho Lobão Filho, seguido de João Alberto (17,2%), Luís Pedrosa (14,5%), Flávio Dino (10,5%) e Marcos Silva (7,7%). Não votaria em nenhum reúne 6,8% dos entrevistados e não sabe/não respondeu, 7,6%.
O instituto DataM ouviu 1500 eleitores em todas as regiões do Maranhão e possui margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Rodoviários definem hoje se farão nova greve

A definição pela paralisação ou não dos rodoviários será discutida na manhã desta quinta-feira (24), na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários do Maranhão (STTREMA). A possibilidade de greve é uma das alternativas apontadas pelos trabalhadores do transporte público da cidade.
De acordo com o secretário administrativo do STTREMA, Isaías Castelo Branco, a diretoria do sindicato decidiu se reunir para avaliar as possibilidades de negociação, porém a paralisação ou greve do setor só poderá ser confirmada após essa reunião. “Ainda não podemos dizer se vai haver greve ou não, mas essa é uma das possibilidades”, ressaltou. Os rodoviários pedem um reajuste salarial de 16%.
A definição pela paralisação ou não dos rodoviários será discutida na manhã desta quinta-feira (24), na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários do Maranhão (STTREMA). A possibilidade de greve é uma das alternativas apontadas pelos trabalhadores do transporte público da cidade.
De acordo com o secretário administrativo do STTREMA, Isaías Castelo Branco, a diretoria do sindicato decidiu se reunir para avaliar as possibilidades de negociação, porém a paralisação ou greve do setor só poderá ser confirmada após essa reunião. “Ainda não podemos dizer se vai haver greve ou não, mas essa é uma das possibilidades”, ressaltou. Os rodoviários pedem um reajuste salarial de 16%.