Olá, minha fofa, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal
traçadas venham a encontrá-la no bem bom por aí, ao lado do
Criador. Olha Bibi, apesar do lado autoritário do presidente Jair
Bolsonaro, as manifestações ocorridas no dia 7 de setembro, na
minha humilde opinião, foram exemplos de democracia.
Aconteceram atos pró e contra o chefe do Executivo Nacional, sem
maiores consequências, até o momento que ele tentou fazer um
discurso.
Sabe aquele aniversariante que se embriaga, constrange os
convidados e acaba com a própria festa. Foi isso o que observei no
Bolsonaro, quando ele se empolgou tanto que passou a
esculhambar o ministro Alexandre Moraes, do STF, chamando-o de
“canalha” e desferindo outros impropérios.
Tirante isso, a festa estava bonita. Sem confusão, sem qualquer
incidente. Os opositores do governo inclusive tiveram suas
manifestações praticamente nulas, sem visibilidade, diante do
mundaréu de gente vestida de verde e amarelo, em apoio ao
presidente.
A cena foi dominada pelos bolsonaristas, em Brasília, São Paulo e
também em São Luís. Quem torceu para que houvesse arruaças,
quebrou a cara. Nada disso aconteceu. Em São Paulo,
aconteceram algumas prisões, com neguinho portando coquetéis
molotov, mas do grupo das esquerdas. Mas tudo sem maiores
consequências. Uma página virada. Agora é ver se o Bolsonaro,
depois de sua Carta à Nação, com pedido de desculpas pelas
injúrias contra o STF, realmente entre nos eixos e que o País siga
em frente.
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Vixe Bibi, o negócio pegou mal para um ex-vereador da cidade de
Penalva! Ele foi preso em Viana, juntamente com um de seus filhos,
acusados de estuprarem uma jovem de 17 anos. Osa dois
embriagaram a jovem e fizeram a famosa “maratona”. Ambos estão
engaiolados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
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Quem também entrou em baixa aqui no circuito político foi o
senador Weverton Rocha. Empolgado como sempre, disse (numa
clara alusão ao vice-governador Carlos Brandão), que “tem gente
que nasceu para ser vice e tem outros que nasceram para liderar.
Eu nasci para liderar”.
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A frase, perfeitamente arrogante, provocou um quiproquó danado
nas hostes políticas. O senador viu-se encalacrado e pediu
desculpas publicamente. Deu uma de Bolsonaro. Resta saber se o
Brandão vai atender aos pedidos de desculpas do adversário.
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Essa briga do Weverton com o Brandão vem de longe, cidadã. Na
campanha municipal do ano passado, o Weverton foi lá pra Colina,
terra do vice-governador, pedir votos para o ex-prefeito Antônio
Carlos, adversário da família Brandão.
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Lá, ele subiu num palanque, desancou a prefeita Valmira Miranda,
prefeita do grupo de Brandão e afirmou que, com Antônio Carlos
eleito, iria arrombar as portas do Palácio dos Leões, em buscas de
recursos para a cidade.
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Isso, até hoje está entalado na garganta da família Brandão. Agora,
com mais esse arroubo de intolerância, dificilmente os dois fumarão
o cachimbo da paz, embora tudo possa acontecer em termos de
política.
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Digo isso, mama mia porque já vi muitas coisas estranhas
aconteceram na política do Maranhão. Vi Sarney e Cafeteira em
guerras verbais ao longo de muitos anos. Depois, os dois fizeram
parceria e Cafeteira morreu como aliado daquele que foi seu mais
ferrenho adversário.
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Também acompanhei as trajetórias de Jackson Lago e João
Castelo. Ambos eram como água e óleo. Fui assessor do Castelo
durante algum tempo e cheguei a ser hostilizado algumas vezes por
“jackistas” mais fanáticos.
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Resultado: Os dois ingressaram as fileiras do movimento que
derrotou o grupo Sarney, em 2006. Jackson foi eleito governador e
dois anos depois apoiou Castelo para a Prefeitura de São Luís.
Antes, Jackson Lago impusera duas derrotas consecutivas a João
Castelo em disputas pela prefeitura da capital maranhense. Viraram
unha e carne.
Ah, Bibi, nem te conto. Tem um ex-prefeito da região do Pindaré
que está foragido. Só que ele é teu conterrâneo, nasceu em
Cururupu. Por obra e graça do destino, acabou administrando uma
cidade que fica no outro extremo de sua terra natal.
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Foi eleito, reeleito e meteu a mão no jarro com vontade.
Recentemente a Justiça o condenou à cadeia, à perda do direito de
se candidatar e lhe aplicou outras sanções. Tudo por conta de uma
grande roubalheira praticada contra os cofres públicos.
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Tomei conhecimento aqui que pesquisas realizadas por
determinação do Palácio dos Leões pode resultar em grandes
surpresas na corrida pela sucessão do governador Flávio Dino.
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Que ninguém e engane, mas na disputa pela presidência da
Câmara Municipal de São Luís, tem neguinho correndo muito e que
pode chegar muito cansado e sem fôlego na reta final.
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O deputado federal Josimar de Maranhãozinho não é essa fera
política como vem sendo pintado pelos seus aliados midiáticos.
Basta ver que na pesquisa feita pera o governo do Estado, lá em
Barra do Corda ela aparece com míseros 0,6%.
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Na realidade, o nobre parlamentar tem que acionar é sua
assessoria jurídica, para evitar que num futuro não muito distante
corra o risco de vir a ver o sol nascer quadrados, em decorrência de
inúmeras denúncias de irregularidades com o dinheiro público.
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Ei Bibi, tava me lembrando de uma história aqui, logo após a posse
do ex-deputado Marcelo Tavares no Tribunal de Contas do Estado.
Fiz aqui uma pesquisa e vi que o TCE é o único órgão da
administração pública estadual que continua como um verdadeiro
“Clube do Bolinha”.
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Desde sua instalação, em 2 de janeiro de 1947, pelo então
interventor federal Saturnino Bello, o órgão nunca teve uma mulher
no seu quadro de conselheiros. Acho que é hora de mudar essa
postura, né, não, Bibi?
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Tua neta, a Lívia, inicia sua vida acadêmica no próximo dia 14, no
curso de Direito da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
Só que ela continua se preparando para o ENEM.
Bem, Bibi, com essa, teu pretinho vai ficando por aqui, garantindo
retorno para a próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque
sempre foi bacana com esse teu pimpolho.
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Beijão desse teu filhote que jamais deixará de te amar.
Djalma
N.E- Bibi é Benedita Rodrigues, mãe do editor. Ela faleceu aos 28 anos de idade, em São Luís, no dia 8 de dezembro de 1965.