Secretário adjunto de Agricultura executado a tiros no interior

O secretário adjunto de Agricultura do município de São Raimundo do Doca Bezerra, José Almir Mendonça da Silva, o Branco, foi executado a tiros na madrugada de ontem, quando se deslocava do povoado Sumaúma, em Barra do Corda para São Raimundo.
Todas as evidências apontam para crime de encomenda, já que não levaram nenhum pertence da vítima. Branco foi candidato a vereador em 2012, pelo PRB, e ficou na suplência.

Governo Flávio Dino vai reabrir Fundação José Sarney, mas ‘sem culto à personalidade

Apenas o busto de Sarney lembra o ex-presidente da República

Apenas o busto de Sarney lembra o ex-presidente da República

Chafariz sem a estátua de Sarney

Chafariz sem a estátua de Sarney

O secretário de Articulação Política do governo do Maranhão, Márcio Jerry, disse nesta segunda-feira ao GLOBO que a Fundação José Sarney – que em outubro de 2011 teve seu nome mudado para Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB) – vai ser reaberta à visitação pública nos próximos dias, mas “dentro de um conceito realmente republicano”, atendendo aos interesses da comunidade e “sem culto a particulares”.
Jerry participou ao meio-dia desta segunda-feira de uma reunião com a superintendente da fundação, Anna Graziella Santana Neiva Costa, e o presidente do Conselho Curador, Benedito Buzar. Na última sexta-feira, Anna Graziella havia decidido fechar a FMRB, após o governo Flávio Dino (PC do B) ter demitido os 48 servidores comissionados da instituição.
Márcio Jerry contestou Buzar, que disse na reunião que “houve boatos e matérias na imprensa informando que o governo Flávio Dino iria fechar a fundação”. Segundo Jerry, isso nunca foi cogitado pelo novo governo, mas “apenas deixamos claro que a fundação teria outras diretrizes, mais republicanas”.
Estátua de Sarney foi retirada de perto de chafariz – Reprodução
Entre as medidas anunciadas por Jerry, está a nomeação pelo governador Flávio Dino (PC do B) de uma comissão de oito pessoas encarregadas de manter e ampliar as atividades desenvolvidas na FMRB direcionadas à comunidade do Desterro (bairro do centro de São Luís onde se localiza a instituição) – entre elas um curso pré-vestibular, oficinas e aulas de reforço escolar.
Novos funcionários também serão admitidos para substituir os que saíram, mas a quantidade e os salários ainda serão definidos pelo governo, informou Márcio Jerry.
O secretário disse, ainda, que o Corpo de Bombeiros fará uma vistoria na estrutura do convento das Mercês (que abriga a fundação) antes de o imóvel ser liberado para visitação. Após o término da reunião, questionada pelo GLOBO, nem Anna Graziella nem o presidente do Conselho Curador, Benedito Buzar, souberam responder o que foi feito com parte do acervo da FMRB.
Sumiram das dependências do convento das Mercês (que abriga a FMRB) retratos que mostram membros da família Sarney representados em imagens religiosas e uma estátua de bronze de Sarney sentado no banco de um jardim, onde futuramente o ex-presidente da República queria que fosse seu mausoléu.

Restaram, no entanto, num canto do convento um busto de José Sarney e dois carros antigos – um Ford Galaxie Landau e uma Caravan Chevrolet. Placas informam aos visitantes que os veículos foram usados por José Sarney e a então primeira-dama Marly Sarney durante o período em que o maranhense exerceu a Presidência da República.
Também estiveram presentes na reunião de hoje os secretários estaduais Ester Marques (Cultura), Rodrigo Lago (Transparência e Controle), Francisco Gonçalves (Direitos Humanos e Participação Popular) e Bira do Pindaré (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior).
Antes de virar Fundação da Memória Republicana Brasileira, em 19 de outubro de 2011, a Fundação José Sarney foi envolvida em irregularidades, em 2009, devido ao desvio, para o grupo Mirante de Comunicação, pertencente à família Sarney, de ao menos R$ 522 mil de verba de patrocínio da Petrobras. Em maio de 2013, a Controladoria-Geral da União (CGU) confirmou o sumiço do dinheiro, que com juros e correção monetária, daria hoje mais de R$ 1 milhão.

Morre Humberto de Maracanã

humberto de maracanã

Morreu, na tarde desta segunda-feira (19), em São Luís, o cantador Humberto Barbosa Mendes, do Boi de Maracanã. Ele tinha 75 anos, era diabético e estava internado no Hospital Carlos Macieira desde o dia 13 de janeiro com um quadro de infecção generalizada, segundo boletim médico da Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgada no último domingo (18).
De acordo com a família, Humberto passou mal quando estava em casa, na última terça-feira (13), e foi levado às pressas para o hospital, onde deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi mantido sob “sedação” e “ventilação mecânica”. Ele havia passado por uma cirurgia de amputação da perna esquerda, apresentou melhora após o procedimento, mas permanecia em estado grave.
Mestre em Cultura Popular reconhecido pelo Ministério da Cultura, Humberto nasceu em São Luís, no dia 2 de novembro de 1939, era casado e pai de 22 filhos. Há mais de 40 anos fazia parte de um dos mais tradicionais grupos de bumba meu boi, no sotaque de matraca, o Boi de Maracanã, do qual era compositor e intérprete de toadas desde os 12 anos.
Aos 34 anos, tornou-se mestre do grupo e foi batizado como “Humberto do Maracanã”. Ele era reconhecido pela interpretação da toada que se tornou símbolo do São João do estado maranhense, “Maranhão, Meu Tesouro, meu Torrão”, do compositor Mano Borges, música que também foi já gravada pela cantora maranhense Alcione.

E-mail pra Dona Bibi

Olá, minha fofa, muito bom dia! Espero que estas poucas e mal traçadas venham a encontrá-la na santa paz do Nosso Senhor por aí. Por aqui, cidadã, tudo dantes como no quartel de Abrantes. O governo de dona Dilma está mais perdido do que cego em tiroteio.
Primeiro, minha gata, a roubalheira da Petrobrás está deixando o Brasil em situação extremamente delicada no cenário internacional. Arruinaram tanto a estatal, que ano passado, não houve a participação de lucros para os servidores.
Também, fofura, a Dilma está protegendo a presidente da estatal, a Graça Foster, como uma mãe defende o filho. São muitas as evidências de que as presidente da estatal – que de graça só tem o nome-, está envolvida nas maracutaias, que só mesmo uma forte amizade para mantê-la no cargo.
Outra coisa: durante a campannha, o Aécio Neves levantou a possibilidade de cortes em gastos, numa tentativa de manter a estabilidade da economia. Na época, a Dilma só faltou pedir ao Papa a excomunhão do tucano.
Pois bem, agora, ela está fazendo cortes no Orçamento e, além disso, chamando o dragão da inflação de volta, com aumento nos preços dos combustíveis e da energia elétrica. É o cinismo que marca a ação dos petistas no poder.
Bem, Bibi, vamos agora às mais importantes daqui do Maranhão. Muita coisa interessante.
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Num país sério, Bibi, os ismãos Cleber e Júnior Verde, deputados federal e estadual, talvez não estivessem a fazer estripulias no parlamento.
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Os dois são ligados à área da pesca e respondem processos por conta de fraude em pagamento de seguro-defeso e e distribuição de carteira de pescadores a torto e a direito pelo Maranhão afora. Tudo em troca de votos.
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O ministro da Pesca disse em entrevista à Rede Globo, que foram detectados algo em torno de 36 mil maranhenses recebendo o seguro-defeso no Rio de Janeiro.
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A Polícia Federal está na cola da história e isso, com certeza, vai sobrar para a radiola de muita gente aqui no Estado. É uma roubalheira generalizada.
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No Maranhão, Bibi, o contingente de pescadores registrados nos Ministérios do Trabalho e da Pesca é assombroso. Em Pinheiro, por exemplo, são 17 mil fictícios profissionais da pesca. Até enfermeiras.
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O deputado estadual Edson Araújo, presidente da Federação das Colônias de Pesca do Maranhão também faz parte dessa patota. Uma fonte da PF revelou ao teu pretinho aqui, que a bomba está sendo preparada para ser detonada a qualquer momento.
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Tem gente que não se emenda. O ex-prefeito de Serrano do Maranhão, o Hermininho, foi preso esta semana, com mais de 60 caixas de cigarros contrabandeados. Está na “cheirosa”.
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Uma farra diária de deputados da chamada base sarneysista, na residência do provável futuro presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Coutinho.
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O senador João Alberto diz que vai chamar a base do PMDB e dos partidos que se alinharam à campanha de Lobão Filho, para discutir os rumos da eleição para a Mesa da AL.
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Vai malhar em ferro frio para fazer lingote de vento. A corrida para o lado de Humberto Coutinho é muito grande e tem deputados se atropelando.
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O grupo Sarney parace que ainda não reconheceu a derrota. Realmente é difícil para um grupo, depois de meio século de domínio, se acostumar a ser coadjuvante político.
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Mas na política, isso sempre acontece, Bibi. Não vê a situação do Manoel Ribeiro. O homem passou 10 anos no comando da Assembleia Legislativa, mandando e desmandando, dandos a cartas e sentando em mesas de decisões.
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A partir de fevereiro, se transformará em ex-deputado. Ficou numa suplência que o distancia de assumir uma cadeira e na porta da casa dele, no Olho D’água, capim já começa a crescer.
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O governador Flávio Dino está tendo o cuidado de executar um conjunto de ações e de adotar medidas moralizadoras, de forma que o povo jamais tenha saudades dos governos de Roseana Sarney.
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Triste, o papel do deputado federal Gastão Vieira, que deixa o Congresso em fevereiro, por conta de se oferecer ao governo Flávio Dino.
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Que ninguém se iluda, quando fevereiro chegar, a força do governo Flávio Dino na AL vai ser descomunal. Em política, só vale o presente er o futuro.
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Olha, Bibi, o presidente da Câmara Municipal, Astro de Ogum, está querendo acertar os ponteiro de qualquer jeito em sua administração. Já buscou respaldo do TCE e de outros órgãos.
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O Carnaval aqui em São Luis está com cara de enterro. A não ser a Bicicletinha do Samba, de Guto Bogéa e a rapaziada da Madre de Deus, parece que estamos num monastério.
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Mas o Bloco da Imprensa vem aí, sob o comando de Joel Jacinto e Célio Sérgio. Este ano vai homenagear os nossos chargistas, numa inspiração dos chargistas franceses mortos num atentado praticado por extremistas muçulmanos.
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Ah, morena, estamos perdidos. A droga está davastando parte de nossa juventude. Na sexta-feira, uma farra movida a cocaína e maconha, provocou um drama na cidade.
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A orgia estava acontecendo numa residência do conjunto Parque Timbira. A maioria, adolescentes e uma criança de 11 anos no meio.
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Por isso, Bibi, é que tem muita gente sugerindo pena de morte para o crime de tráfico de drogas, a exemplo da Idonésia, onde um brasileiro será executado neste domingo.
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O deputado Carlos Filho, que não conseguiu a reeleição, anda atrás de uma ocupação. Seu primeiro emprego, o de deputado, conseguido graças à força de sua ex-nora, a ex-governadora Roseana Sarney, vai virar coisa do passado para o mancebo.
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A vereadora Eidmar Gomes está feliz que nem pinto do lixo. Suplente, vai ser efetivada a partir de fevereiro, quando Sérgio Frota assumir na Assembleia Legislativa.
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Olha, minha gata, com essa, teu pretinho vai ficando por aqui, garantindo retorno na próxima semana, se Deus quiser. E ele quer, porque sempre foi legal com esse teu pretinho aqui.
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Beijão desse teu filhote sempre amado
Djalma

Fim da agonia – Brasileiro condenado à morte por tráfico é fuzilado na Indonésia

Archer, de algemas, não conseguiu perdão e foi fuzilado

Archer, de algemas, não conseguiu perdão e foi fuzilado

RICARDO GALLO
ENVIADO ESPECIAL A CILACAP (INDONÉSIA)
YURI GONZAGA
DE SÃO PAULO

O carioca Marco Archer Cardoso Moreira, 53, foi executado por fuzilamento às 15h30 deste sábado (17), horário de Brasília, na Indonésia.
A confirmação foi dada por Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria-Geral do país asiático. A execução ocorreu à 0h30 de domingo (18) pelo horário da Indonésia, dentro do complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 km da capital Jacarta.
A morte foi confirmada oficialmente à 0h45 no horário local (às 15h45 em Brasília). Por volta das 18h30 de Brasília, o processo de reconhecimento do corpo foi terminado, e, o corpo, encaminhado para cremação.
Marco foi o primeiro cidadão brasileiro na história executado por pena de morte em tempos de paz.
Ele havia sido preso em 2003 e condenado em 2004 por tráfico de drogas. Além dele, outras cinco pessoas seriam executadas. Na véspera da morte, o brasileiro recebeu a visita da tia, Maria de Lourdes Archer Pinto, 61, e de dois funcionários da embaixada brasileira em Jacarta. A tia havia levado doce de leite e mel para o sobrinho.
Ela chorava muito desde o início da manhã, diante do fuzilamento iminente. “O Marco não merece isso.” Marco também chorou na despedida da tia e a “beijou muito”, disse Maria de Lourdes.

Doze policiais de um destacamento especial se postaram diante de Marco e, ao sinal do líder do pelotão, dispararam. Nem todas as armas estavam carregadas –os atiradores não sabiam quais das armas estavam carregadas ou não, de modo que ninguém saiba que deu o tiro fatal.
Após a cremação, as cinzas de Marco serão levadas para o Brasil. Os custos correrão por conta da tia do brasileiro; o Itamaraty não pode pagar por funeral de cidadãos no exterior.
Um vídeo mostra os familiares de Cardoso deixando a prisão após a última visita ao brasileiro. As imagens foram feitas por uma televisão local e divulgadas pela agência de notícias AP.

SEM PERDÃO
Preso em um país que impõe pena capital a traficantes, sem direito a recurso na Justiça e depois que dois presidentes indonésios haviam lhe negado perdão, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, 53, fazia planos para o futuro ao falar com a Folha, por telefone, na terça (13). Em todo o período preso, Marco jamais achou que fosse ser fuzilado.
O olhar para a frente também aparecia em conversas com amigos e a tia, única familiar com quem teve contato após a morte da mãe em 2010. O pai já havia morrido, e ele não tem mulher nem filhos. Voltar ao Rio, onde nasceu, era uma menção recorrente em suas conversas.
Mas, embora sonhasse com liberdade, nunca esteve perto dela desde que foi preso, há 11 anos. Para os padrões da Indonésia, país com o maior contingente de muçulmanos no mundo, seu crime havia sido grave demais.
Em 2003, o brasileiro tentou entrar com 13,4 kg de cocaína nos tubos de sua asa delta no aeroporto de Jacarta, capital do país, ciente da pena de morte para traficantes.
A investida ajudaria a pagar uma dívida de hospital contraída após acidente de parapente em 1997, em Bali.
Flagrado, aproveitou a distração dos guardas e escapou, até ser recapturado duas semanas depois, longe dali. Traficante de drogas por anos na rota Rio-Amsterdã-Bali, ele nunca havia sido pego.
A fuga e a captura foram parar em jornais e na TV, tanto pela ousadia do brasileiro como pela quantidade de droga apreendida, entre as maiores até hoje para traficantes.
Na Indonésia, condenados à morte já tiveram a pena reduzida a 20 anos de cadeia. Mas o simbolismo do traficante brasileiro que desafiou as autoridades indonésias enterrou as suas chances.
Apesar disso, por um período, o governo brasileiro chegou a dar como certo que Marco não seria morto. Era um compromisso firmado informalmente com Susilo Bambang Yudhoyono, presidente da Indonésia de 2004 a 2014. Marco não seria solto, mas tampouco fuzilado.
Quando Joko Widodo assumiu a Presidência, no ano passado, o pacto ruiu. O novo mandatário quis usar a morte de traficantes como símbolo da guerra às drogas e rejeitou os apelos para não executar o brasileiro.

Justiça Federal condena oito por fraudes contra o INSS em Imperatriz

A Justiça Federal de Imperatriz condenou, nesta semana, oito pessoas pelos crimes de quadrilha ou bando e inserção de dados falsos em sistemas de informações. Dentre os réus condenados, estão servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e dos municípios de Imperatriz e Vila Nova dos Martírios.
Além dos funcionários públicos, a organização criminosa era formada por intermediários, que atuavam reunindo pessoas para o recebimento indevido de benefícios previdenciários.
Foram condenados os servidores dos INSS Cled Veloso Freitas e José de Ribamar Pereira Campos, além das servidoras municipais Francineide Fernandes Bezerra, de Imperatriz, e Socorro Muniz Viana Silva, de Vila Nova dos Martírios. Todos foram condenados à perda dos respectivos cargos que ocupavam.
Também foram condenados Antônio Marcos Barbosa Bezerra, Roneth Sousa da Silva, Edarlene Alves da Silva, Valdicléia dos Santos Sousa. Os réus Rodney Almeida Cordeiro, Uaireny da Silva Guimarães, Carleane Alves da Silva e Rosiane Cavalcante Silva foram absolvidos.
Na sentença, juíza federal Diana Maria Wanderlei, da 2ª Vara Federal de Imperatriz, reconheceu existir provas de que os réus Cled Veloso, José de Ribamar e Francineide, juntamente com outros, compunham a quadrilha destinada a prática de crimes contra a previdência.
Além disto, a magistrada reconheceu que Cled e Francineide, juntamente com outros três réus, cometeram o crime de inserção de dados falsos em sistemas de informações. Quatro réus foram absolvidos das acusações por ausência de provas.
Os réus foram condenados a ressarcir os danos causados à previdência social, bem como foi decretada a perda dos bens aprendidos, isso porque a juíza considerou que eles foram comprados mediante a prática criminosa.
O caso
A ação penal apurou os crimes da chamada “Operação Retroação”, realizada pela Polícia Federal de Imperatriz em 2010. O nome faz alusão ao modus operandi da quadrilha que, dentre outros crimes, falsificava certidões de óbito, alterando a data de morte para que o INSS pagasse maiores valores de “retroativos” aos seus dependentes.
A maior parte desses valores era destinada à quadrilha. Em alguns casos, empréstimos consignados eram obtidos para complementar o pagamento dos agentes criminosos.
Segundo a denúncia, os intermediários, sob a liderança de Francineide, cooptavam familiares de pessoas mortas, prometendo a obtenção de pensões por morte. Para este fim, fabricavam ou alteravam certidões de óbito, inserindo informações falsas sobre a data do falecimento e/ou de suas profissões.
De acordo com a denúncia, os servidores da previdência, Cled Veloso e José de Ribamar Pereira, mesmo sabendo da falsidade dos documentos, inseriam informações falsificadas nos sistemas do INSS, com o fim de proporcionar o recebimento indevido do benefício e o pagamento de retroativos. A atividade criminosa teria permitido a concessão fraudulenta de diversos benefícios previdenciários, causando prejuízos ao Intituto.
As penas
Francineide Fernandes Bezerra – pena total de sete anos e sete meses de reclusão, em regime inicial semiaberto; 116 dias multa e perda do cargo público.
Cled Veloso Freitas – pena total de seis anos e nove meses de reclusão, em regime inicial semiaberto; 100 dias multa e perda do cargo público.
Antônio Marcos Barbosa Bezerra – à pena total de 05 anos e 06 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto e 80 dias multa.
Roneth Sousa da Silva – pena total de cinco anos e seis meses de reclusão, em regime inicial semiaberto e 80 dias multa.
Edarlene Alves da Silva – à pena total de cinco anos e três meses de reclusão, em regime inicial semiaberto e 80 dias multa.
José Ribamar Pereira Campos – pena total de um ano e nove meses de reclusão, em regime inicial aberto e perda do cargo público.
Socorro Muniz Viana Silva – pena total de um ano e seis meses de reclusão, em regime inicial aberto e perda do cargo público.
Valdicléia dos Santos Sousa – pena total de um ano de reclusão, em regime inicial aberto.

Flávio Dino garante reajuste do mínimo e do piso do magistério em janeiro

FLAVIO 2
Com o intuito de aumentar a eficiência da máquina pública e permitir serviços de melhor qualidade à população, o governador Flávio Dino determinou a implantação de medidas de valorização dos servidores públicos. O reajuste do piso nacional dos profissionais da educação básica e o reajuste do salário mínimo de 8,8% para todo o funcionalismo público foram as medidas determinadas pelo governador para entrarem em vigor ainda no primeiro mês de gestão. “Nossa prioridade é valorizar os servidores, por meio do conhecimento, da qualificação, do estímulo à evolução pessoal e profissional”, afirmou o governador Flávio Dino. Outro ponto basilar, segundo ele, é a manutenção do diálogo. “Vamos sempre dialogar com os servidores do Maranhão e discutir melhores condições de trabalho”, completou. O reajuste de 13,01% no piso nacional dos profissionais da educação básica será pago em sua integralidade pelo Governo do Maranhão nos vencimentos do mês de janeiro. Um total de 28.577 profissionais do Grupo Magistério da Educação Básica será contemplado com o reajuste salarial do piso nacional da categoria pelo Governo do Estado. Destes, 27.826 são professores e 751 especialistas em educação. “Mesmo diante das dificuldades financeiras encontradas, o governador Flávio Dino determinou o pagamento integral do piso à categoria, demonstrando, assim, o compromisso com a educação, que tem papel fundamental na garantia da aprendizagem dos estudantes e, consequentemente, na mudança dos indicadores educacionais do Maranhão”, destacou a Secretária de Estado da Educação, Áurea Prazeres. O secretário de Estado de Gestão e Previdência, Felipe Camarão, frisou que os ajustes salariais estão bem acima do que foi projetado pela Lei Orçamentária do governo anterior. Segundo ele, a gestão passada havia projetado o reajuste em apenas 8%, mas o governador Flávio Dino determinou que fosse ampliado para 13,01%. “Esses reajustes são mais uma prova do compromisso do governador Flávio Dino com a valorização dos servidores. Representará uma recomposição salarial para milhares de trabalhadores, o que também é um reconhecimento aos relevantes serviços prestados”, completou o secretário. O reajuste de 13,01% no piso salarial dos profissionais impactará em R$ 15,1 milhões/mês a folha de pagamento do magistério da Educação Básica no Estado. No ano, esse valor chegará a R$ 200 milhões. No Maranhão, a jornada semanal praticada pelo professor da rede estadual de ensino é de 20 horas, a metade da carga horária do piso nacional, que é de 40h. O novo piso entrou em vigor no último dia seis deste mês. A correção do piso reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Salário MínimoOutro importante reajuste determinado pelo governador foi o do salário mínimo. Com a medida, a folha do funcionalismo público será aumentada em 8,8%, o que representa um impacto em torno de R$ 7 milhões na folha de pagamento de funcionários.

Repasse do FPE para o Maranhão teve queda de R$ 70 milhões

Em virtude da queda de arrecadação Federal do Imposto de Renda e dos Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI), a segunda parcela do Fundo de Participação dos Estados (FPE), que será liberada nesta terça-feira (20), terá redução de 18,6% em comparação à primeira parcela recebida pelo Governo do Estado, no último dia 10. O percentual significa R$ 70 milhões a menos na receita estadual.
O FPE representa 34,93% do Orçamento Geral do Estado e 40,24% da Receita do Tesouro Estadual. Apesar deste cenário, o governo do Estado conseguirá manter o pagamento dos servidores públicos estaduais dentro do prazo previsto na tabela divulgada, na última quarta-feira (14).

Ministério Público vai à Justiça pedir cassação de Renan Calheiros por improbidade


MARCELO ROCHA

Na noite de 18 de dezembro de 2013, decretado o fim dos trabalhos legislativos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, estava finalmente liberado para repousar em sua mansão de Maceió, em Alagoas. Reservou o jatinho da Força Aérea Brasileira a que tem direito para voltar para casa. Partiu de Brasília às 22h15 – mas, em vez de pousar em Maceió, pediu para desembarcar no Recife. A paradinha era necessária: fora um ano difícil. Em fevereiro, Renan havia sido denunciado ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República, acusado de desviar dinheiro do Senado. Em junho, havia sido forçado a se trancar no gabinete, para se proteger da fúria dos manifestantes que tentavam invadir o Congresso. Renan estava fatigado. Perdera viço, quilos e cabelos. Não precisava apenas de descanso. Precisava também de um up na autoestima.
Como bom peemedebista, não aceitou serviço pela metade. Exigiu uma funilaria pesada. Primeiro uma blefaroplastia, cirurgia plástica nas pálpebras mais conhecida como “levantadinha no olhar”. Depois, um tapa na peruca. Ou melhor, um implante de 10 mil fios de cabelo com um especialista em cocurutos, o doutor Fernando Teixeira Basto Júnior – o responsável pelas novas madeixas de José Dirceu. A depender da perspectiva, o implante deu certo. Os cabelos cresceram como mato seco na careca outrora lunar de Renan. Mas a Procuradoria da República em Brasília não gostou do resultado. Entrou, em segredo, com uma ação de improbidade administrativa contra o presidente do Senado. ÉPOCA teve acesso ao documento. Nele, os procuradores são severos: pedem que sejam decretadas a perda do cargo e a cassação dos direitos políticos do senador, em razão do uso indevido do jatinho da FAB.

O passeio com o jatinho não foi um lapso. Como o jornal Folha de S.Paulo revelou ainda em 2013, seis meses antes da viagem ao Recife, no dia 15 de junho, no auge dos protestos, Renan apanhou irregularmente outro jatinho da FAB. Como presidente do Senado, Renan tem o direito de usar o avião da FAB somente para compromissos oficiais ou para voltar a Alagoas. Naquele dia de junho, um sábado, foi de Maceió a Porto Seguro, na Bahia. Levou a mulher, Verônica, ao casamento de Brenda, filha mais velha do então senador e hoje ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas. A festa aconteceu em Trancoso, a 47 quilômetros de Porto Seguro. Depois da folia para 600 convidados, que teve até show do cantor Latino, a aeronave seguiu de madrugada para Brasília. Renan estava a bordo; Latino, não.

Quando o caso veio a público, Renan devolveu aos cofres públicos os valores relativos aos voos. Pagou R$ 32 mil (voo do cabelo) e R$ 27 mil (voo da festinha). Em vez de escapar da denúncia, acabou, com isso, confessando “o uso indevido do bem público”, segundo o MP. “Renan Calheiros, de má-fé, utilizou-se da função que ocupa, de presidente do Senado Federal, para usar, por duas vezes, bem público em proveito próprio, obtendo vantagem patrimonial indevida, em prejuízo econômico ao Erário”, diz o procurador Anselmo Lopes, autor da ação. Devolver o dinheiro do custo da viagem não é suficiente. Para Lopes, há sinais de que, no caso da viagem para o casório, Renan tentou enganar o comando da Aeronáutica, induzindo os brigadeiros ao erro de ceder o jatinho. Teria argumentado que se tratava de viagem de caráter institucional. Por isso, o MP pede também indenização por danos morais.

MP do Maranhão descobre 720 homicídios não registrados em São Luís

A segurança pública é uma das maiores preocupações do governador do Maranhão, Flávio Dino. Uma inspeção do Ministério Público nos arquivos do Instituto Médico Legal descobriu que, desde 2010, o governo maranhense deixou de registrar 720 homicídios na Grande São Luís. A Secretaria de Segurança registrou 3.370 assassinatos no período. O MP contou 4.090, 20% a mais. “O cidadão morre duas vezes: na vida real e nas estatísticas”, diz o promotor José Cláudio Cabral Marques. As delegacias da Grande São Luís acumulam 600 inquéritos de homicídios que foram abertos desde 2010 e estão parados. Os delegados sequer solicitaram à Justiça prazo para concluí-los. A situação piora por causa do aumento de crimes. O MP afirma que, nos últimos cinco anos, o número de assassinatos saltou 130% na região.