Vice-prefeito de Poção de Pedras é preso em Pedreiras com celular roubado

Por: Manuela Vieira

Adenilson Lopes Vitor, vice-prefeito da cidade de Poção de Pedras, a 316,4 km da capital maranhense, foi preso em Pedreiras no Maranhão com um celular roubado. A prisão foi feita por policiais da 14° Delegacia Regional da cidade, o celular havia sido furtado em 28 de junho, em Trizidela do Vale.

Segundo informações repassadas pela polícia, Adenilson não soube explicar a origem do aparelho, disse apenas que havia comprado de um desconhecido. O celular foi recuperado e será devolvido ao proprietário.

 

Polícia investiga assassinato de mãe na frente do filho em Estreito

A Polícia Civil investiga a morte de Dayara Maia Ferreira Lima, de 25 anos, na zona rural do município de Estreito, na região sudoeste do Maranhão. Segundo a polícia, o crime aconteceu no domingo (15), na frente do filho de sete anos.

De acordo com o delegado de Estreito, Antonio Luiz, o principal suspeito do crime é Vilson de Sousa Marinho, esposo de Dayara, que fugiu e ainda não foi encontrado. As motivações ainda são investigadas.

“A informação é mesmo de feminicídio, mas as investigações apenas começaram. O suspeito tinha arma em casa e foram apreendidas”, afirmou o delegado.

Greve da Meia Passagem completa 40 anos nesta terça-feira

Foi exatamente no dia 17 de setembro de 1979 que um grupo de estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) deu início à lendária Greve da Meia Passagem, que se tornou histórica pelos confrontos entre os grevistas e as polícias Civil e Militar, com registros de prisões, torturas, perseguições, ônibus e até viaturas policiais incendiados. Figuras hoje de relevo na política, na Magistratura e em outras áreas estiveram à frente do movimento.

Podemos citar, dentre eles, o juiz Agenor Gomes, o empresário e ex-vereador Renato Dionísio, o promotor e ex-deputado estadual Juarez Medeiros, o ex-prefeito de Cururupu, Francisco Pestana, além de jornalistas e outras figuras que se projetaram em suas áreas posteriormente.

Os estudantes queriam o cumprimento de uma lei municipal já sancionada pela Prefeitura, de 1958 e de autoria do então vereador Carlos Alberto Pinto (já falecido). O governador do Estado era João  Castelo,  pagaria pelo resto da vida uma culpa que disse não ser sua, por haver colocado as forças de segurança para reprimir a greve.

-Eles estavam fazendo baderna. O problema era do Mauro Fecury (prefeito da época), mas ele preferiu viajar sem dar atenção para o problema e eu até hoje pago o pato-, era o que dizia Castelo todo mês de setembro em anos posteriores, quando os grevistas comemoraram o evento aproveitavam para criticar o ex-governador, principalmente quando ele estava candidato a algum cargo eletivo.

Numa das disputas que perdeu para Jackson Lago para a Prefeitura de São Luis, Jackson foi cáustico com o opositor, durante um debate na TV.

“Eu sempre defendi a democracia. Nunca coloquei e jamais colocarei a polícia pra espancar estudantes”, disse Jackson em meio ao embate verbal. Castelo perdeu a eleição..

Já no ocaso da vida política, os dois se juntaram. Jackson recebeu o apoio de Castelo em sua campanha para o governo e, em retribuição, o governador nomeou Castelo para a poderosa Emap e logo em seguida lhe deu total sustentação para a prefeitura da capital.

Depois disso, não se falou mais na greve e João Castelo deixou de ser criticado pelos movimentos de esquerda principalmente pela ruidosa militância do PDT.

JUAREZ DE VICE

Da segunda vez que Castelo concorreu à prefeitura, teve como seu companheiro de chapa, exatamente o radialista, advogado, ex-deputado e agora promotor de Justiça Juarez Medeiros, um dos líderes do PSB, que aceitou a incumbência com respaldo da então prefeita Conceição Andrade e do ex-deputado federal José Carlos Sabóia.

Durante a greve, consta que Juarez teria sido sequestrado por policiais e evado para local ermo no bairro do Turu, onde teria sido espancado. Apesar da lembrança do movimento deixar de ter a força de antigamente, quando era usado para destronar Castelo durante suas campanha, a greve da Meia Passagem é um marco histórico em São Luís, em se  tratando de movimentos populares.

Há quem  diga ainda que a greve só tomou aqueles proporções, descambando para a violência, quando os universitários receberam a adesão dos estudantes secundaristas. Essa greve ainda é um prato cheio para acadêmicos em suas dissertações.

MULATO – ALUÍZIO AZEVEDO A realidade pela cor da pele

*Osmar Gomes dos Santos

  

O ano era 1881. No contexto nacional, a campanha abolicionista e os movimentos por mudanças no regime político marcavam os debates sociais. Um cenário efervescente, que resultaria em mudanças na estrutura do Estado e teria reflexos diretos na economia, a partir de um novo modo de produção.

Dentro dessa conjuntura – com uma visão crítica, esmerando-se em detalhes de uma narrativa analítica – desenrola-se O Mulato, obra que inaugurou o Naturalismo no Brasil. O livro – somado a outras obras posteriores, como O Cortiço – fez com que Aluísio Azevedo se tornasse um dos expoentes dessa corrente literária.

O mulato em questão era Raimundo, filho bastardo do comerciante português José Pedro e uma de suas escravas, caso mantido com discrição por certo tempo. A descoberta gera enorme confusão, fazendo com que José leve Raimundo, ainda criança, para casa do seu irmão, Manuel. Ao regressar à fazenda, encontra sua esposa na cama com o padre Diogo. Tomado pela emoção, José mata a esposa e firma um pacto de silêncio com clérigo.

Nas idas e vindas, entre a Cidade de São Luís e a fazenda, José é morto a mando do padre que deitara com sua mulher. Raimundo é mandado a Portugal, onde se forma em Direito. Retornando ao Brasil, vai morar no Rio de Janeiro. Mais tarde, decide reencontrar seu tio no Maranhão, uma fase que o leva a saber detalhes de sua origem até então desconhecida.

Apaixona-se por Ana Rosa, sua prima, filha de Manuel, que fora prometida ao caixeiro Dias, pretexto sob o qual não concedeu a mão da filha a Raimundo. Este começa a acreditar que o motivo real era preconceito com sua origem e a cor de sua pele. Juntos decidem fugir, visto que seu amor era correspondido por Ana Rosa, mas são surpreendidos e Raimundo termina sendo assassinado pelas mãos do rival.

Ana estava grávida e após toda a desgraça consumada aborta a criança. Sem escolhas, se casa com o algoz de seu amado, com quem conviveu e teve três filhos. Ao final da trama comprova-se que todo mal praticado é varrido para baixo do tapete da mentira, prevalecendo a conveniência dos acordos estabelecidos.

A obra ” O Mulato” foi considerada polêmica para a sociedade da época, calcada nas aparências de uma profunda hipocrisia que ainda imperava em uma sociedade machista, patriarcal e marcada por condutas esmeradas caprichosamente nas aparências.

Costumes esses tidos, em regra, apenas dos muros para fora, bem ao estilo dissimulado de transparecer ser aquilo que a sociedade espera de si enquanto conduta social. Na vida privada retratada por Azevedo, no entanto, cada um dos tipos narrados carrega seus segredos obscuros e agem para com os outros conforme seus próprios interesses.

O Mulato quebra com a fase romântica dos escritos, no qual costumava predominar o “felizes para sempre”. A obra naturalista – embora com alguns traços da corrente anterior – retrata uma verdade nua e crua sem qualquer cerimônia. Por essa razão, não foi bem recepcionada pela conservadora crítica ludovicense, para a qual a servia como um espelho a refletir suas próprias atitudes.

Embora carregue alguns elementos românticos, a pujança naturalista é que dá o tom da obra. Isso pode ser comprovado na fundada crítica ao preconceito racial; na felicidade aparente; nas futilidades; no falso moralismo, calcado em valores cristãos professados da boca para fora; na sexualidade, que é fruto de um desejo carnal; bem como o mal se sobressaindo ao bem.

Com um ar fatalista, parece pretender ir do particular ao geral, como se as características dadas aos personagens representassem o comportamento médio de uma sociedade sem nenhum senso de coletividade.

Como consequência da pressão sofrida, Azevedo regressa ao Rio de Janeiro, onde alcançou notoriedade e viveu uma fase próspera em sua carreira. Mais tarde, O Mulato teve reconhecimento pela sua riqueza histórica ao retratar, muito antes do saudoso Nelson Rodrigues, a vida como ela é.

Ao melhor estilo o homem lobo do homem, em sua primeira obra naturalista Azevedo desconstrói a ideia de ser humano ideal, colocando-o como um animal sensual, materialista, egoísta, levado pelas paixões de sua alma. Uma racionalidade que atende aos seus próprios interesses.

O ser humano é posicionado ao melhor estilo hobbesiano – o homem é lobo do homem –, em contraposição a ideia do bem personificada no modelo rousseauniano de entender o indivíduo – o homem é bom por natureza, mas a sociedade o corrompe.

Para dar um tom generalista, trabalho com tipos estereotipados, como o comerciante rico e grosseiro; uma beata cheia de raiva; um padre pervertido hipócrita e assassino; uma avó preconceituosa; uma mulher adúltera; um pai com vergonha do filho com a escrava, que se transforma em um marido assassino. Uma trama no mínimo trágica, mas real.

 

Mais do que inaugurar o Naturalismo no Brasil, a obra deixa um legado histórico inestimável às gerações futuras. Sugiro sua lida com o mesmo olhar que o autor empregou ao produzi-la, de tal forma que o leitor faça seu próprio exame de consciência acerca da sua conduta enquanto cidadão.

 

*Juiz de Direito da Comarca da Iha de São Luís. Membro das Academias Ludovicense de Letras; Maranhense de Letras Jurídicas e Matinhense de Ciências, Artes e Letras.

 

 

 

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O ex-prefeito de Santa Luzia do Tide, Ilzemar Dutra, o Zemar, foi preso na noite do último domingo, acusado de haver estuprado um criança de apenas três anos.

De acordo com informações a mãe fez a denúncia, após a criança reclamar de forte dores nas partes genitais. A criança chegou a ser submetida a exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).

Após isso, equipes da Polícia Civil realizaram buscas nos endereços do ex-prefeito. Porém ele se apresentou na delegacia, onde foi dada voz de prisão em flagrante. Ele foi encaminhado para as ‘Pedrinhas’.

Zemar foi prefeito por dois mandatos e atualmente é aliado da atual prefeita do município França do Macaquinho. Contra ele existe diversas condenações que o tornaram ficha-suja

Incentivo ao esporte: inclusão e qualidade de vida

Edivaldo Holanda Júnior
Prefeito de São Luís

O esporte é fundamental para a promoção da qualidade de vida, garante a integração, construção da cidadania, é alternativa de recreação entre tantas outras melhorias sociais. Por isso, o estímulo ao esporte é uma bandeira que defendo e incentivo em minha gestão, contribuindo com a formação de atletas profissionais e fomentado projetos e iniciativas que desenvolvam novos talentos e garantam o acesso da nossa população à prática esportiva.
Há poucos dias recebi a equipe da Associação Kukkiwon, que participou do 36° Campeonato Brasileiro de Taekwondo apoiada pela Prefeitura de São Luís. Os oito atletas da equipe conquistaram ao todo 20 medalhas, sendo 13 de ouro. Saber que nossa contribuição ajudou a manter esses jovens motivados e a obter um resultado tão positivo na competição é muito gratificante não apenas como gestor público.
Motivar crianças e adolescentes a iniciarem e permanecerem no esporte é um dos objetivos do Movimento e Resgate, programa desenvolvido pela Prefeitura de São Luís que atende atualmente mais de 4 mil crianças e adolescentes com idades entre 8 e 17 anos. Hoje, nas nossas 70 escolinhas esportivas do Movimento e Resgate meninos e meninas recebem a estrutura necessária para continuarem acreditando no sonho de se tornarem atletas profissionais. O programa oferece atividades esportivas como futsal, handebol, basquete, atletismo, capoeira e outros.
As crianças que participam do Movimento e Resgate são beneficiadas com material esportivo completo e as escolinhas com itens para a prática das atividades. Desta forma, por meio do esporte, nós conseguimos chegar a um público de alta vulnerabilidade social, beneficiando bairros das mais diversas áreas da cidade, como o Centro, Cidade Olímpica, Coqueiro, Cohab entre outros, fazendo da atividade esportiva um importante meio de inclusão social e de promoção da autoestima. Para garantir a integração entre as crianças e adolescentes beneficiados pelo programa realizamos este ano a I Copinha Municipal de Futebol.
Na outra ponta temos o esporte como meio de promoção da saúde e interação social. Com o programa São Luís Saudável garantimos atividades físicas e recreativas voltadas à população idosa. Além de mantê-los em movimento, permitindo assim que nossos idosos continuem envelhecendo de forma saudável, evitamos que muitos deles fiquem isolados em função de sua idade, o que, infelizmente, é algo comum na terceira idade. Com o São Luís Saudável, garantimos aos idosos atendidos pelo programa à máxima de que aos 60 é que começa a melhor fase da vida.
Para que os programas e projetos possam render os objetivos esperados, estamos investindo também na requalificação dos espaços públicos necessários para que a população e os atletas da nossa cidade possam se manter em atividade por meio da requalificação de praças, quadras, implantando as academias de bairros e outras na nossa cidade.
Estamos avançando na revitalização do Estádio Municipal Nhozinho Santos, que recebe a sua maior obra estrutural dos últimos 60 anos. A reforma, que está promovendo a modernização completa do espaço, fará com que este importante equipamento esportivo da nossa cidade se torne de fato uma grande arena de futebol, apto a receber jogos de todas as divisões do futebol brasileiro. A reforma fortalecerá ainda mais as competições locais, além de oferecer uma estrutura de maior qualidade aos atletas e ao público.
Outro importante espaço utilizado para a prática esportiva, o Parque do Bom Menino também está sendo totalmente requalificado e vai ganhar um Skatepark, uma novidade no local especialmente para a prática do skate. A obra contempla ainda a reforma de espaços como o ginásio, a quadra poliesportiva, a construção de quiosques para floristas e novo paisagismo.
Acredito no esporte como uma força de inclusão e transformação social, por isso, vou seguir incentivando nossas crianças, idosos, atletas e a população em geral às práticas esportivas. E o mais importante: o esporte é uma via de mão dupla. Confio que os jovens e atletas que apoiamos hoje no futuro irão retribuir para a cidade tudo o que o esporte lhe proporcionou.

Carlos NINA: Esperanças no ar e no mar

Carlos Nina*

O Maranhão tem uma história atípica. Notadamente São Luís, por algumas características naturais, a exemplo da profundidade das águas na costa da Ilha aberta para a Baía de São Marcos.
De que tem adiantado essa excepcional profundidade, se não recebeu investimentos para acompanhar o incremento do comércio internacional marítimo?
Ao contrário. Mesmo contra norma expressa, que prevê investimentos obrigatórios custeados com recursos ali gerados, estes têm sido desviados para outras finalidades.
Isso sem falar na precariedade do modal rodoviário, bem como na limitação da linha ferroviária, vias de acesso aos portos da área do Itaqui.
Se o transporte ferroviário tivesse recebido a expansão que ganhou em outros países, a situação seria outra. O presidente José Sarney tentou fazer a Norte-Sul, mas foi vencido por lobbys intransponíveis.
De que tem adiantado, também, o litoral alcantarense ter posição geodésica privilegiada para o lançamento de foguetes se esse fato não é usado para gerar recursos para o Estado e o País?
O que se vê, agora, entretanto, é uma onda de promissoras possibilidades, que não poderá ser contida durante muito tempo.
Outros estados e municípios, sem essas benfeitorias da natureza, conseguiram desenvolver-se muito mais do que a Ilha de São Luís e o Maranhão.
Por que desperdiçar essas dádivas disponibilizadas para o Estado e a Ilha?
Vejo com esperança o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas para exploração do Centro de Lançamento de Alcântara, na esfera da administração pública federal, e, na iniciativa privada, a construção do TUP (Terminal de Uso Privado) planejado pela GPM – Grão Pará Multimodal Ltda. para o litoral/costa alcantarense.
O projeto, sob responsabilidade dos diretores executivos da GPM Nuno Martins e Paulo Salvador, conforme notícia da agenciainfra.com, será executado na margem Ocidental da Baía de São Marcos. De acordo com o Projeto, está prevista a construção de ferrovia para atender às necessidades da produção e da demanda contidas por falta da infraestrutura necessária para viabilizá-las.
A Vale tem investido na duplicação de sua ferrovia, para atender ao aumento da produção nas suas minas.
Para a produção do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e até de regiões distantes, como Mato Grosso, como prevê a GPM, o ideal seria o uso do modal ferroviário, porque o rodoviário é oneroso, pela limitação no volume de carga e a falta de manutenção das estradas.
Lamentavelmente, porém, trata-se de uma realidade que depende menos da vontade manifesta da iniciativa privada e mais dos entraves de toda ordem decorrentes da omissão do Poder Público e dos embaraços criados na administração pública.
A perspectiva, porém, é positiva. É o que parece ser, também, a vislumbrada pelo Senador Roberto Rocha ao defender a criação da ZEMA (Zona de Exportação do Maranhão).
É por isso, também, que defendi, em artigo escrito em parceria com o Comandante André Trindade, ex-Capitão dos Portos do Maranhão, a criação da II Esquadra da Marinha brasileira e sua instalação na Ilha de São Luís.
Que esses projetos e sonhos se realizem. Significarão, no mínimo, a criação de milhares de empregos e, consequentemente, melhores condições de vida para a população.

*Advogado. Membro da CDMPA-OAB-MA.

Justiça bloqueia bens e afasta vereadores por desvio de dinheiro da Câmara de Bom Jardim

Antônio Cesarino e a esposa Ana Lídia Cesarino são suspeitos de desviar mais de R$ 100 mil dos cofres da Câmara de Vereadores de Bom Jardim (MA) — Foto: Arquivo Pessoal

O juiz Bruno Barbosa Pinheiro determinou o bloqueio dos bens do casal Antonio Gomes da Silva (Antonio Cesarino) e Ana Lídia Sousa Costa (Ana do Cesarino). Na mesma decisão, o juiz afastou Cesarino e Manoel da Conceição Ferreira Filho, o Sinego (PRB), dos cargos de vereadores do Município de Bom Jardim, a 184 km de São Luís.

Justiça também determinou o afastamento do vereador Manoel da Conceição Ferreira Filho (Sinego) em Bom Jardim — Foto: Divulgação/TSE

Segundo o Ministério Público, Antonio Cesarino e a esposa, Ana do Cesarino, teriam desviado cerca de R$ 100 mil dos cofres da Câmara Municipal de Bom Jardim. Após serem investigados, o casal e outros três réus teriam produzido provas falsas para forjar uma destinação legal do dinheiro.

“Eles começaram a forjar documentos falsos com o intuito de provar que o dinheiro desviado (108 mil reais) teve o destino correto. Eles fizeram recibos falsos como se os funcionários tivessem recebido valores e botavam os próprios funcionários para assinar. Eles estavam sendo coagidos para assinar recibos de hoje como se estivessem recebido valores em 2014, sendo que muitos nunca haviam recebido dinheiro”, declarou o promotor de Justiça, Fábio Santos Oliveira.

Por conta do crime, Cesarino (PROS) foi preso e continua na Unidade Prisional de Santa Inês por suspeita de atrapalhar as investigações.

Outros processos

Antônio Gomes da Silva, conhecido como ‘Antônio Cesarino’, já foi preso na ‘Operação Éden’ da Polícia Federal — Foto: Reprodução/TV Mirante

Em 2015, Cesarino chegou a ser preso na “Operação Éden” da Polícia Federal, que investigou desvios de verbas da educação referentes a merenda escolar e reforma de escolas de Bom Jardim. Tempos depois, em junho de 2019, Cesarino também foi condenado à prisão por ludibriar agricultores quanto à obtenção de empréstimos de um programa de financiamento rural.

De acordo com as investigações do Ministério Público, Antônio Cesarino, em parceria com outras pessoas, cometeu diversos crimes como falsificação de documentos públicos e particulares, estelionato simples e qualificado, além de lavagem de dinheiro.

(G1MA)

O Maranhão tem um grande débito para com Dejard Ramos Martins

 

 

 

(Djalma Rodrigues)

A rua Dejard Ramos Martins e suas travessas são artérias bucólicas para os padrões de movimento do histórico Bairro de Fátima, local que foi palco de muitas das minhas noites boêmias, o que sintetiza meu amor pelo berço da minha querida Unidos de Fátima. Mas não estou aqui para  escrever  sobre a escola de samba do meu coração  e nem para  me aprofundar sobre aquele reduto festeiro, onde incontáveis noites  e madrugadas  embalaram  parte de minha juventude.

Decidi escrever algo sobre uma proeminente figura do esporte,  da comunicação e da política maranhense. Dejard Ramos Martins. Este é o cidadão em questão. Nasceu em 14 de julho de 1923 em Manaus, filho de Joaquim de Souza Martins com a maranhense Analide Ramos Martins.

Veio para o Maranhão em 1935 e, apaixonado pelo futebol, em 1940 foi nomeado diretor de futebol do Sampaio Correa, seu time de coração. Seria o início de uma brilhante trajetória, que o levaria a ocupar diversos cargos importantes, sempre pautado pela seriedade e pela competência.

Em 1944 iniciou a carreira como locutor esportivo, na rádio Timbira, de onde foi diretor, e também um dos fundadores da Associação dos Cronistas Esportivos e Locutores do Maranhão – ACLEM -.

Destaca o jornalista e presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, que Dejard Martins foi nomeado pelo governador Newton Bello para o lugar de Costa Rodrigues, em 1965, prefeito de São Luís, quando exercia  o cargo de secretário municipal da Administração. Ficou no cargo de junho a outubro daquele ano. Sua foto ilustra a galeria de ex-prefeitos no Palácio de La Ravardière, sede da Prefeitura da capital.

Sei que foi secretário municipal de Fazenda, assessor chefe do Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado (SIOGE) e assessor da Assembleia Legislativa, dentre outras funções de relevo.

Conheci Dejard Martins em 1979, quando ingressei no extinto O Jornal e ele era o superintendente. O referido matutino tinha ainda como diretores, Mauro Bezerra, amigo inseparável de Dejard, Cordeiro Filho e Ruy Ilaino Coelho de Abreu.

Cheguei para trabalhar como revisor, na parte da tarde. Ocorre que estava mesmo focado era em virar repórter  e redator. E o acaso me colocou nessa trilha. Numa certa manhã de segunda-feira, havia ido ao jornal levar minha Carteira Profissional para ser assinada. Eis que ali chega, esbaforido, o atual técnico de futebol Braide Ribeiro, cuja carreira já o levou a treinar equipes no exterior.

Chegou dizendo que queria ser entrevistado, porque acabara de se formar na UFMA, em Educação Física e estava retornando de um estágio na equipe do Flamengo do Rio de Janeiro. Não havia repórter na redação, mas não o desapontei. Chamei o Silvan Alves, um dos fotógrafos e fiz a entrevista com o Braide.

Levei o texto e as fotos para o Dejard tão logo ele chegou.

-Muito bom! Vai ser a manchete da página de esporte e com chamada na primeira página. Liga pro Braide e diz que quero falar com ele-, me determinou.

Como era novato e ele não me conhecia, foi posteriormente indagar ao Jersan sobre quem era eu. Foi informado de que era revisor e que só trabalhava à tarde  e à noite. Não demorou muito e depois de algumas matérias produzidas por conta própria, fui promovido para a redação.

Depois, O Jornal foi incorporado ao Sistema Difusora e eu fui enviado para Imperatriz, para dirigir  a redação do Jornal do Tocantins, criado pelo grupo. O atual deputado federal Hildo Rocha era o administrador e o Silvan Alves o fotógrafo.

Costumo dizer que falta uma estátua em reconhecimento ao trabalho que  Dejard Ramos fez pela comunicação e pelo esporte do Maranhão. Quando deixei Imperatriz, ele me levou para o SIOGE, onde dirigi o setor de Revisão, durante o governo de João Castelo. Certo dia me chamou em seu gabinete e me incumbiu de revisar seu livro sobre o futebol, mas morreu em 2000,  e não me entregou a obra.

Uma figura extraordinária, muito sensível, desprovida de vaidades. Extremamente inteligente e ao mesmo tempo austero em suas ações. Homem de desafios. Não admitia fracassos. Quando dirigiu a Rádio Timbira, em meados da década de 1960, formou uma invejável equipe e transformou a emissora em campeã de audiência, mesmo sendo órgão oficial do governo. Era oficial, mas não chapa branca.

Na última terça-feira, numa roda de amigos, surgiu  nome de Dejard Ramos Martins. Disse que o Maranhão estava sendo ingrato com um homem daquela estatura, que muito fez pelo Estado. Esse é um débito que ainda teremos de saldar com esse ilustre maranho-amazonense.

 

Chico Carvalho lamenta morte do ex-vereador Manoel Oliveira

O vereador Francisco Carvalho (PSL), lamentou profundamente  a morte do ex-vereador Manoel Oliveira dos Santos, ocorrida na noite desta quarta-feira (11), n Hospital Clementino Moura (Socorrão II), na Cidade Operária. Chico Carvalho emitiu uma nota de pesar. Eis a íntegra:
Nota de pesar
“São Luís está de luto com a morte do ex-vereador Manoel Oliveira. Foi um exemplo de seriedade, competência e dignidade durante toda a vida. Como evangélico, tinha voz de ressonância em sua Igreja e ajudou na evangelização de milhares de maranhenses. Como vereador, deixou seu legado na Câmara de São Luís, chegando a ocupar o cargo de 2º Secretário da Mesa Diretora. Foi um fiel companheiro, exemplo de pai, de esposo e de amigo. Deixa uma grande lacuna nas fileiras das lideranças comunitárias da cidade”.
Francisco Carvalho
Vereador